sexta-feira, 30 de abril de 2010

CIÊNCIAS NATURAIS EM MINHA VIDA ESCOLAR

A ciência é uma das maiores atividades humanas, é a contemplação da natureza e também muitas outras coisas; Ciências naturais é a ciência que tem como objetivo o estudo da natureza, os aspectos físicos humanos e não humanos do mundo, onde aborda a Biologia, Botânica, Zoologia, Física, Química e Geologia, entre outros;
As Ciências Naturais contribuem para a construção da cidadania na medida em que propõem o desenvolvimento de uma postura reflexiva e investigativa e de percepção dos limites das explicações, inclusive dos modelos científicos, valorizando a vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente, a consideração de variáveis que envolvem um fato. Sua metodologia é focada na realização de atividades que visam despertar nos alunos o interesse pelas aulas, através de jogos, exercícios práticos, atividades pedagógicas e lúdicas, favorecendo o processo de alfabetização e o desenvolvimento dos alunos.
Concluí as séries iniciais (1ª a 4ª série do ensino fundamental), entre os anos de 1993 a 1996 e uma professora que lecionava na terceira série não saiu mais da minha lembrança, pois em suas aulas sempre abordava as Ciências Naturais; gostava mais desses livros, pois continham os fenômenos naturais, onde podíamos compreender os cinco sentidos dos seres humanos, realizar experiências, observar os meios de vida e assim conhecer mais sobre nossa existência. Suas aulas eram sempre muito interessantes, pois dentro da sala utilizava-se de materiais impressos, e aulas experimentais, onde podíamos observar os resultados das experiências, com auxilio de vídeos, ou pequenas experiências que fazíamos, como por exemplo, a filtragem da água. Fora da sala de aula, além das pequenas feiras de ciências organizadas na escola, saiamos para observar o meio em que vivíamos, observando as diferentes formas de folhas, flores, frutos, animais, solos e etc.
Reconheço o quanto essa matéria contribuiu em minha formação, pois o ensino das Ciências Naturais, contribui para o domínio das técnicas de leitura e escrita, permitindo o aprendizado dos conceitos básicos e da aplicação dos princípios aprendidos a situações práticas, possibilitando a compreensão das relações entre a ciência e a sociedade, garantindo a transmissão dos saberes e da cultura regional e local.
Não tenho lembranças negativas quanto a este estudo, mas observando o ensino hoje em dia, acredito que o professor que leciona esta matéria deve fazer com que os alunos se prendam as suas aulas, que estejam interessados nos conteúdos, devendo encará-las como um processo contínuo que começa quando o aluno põe em jogo os seus conhecimentos prévios, ou seja, a demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas. Os instrumentos e as situações de avaliação devem ser diversificados, já que não apenas os conceitos contam, individual ou coletiva, oral ou escrita.
As aulas podem ser elaboradas conforme o interesse dos alunos, o meio em que vivem e através da busca de respostas as perguntas feitas por eles, para que sejam feitos registros de debates, entrevistas, pesquisas, filmes, experimentos, desenhos de observação, relatórios de leitura, experimentos e avaliações gerais, podendo assim contribuir para um maior aprendizado. Mas vale ressaltar que professor e aluno devem analisar em conjunto a produção realizada por meio dos trabalhos escolares, pois assim o professor, estará colaborando para a reconstrução da relação do ser humano com a natureza, permitindo ao aluno formar uma opinião sobre questões polêmicas, como os desmatamentos, poluição e etc, e principalmente para a construção da autonomia de pensamento e de ação e de uma consciência social e planetária.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

NÃO SE DEVE DAR CASTIGOS CORPORAIS ÀS CRIANÇAS

"O castigo é inevitável, pois é moralmente impossível que as crianças não cometam alguma falta que o requeira: "Sem castigo não há educação possível", afirma um dos mais célebres pedagogos da nossa época, Foerster. Mas ao castigar é necessário evitar sempre a violência corporal". A análise de quatro relatórios sobre castigos corporais de pais a filhos revelou uma vinculação entre sofrer castigos corporais e o surgimento, na adolescência ou na idade madura, de três problemas sexuais: violência física nas relações sexuais, sexo sem preservativo e sexo masoquista. Esses resultados, juntamente com mais de 100 outros estudos, sugerem que o castigo corporal origina relações sexuais violentas e problemas de saúde mental. Frequentemente pais me perguntam sobre a conveniência e o acerto de se usar castigos corporais com seus filhos e quais os tipos de castigos adequados, se é que eles existem. Segundo um importante relatório do Laboratório de Investigações Familiares da Universidade de Hampshire (EUA), os castigos corporais às crianças poderão causar-lhes problemas sexuais na adolescência e na idade adulta. Os investigadores afirmam que a prevenção da relação sexual violenta é fundamental e dizem que os problemas de saúde mental e a violência nas relações sexuais podem ser prevenidos através de uma recomendação de que nunca se aplique castigos corporais às crianças. A educação é de uma importância transcendental e de grande responsabilidade para os pais. Há no mundo muitos homens que se lamentam de desgraças devidas a faltas e descuidos dos seus pais. Em educação, como em tudo na vida, recolhe-se aquilo se semeou. É necessário inculcar nas crianças – gradualmente, à medida que elas vão sendo capazes de assimilar – a limpeza, a ordem, a obediência, o sacrifício, a lealdade, o espírito de serviço, a honradez, o saber renunciar, etc. E habituá-los a portarem-se bem em todos os lugares, a praticarem o bem embora seja penoso, a fugirem do mal ainda que seja sedutor, espontaneamente e por iniciativa própria, mesmo que ninguém vigie nem castigue. Quando forem mais velhos, será muito difícil que adquiram virtudes que não foram semeadas neles quando eram pequenos. As crianças, para seu bom desenvolvimento, precisam de carícias desde a primeira hora. Fizeram-se estudos e verificou-se que crianças atendidas perfeitamente nas suas necessidades vitais, em centros especializados, mas com falta de carinho, mostraram anormalidades características. CRIANÇAS MIMADAS A alegação de que é preciso evitar que as crianças sejam mimadas é correta. A criança mimada torna-se caprichosa e pouco sociável. Isso virá lhe trazer problemas de aceitação entre os companheiros na escola, e irá dificultar a sua maturidade psicológica. Está comprovado que a criança que é bem aceita pelos companheiros, pelas suas qualidades pessoais, tem uma grande percentagem de probabilidade de um bom amadurecimento psicológico no futuro. Os filhos não devem ser mimados, mas também não os devemos castigar sem razão. CASTIGO É INEVITÁVEL O castigo é inevitável, pois é moralmente impossível que as crianças não cometam alguma falta que o requeira: "Sem castigo não há educação possível", afirma um dos mais célebres pedagogos da nossa época, Foerster. Mas ao castigar é necessário evitar sempre a violência corporal. Outras formas de castigo são mais educativas e eficazes. E devem ser sempre: a) Oportunas: escolhendo o momento mais propício para ser imposto, depois de passada a ira em pais e filhos. b) Justas: sem exceder os limites do que é razoável. c) Prudentes: sem nos deixarmos levar pela ira. d) Carinhosas na forma: para que a criança compreenda que o castigo lhe é dado para seu bem. Não somos eficazmente castigados senão por aqueles que nos amam e a quem nós amamos. O castigo corporal gera revolta, rancor, diminuição do sentimento de honra. Nas meninas, o castigo corporal debilita o sentimento da intocabilidade corporal, tão precioso para o recato da sua vida futura. Mais eficazes do que o castigo corporal são atitudes como pôr a criança para comer sozinha numa mesinha, virada para a parede, ou privá-la de uma manifestação de carinho habitual, ou de um doce que lhe agrade, ou do dinheiro que se lhe costuma dar. Depende de idades e de circunstâncias. O castigo deve facilitar à criança o caminho da honradez, da obediência, da aplicação, etc., para fazer dela um homem moral. O castigo, mais do que para pagar pela falta cometida, deve servir para a correção. Para que assim seja, não é necessário que a criança reconheça a falta e a justiça do castigo. O castigo tem muito mais valor quando a criança o aceita voluntariamente, ou quando é ela mesma quem o impõe. Depois de aplicado o castigo, se deve fazer as pazes com a criança logo que possível. É preciso ter tato para corrigir com eficácia. Pouco se consegue com apenas ferir e humilhar. É preciso animar. Despertar o sentido da própria estima. Uma correção eficaz deve deixar sempre aberta uma porta à esperança de superação. A autoestima é fundamental para a saúde mental e devemos proteger ao máximo a criança das lesões na mesma. É preciso ter cuidado para que o castigo não corresponda ao nosso mau humor, mas sim à gravidade da falta e à responsabilidade da criança. Depois de a criança ter reconhecido a culpa, e de o castigo ter sido aceito, é muito pedagógico diminuir esse com a promessa de emenda. Em meu próximo artigo, voltarei a tratar desta questão. Vamos tratar do problema examinando o ponto de vista das autoridades e governos pelo mundo todo. Matéria retirada do site: http://www2.uol.com.br/vyaestelar

AGRESSIVIDADE INFANTIL: CONVIVÊNCIA FAMILIAR FALHA AUMENTA PROBLEMAS DE CRIANÇAS NA ESCOLA

Comportamento agressivo é reflexo de contexto ambiental familiar negativo e leva à aversão escolar e isolamento social. Uma pesquisa feita na Espanha com crianças com média de 8 anos de idade mostrou que o ambiente afeta diretamente o desenvolvimento do comportamento infantil. Arantzazu Bellido, pesquisadora da Elhuyar Fundazioa, na região espanhola basca, acompanhou mais de 250 famílias, observando os fatores ambientais relativos à vivência familiar, além de coletar informações demográficas e socioambientais.
FALTA DA CONVIVÊNCIA COM OS PAIS Entre as crianças observadas, aproximadamente 8% se mostravam agressivas, dentre elas 1% tinham níveis de agressividade muito acima da média. Apesar da incidência bastante pequena, a pesquisadora afirma que foi possível chegar a conclusões bastante efetivas sobre os comportamentos agressivos. Os dados mostraram, por exemplo, que o acompanhamento escolar dessas crianças não era feito diretamente pelos pais, mas por parentes próximos, como tias e tios ou avós. Outro dado interessante foi o fato de que atitudes restritivas por parte dos pais não eram acompanhadas pelas mães, que evitavam se posicionar quanto à disciplina dos filhos. Essas crianças também afirmavam não estar satisfeitas com seus ambientes familiares e achavam que não havia uma distribuição correta nas tarefas relativas aos cuidados da casa, coisa que, afirmavam os entrevistados, era particularmente uma falha por parte das mães. A pesquisadora diz também que foi observada pouca predisposição, por parte dos pais, de assumirem seus papéis dentro da família. E mesmo havendo uma maior aproximação dos pais e filhos, a partir do acompanhamento da pesquisadora, os problemas de comportamento nas crianças persistiam. Bellido teoriza que esse tipo de laço afetivo deve ser iniciado mesmo antes do nascimento, e após esse período a falta de presença parental leva a uma deterioração inevitável das relações pais /filhos. As respostas a essas falhas no núcleo familiar levam à agressividade nas crianças e, na maioria das vezes, à aversão ao ambiente escolar. Isso acaba se traduzindo em isolamento por parte dos colegas de escola e a consequência dessa falta de adaptação social leva a um desequilíbrio na percepção da hostilidade alheia (as crianças tinham dificuldade de reconhecer nuances nas respostas de outras crianças sobre seu próprio comportamento). Bellido diz ainda que, em geral, essas crianças mostravam níveis altos de sensibilidade – se irritavam facilmente –, ansiedade e mostravam comportamentos que variavam muito intensamente entre a extroversão e a introversão. Acompanhar as famílias e promover uma melhora no ambiente familiar em longo prazo é a melhor maneira de tentar reverter esse processo, comenta a pesquisadora.
Mensagem retirada do site: http://oqueeutenho.uol.com.br

PAIS DEVEM INSISTIR EM ENSINAR A IMPORTÂNCIA DA BELEZA INTERIOR

Os pais devem dar o exemplo e ficar atentos com exageros em relação à sua própria vaidade. É fundamental diferenciar o que é uma brincadeira de se maquiar em casa e o que é sair de casa para ir à escola, todos os dias, de maquiagem. Pode-se dizer que é saudável quando se trata de uma brincadeira, e a menina está treinando para exercer seu papel social de mulher, exercitando a feminilidade. Em relação aos meninos, isso acontece quando procuram ganhar referências de figuras masculinas, pedalando sua bicicleta como quem dirige um carro ou outra brincadeira que lembre a profissão do pai ou do tio. "O acompanhamento, a orientação e o diálogo no dia a dia da criança, por parte dos pais ou responsáveis, é imprescindível", acredita a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo, da Faculdade de Medicina do ABC. "Conversar com seu filho ou filha e mostrar que existem coisas muito mais importantes do que a supervalorização da beleza física, e da cultura do ter, nos dias de hoje, é o maior desafio para os pais. No entanto, não deve ser abandonado", sentencia. Para a terapeuta Daniella Freixo de Faria, nunca é demais insistir no quanto é essencial ensinar aos filhos a importância da beleza interior. "As crianças precisam aprender que, além da aparência, temos também nosso mundo interno. E que ele é riquíssimo exatamente pelo fato de sermos únicos", pondera. (FERNANDA JUNQUEIRA) Mensagem retirada do site: http://estilo.uol.com.br/comportamento

NOTAS BAIXAS SÃO RESULTADO DE MUITO TEMPO EM FRENTE AO VIDEOGAME


Os pais devem encorajar a moderação aos seus filhos quando o assunto é videogame. Mais do que apenas deixá-los afastados de atividades físicas e vivências sociais necessárias para o seu desenvolvimento, ter um videogame em casa também pode piorar o desempenho acadêmico em algumas crianças.
Um estudo de Robert Weis e Britany Cerankosky da Universidade de Dunison e publicado no periódico Psychological Science, observou os efeitos em curto prazo de se ter um videogame em casa e fez paralelos com o desempenho na escola de meninos com idades entre 6 e 9 anos. Os participantes da pesquisa não possuíam um console de videogame – eles foram emprestados pelos pesquisadores –, mas os pais haviam indicado que pensavam em comprar um para os filhos.

ACOMPANHAMENTO DUROU QUATRO MESES
No início do experimento foram feitos testes de Q.I. (coeficiente de inteligência), assim como de nível de leitura e escrita. Além disso, os pais e professores completaram questionários amplos sobre o comportamento dos filhos em casa e na escola. Metade das crianças recebeu um console no início do experimento, enquanto o restante receberia ao final (quatro meses depois). Após esse tempo, as crianças repetiram os testes iniciais.
Os resultados mostraram que garotos que haviam recebido os consoles de videogame imediatamente após o início da pesquisa passavam mais tempo jogando e menos tempo focados em seus afazeres acadêmicos. Eles também tiveram uma queda significante nos seus níveis de leitura. O interessante é observar que os pais não indicaram qualquer alteração no comportamento das crianças (além do tempo gasto com os jogos), ao contrário dos professores, que afirmaram notar imediatamente problemas com o nível de aprendizado e retenção de informações.
Os pesquisadores apontam uma relação bastante clara quanto ao tempo gasto com videogame e o nível de declínio acadêmico e de aprendizado, especialmente quando as crianças jogavam após o período da escola. Os autores dizem que é nessa idade que as crianças refinam seu nível de linguagem (escrita e falada) e o uso contínuo do videogame pode atrasar essa fase. "Os resultados mostraram claramente que possuir um videogame em casa pode ter resultados bastante negativos na vida real", concluem os autores.

Mensagem retirada do site:
http://oqueeutenho.uol.com.br

ESCOLAS AINDA FRACASSAM COM OS ALUNOS HOMOSSEXUAIS


"Dava para perceber que eu era diferente e sofri muito preconceito, de professores e colegas, até que abandonei a escola na metade do ano letivo", diz Vinicius Cosmo, 18. Aos 14 anos, cursando a 8ª série do ensino fundamental em uma escola particular de Ribeirão, ele trocou de colégio devido à discriminação e às brincadeiras que ouvia por ser homossexual.
Casos como esses são recorrentes em salas de aula. De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, os educadores ainda tropeçam muito quanto o assunto é sexualidade.
"Tradicionalmente, a maioria das escolas ainda trata a sexualidade como uma questão biológica por dois vieses: o da gravidez e o das doenças sexualmente transmissíveis. O que é uma tentativa de impressionar e conter os jovens", disse a docente do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Unicamp, Ângela Soligo.
Para ela, ao se limitar ao lado biológico, as escolas dão as costas às preocupações dos adolescentes, que vivem uma fase de descobertas.
"O lado afetivo, as angústias, medos, as fantasias, são aspectos muito importantes. Hoje a sociedade escancara o sexo em mídias, internet, mas não sabe conversar sobre o assunto. O jovem não tem a quem procurar para levar suas dúvidas."
Cosmo diz que não ter o respaldo da escola foi um agravante. "Eu precisava aceitar a minha condição, sem medo. Mas a discriminação me levou a esconder meu modo de ser e tive um bloqueio. Adoeci e precisei de tratamento médico."
Segundo o rapaz, até mesmo os professores faziam piadas sobre o jeito dele e a escola tinha uma conduta religiosa que impedia conversas abertas sobre sexualidade --a homossexualidade era vista como um desvio de comportamento.
"Por mais que ele [professor] tenha uma convicção religiosa, tenha sua fé, aquilo que você pensa no privado não pode interferir na sua vida pública. E o educador tem que ter essa responsabilidade, até porque nosso Estado é laico e todos devem ser respeitados", disse Leila Araújo, coordenadora executiva do Clam (Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos).
Richard Miskolci, sociólogo da UFSCar e pesquisador da área, diz que os professores devem ter muito cuidado ao tratar as diferenças. "É importante não dizer que um é homossexual, o outro não. São pessoas em formação que, se em um momento têm interesse pelo sexo oposto, podem ter depois pelo mesmo sexo. São adolescentes e é preciso conviver com a heterogeneidade da sala sem defini-la." LIGIA SOTRATTI

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http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao

CRIANÇAS SE ARRISCAM MAIS NA PRESENÇA DOS PAIS

Um novo estudo chegou à conclusão de que a figura paterna é responsável por dar às crianças maior autonomia e isso as faz explorar mais seus ambientes.

Duas teorias, a da "ativação" e do "sentimento de apego" são complementares no que diz respeito ao desenvolvimento infantil nos primeiros meses de idade. A "ativação" nas crianças – ou seja, motivar um indivíduo a continuar uma determinada tarefa ou se engajar em outra subsequente após o término, ou a satisfação de uma anterior – é tão importante para as crianças quanto o chamado "sentimento de apego", que se refere à conexão que as crianças sentem por aqueles que proveem suas necessidades emocionais e de sobrevivência.
"A 'teoria do sentimento de apego' diz que uma criança procura conforto na figura materna ou paterna quando ela se sente insegura. Mas essa teoria subestima a importância do comportamento exploratório nas crianças e, consequentemente, a interação de pais e mães nesse sentido", diz o pesquisador Daniel Paquette, da Universidade de Montreal, Canadá, que desenvolveu o trabalho de pesquisa com Marc Bigras, da Universidade de Québec.


CRIANÇAS "ARRISCAM" MAIS NA PRESENÇA DA FIGURA PATERNA
Como parte da sua pesquisa, ele observou crianças entre 12 e 18 meses, acompanhadas pela figura paterna e materna, em três situações de risco: risco social (quando outro adulto adentrava o ambiente onde essa criança estava); o risco físico (brinquedos postos no alto de uma escada) e o risco de proibição (em que os pais deixavam de acompanhá-las em uma determinada tarefa, mas não necessariamente repreendendo-as por fazerem).
"Observamos que os pais eram mais inclinados do que as mães para ativar o comportamento exploratório, pois eles são menos protetores", diz Paquette. "Quanto menos protetores são os responsáveis, mais a capacidade de exploração das crianças é ativada. A estimulação correta faz que as crianças sejam mais curiosas e explorem mais seus ambientes. Mas isso não quer dizer que elas não respeitam regras", completa.

AVERSÃO AO RISCO É MAIOR ENTRE AS MENINAS
"É interessante observar que a sensação de segurança sentida pelas crianças era proporcionada pela proximidade dos pais e mães. Mas há uma distância que parece ser ideal para que a criança se sinta confiante em fazer uma determinada exploração ambiental sob o olhar dos pais, e é a distância de um passo ou de uma 'esticada de braço', praticamente. Isso parece ser claro para os pais, mas não muito para as mães."
Além disso, observam os pesquisadores, os garotos parecem ser menos avessos aos riscos de uma atividade do que as garotas. Talvez porque os pais acabam passando mais tempo com os filhos e as mães com as filhas. Em média, 70% das crianças com maior nível de aversão ao risco (e, portanto, menos propensas à exploração dos ambientes onde estão) são garotas.
De acordo com Paquette, a teoria do sentimento de apego não observa essas diferenças entre meninos e meninas. E é por isso que o pesquisador aponta que a avaliação do papel dos pais no desenvolvimento das crianças parece ser subestimada. O nível de proteção provido pelos pais e mães pode desencadear melhor os processos de "ativação".
A hipótese de Paquette é de que ambos, pais e mães, complementam a educação dos filhos diferentemente e isso só tende a beneficiar a criança. "Mesmo que cada um dos responsáveis troque a fralda de um bebê, eles o fazem de maneira diferente", exemplifica o pesquisador.
"Ao estimular a exploração, controlando o risco, mas não evitando a tentativa, os pais podem dar uma contribuição única para o desenvolvimento infantil", finaliza Paquette, cujo estudo foi publicado no periódico Early Child Development and Care.

Mensagem retirada do site:
http://oqueeutenho.uol.com.br/

COMO A EXPOSIÇÃO À MÍDIA PREJUDICA O DESEMPENHO ESCOLAR


Pais e professores são unânimes em afirmar que assistir televisão não é lá muito bom para os adolescentes. Pior ainda se for excesso de TV. Até aí tudo bem. Mas explicar como isso ocorre é outra história. Ou melhor, era outra história. Um estudo americano parece ter as explicações. Nesta pesquisa, quase 7 mil jovens entre 10 e 14 anos responderam questionários sobre uso da TV: horas na frente da tela, conteúdo dos programas, TV no próprio quarto, etc. Eles foram entrevistados por telefone, no início da pesquisa e em outras 3 ocasiões; após 8, 16 e 24 meses. A "performance" escolar foi o desfecho principal do estudo. As conclusões são interessantíssimas.

Primeiro, comparados aos jovens com melhores notas, os participantes com notas na média ou abaixo eram mais propensos a ter uma televisão no quarto, ver mais horas de ver televisão e jogar vídeo game, e assistir filmes principalmente de filmes classificado como pouco adequados para a faixa etária. Segundo, a exposição à TV tem efeito indireto na piora da "performance" escolar por meio do que os autores denominaram busca por sensações. Em outras palavras, coisas como escutar música alto, fazer coisa perigosas e assustadoras. Além do uso de cigarro e álcool. Do mesmo modo filmes inadequados se associaram com problemas comportamentais.

Finalmente, o conteúdos do programas e tempo de exposição à TV tiveram impacto na performance escolar do mesmo modo que outros fatores importantíssimos tais como renda familiar, autoridade dos pais e auto controle do adolescente. Conclusão: seu filho pode achar muito legal passar horas na frente da televisão assistindo violência e sexo, mas dificilmente isso vai ajudá-lo a passar na escola .
DR. ALEXANDRE FAISAL

Matéria retirada do site:
http://dralexandrefaisal.blog.uol.com.br

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Redes sociais são usadas como um meio para agressão

Um fator que tem colocado o bullying como pauta constante da mídia são as redes sociais, instrumentos que podem ser utilizados de modo benéfico ou maléfico. “Quando a tecnologia passou a ser usada como meio de agressão, os efeitos devastadores sobre as vítimas aumentaram significativamente: no cyberbullying, a perseguição implacável por meio do celular, dos sites de relacionamento e dos sites de vídeos pode acontecer sete dias por semana, 24 horas por dia. É desesperador”, lamenta a psicóloga Maria Tereza Maldonado, do Rio de Janeiro, membro da American Family Therapy Academy, e autora do livro "A Face Oculta – Uma história de bullying e cyberbullying", da Editora Saraiva. Para os especialistas, a escola e a comunidade, de uma forma geral, devem promover programas antibullying que envolvam toda a equipe, os alunos e as famílias no sentido de criar uma cultura de não tolerância às ações do bullying e do cyberbullying. É preciso colocar os limites devidos e as consequências cabíveis às condutas de agressão, estimular a expansão dos recursos para fortalecer as vítimas e propiciar aos agressores o bom uso de suas capacidades de liderança e o aumento da empatia, estimulando a ação eficaz das testemunhas. O resultado é a melhoria da qualidade dos relacionamentos e o uso responsável da tecnologia. “Quando a escola adota uma postura clara de não tolerância ao bullying, pode elaborar um ‘contrato de convivência’ a ser apresentado à família no ato da matrícula e a ser trabalhado com todos os alunos e a equipe no cotidiano da escola. O contrato de convivência coloca regras claras, evita muitos episódios de agressão, mas mesmo assim há os transgressores que gostam de testar os limites para ver se as consequências combinadas realmente acontecerão ou se tudo ‘acabará em pizza’. Portanto, episódios de bullying acontecerão e precisarão ser abordados”, comenta Maria Tereza Maldonado. (FERNANDA JUNQUEIRA) Matéria retirada do site: www.uol.com.br

Especialistas dão dicas para lidar com bullying

Os pais devem mostrar que o filho não é culpado pelas perseguições e deixar claro que ele tem os seus valores e qualidades. É importante incentivá-lo a contar sobre o que acontece na escola e apresentar as pessoas que fazem parte do seu ciclo de relacionamento. Já com os agressores, observa a psicoterapeuta, a reação deve ser parecida. “Só criticar não resolve o problema. É preciso conversar, se interessar e saber ouvir. Deixe claro que o comportamento violento é inaceitável, mas que é possível mudar essa conduta”, salienta a psicóloga Maria Tereza Maldonado, do Rio de Janeiro, autora do livro "A Face Oculta – Uma história de bullying e cyberbullying", da Editora Saraiva.

Para extravasar sentimentos como raiva, medo e ansiedade, a pedagoga Flávia Cristina Oliveira Murbach de Barros sugere que a criança realize atividades como brincar com outras pessoas, participar de atividades coletivas, interativas ou artísticas (música, teatro, artes plásticas e dança), além de praticar esportes. “São várias formas de a criança se abrir para os conhecimentos e assim transformar sua própria realidade. A escola, a família e a comunidade podem proporcionar isso, como algo que extravase a criatividade, e a formação de um adulto mais humanitário”, diz.

Para a psicóloga Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), é essencial que os pais ajudem a criança a construir uma autoestima forte e a lidar com possíveis problemas de convivência valorizando os comportamentos adequados dela, além de abrir muitas oportunidades para que ela descubra seus pontos fortes. Nesse momento, é primordial o afeto incondicional para ensiná-la a acreditar em si mesma e a suportar frustrações de forma otimista.

(Fernanda Junqueira)

Matéria retirada do site: www.uol.com.br

Bullying é problema grave e merece atenção

Recém-chegada aos Estados Unidos, a irlandesa Phoebe Prince, 15 anos, manteve um namoro com um dos garotos mais populares da escola onde se matriculou. Esse foi o motivo que levou um grupo de adolescentes a agredi-la verbal, virtual e fisicamente. Cansada, desesperada e com medo da violência, a garota optou pelo suicídio. Phoebe foi encontrada enforcada na escada do prédio onde morava no último dia 14 de janeiro passado. Em março, a Casa Imperial japonesa divulgou uma nota informando que a princesa Aiko, de 8 anos, filha única do herdeiro do trono do Japão, Naruhito, havia deixado de ir à escola após sofrer assédio moral por um grupo de colegas. Phoebe, Aiko e milhões de outras crianças e adolescentes, meninos e meninas, de todo o mundo são vítimas, diariamente, de um mal que existe há séculos, mas que hoje em dia tem nome “científico” – bullying – e vem alcançando proporções avassaladoras. De acordo com a psicóloga Maria Tereza Maldonado, do Rio de Janeiro, membro da American Family Therapy Academy, o bullying sempre aconteceu em todas as escolas, mas por muito tempo a sociedade o considerou “brincadeira de crianças” e não deu maior importância ao tema. O termo inglês é utilizado para descrever atos de agressão física, verbal e psicológica intencionais e feitos de modo repetitivo.
“É semelhante ao que tradicionalmente acontecia na educação dos filhos: os pais se achavam no direito de xingar, espancar e cometer outras formas de violência para ‘endireitar’ as crianças rebeldes. Atualmente, esses casos vão parar nos Conselhos Tutelares como ações de violência intrafamiliar que precisam ser tratadas para que os pais se conscientizem do direito das crianças de serem educadas sem violência. Com o bullying está começando a acontecer algo idêntico: é preciso trabalhar o conceito de que agressão não é diversão. Condutas de perseguição implacável, mensagens difamadoras e depreciativas, agressões físicas ou verbais não devem ser aceitáveis”, afirma Maria Tereza, autora do livro "A Face Oculta – Uma história de bullying e cyberbullying", editado pela Editora Saraiva.
Segundo a pedagoga Flávia Cristina Oliveira Murbach de Barros, de São Paulo, é necessário levar em conta que os problemas sociais em geral, na escola ou em qualquer outro espaço, vieram a ter mais evidência com a evolução dos estudos sobre o assunto. “Podemos dizer que a partir da década de 1980 houve muitas mudanças políticas e econômicas no país, o que acarreta uma grande mudança na forma de se ver a ciência, a arte e a sociedade como um todo. Assim também passaram a ver a escola e seus problemas por outro ângulo. É necessário destacar ainda que as gerações atuais vivem um momento de banalização da violência, psicológica ou física, o que contribui para o aparecimento de mais violência, como o caso do próprio bullying”, afirma Flávia, que também é doutoranda em Educação pela Unesp Marília (Universidade Estadual de São Paulo) e pesquisadora do Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). MOTIVOS E SINAIS Mais importantes do que as diferentes expressões do bullying, conforme as faixas etárias, são as semelhanças de motivos: visões preconceituosas sobre as pessoas consideradas diferentes da maioria; desejo de exercer poder dominando ou atacando pessoas vistas como mais sensíveis ou retraídas; inveja que estimula a excluir do convívio social os que se destacam intelectualmente. Em geral, a criança que sofre o assédio moral não conta em casa o que está acontecendo na escola – o universo principal onde o bullying é exercitado (alguns autores expandem o conceito para incluir também as condutas de agressão persistente entre irmãos, vizinhos e parentes) –, mas pais atentos podem identificar o problema. Os principais sinais são mudanças de comportamento do tipo: não querer ir para as aulas, pedir para mudar de turma, sintomas de angústia (dor de cabeça, de estômago, suor frio), dificuldade de concentração e queda do rendimento escolar. A criança se torna arredia, tensa, preocupada e cansada, de acordo com o especialista norte-americano Allan Beane, autor de “Proteja seu Filho do Bullying - Impeça que ele maltrate os colegas ou seja maltratado por eles” (Editora BestSeller) e do site www.bullyfree.com. O filho de Allan, Curtis, morreu aos 23 anos por culpa indireta do bullying após muito sofrimento. É PRECISO ESCUTAR Os pais precisam mostrar-se abertos à escuta, encorajando a criança a expressar seu sofrimento, sem criticá-la por ser “fraca” e sem se apressar a criar soluções que muitas vezes ela não se sentirá em condições de colocar em prática. É importante pensar junto com ela a criação de recursos pessoais e de alianças com os amigos que a tornarão capaz de enfrentar os agressores, da mesma forma que é essencial que a escola promova um programa antibullying eficiente. Já os pais de uma criança que pratica o bullying devem mostrar ao filho que se divertir à custa do sofrimento dos outros é inaceitável e que ele pode desenvolver maneiras de se destacar com habilidades valiosas. “O diálogo é sempre importante. E saber o porquê das ações como também fazer uma autoavaliação das relações domésticas entre criança-família”, ressalta a pedagoga Flávia. “Somos formados por nossas relações históricas e sociais, pela relação com os objetos da cultura. Precisamos saber, tanto a escola como a família, o que estamos proporcionando às crianças e aos adolescentes em relação à apropriação da cultura. O que eles estão se apropriando? O que estamos proporcionando? Uma cultura computadorizada? Uma conversa sem relação de reciprocidade? Vale a nossa consciência”, analisa a especialista. Já a psicóloga Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams, da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), avisa que, conforme a gravidade, um psicoterapeuta pode ajudar a criança vitimada ou a autora de bullying, bem como a família a enfrentar o problema. “O que os pais nunca devem fazer é ignorar ou minimizar o problema da criança, nem estimular a agressão ou o revide”. AÇÃO E REAÇÃO Vale a pena ressaltar que algumas crianças criam recursos para lidar com o problema e se desenvolvem normalmente. Outras, no entanto, carregam o sofrimento consigo por um longo período de vida ou acabam se tornando autoras de bullying. “Pode haver ainda sequelas terríveis para a vida adulta, como abandono dos estudos, menores chances de conseguir um emprego, de se relacionar afetivamente, formar uma família, problemas com baixa auto-estima e maiores chances de desenvolver transtornos mentais”, alerta a psicóloga Lúcia Cavalcanti. Há casos graves em que o desespero é tão grande que o adolescente se sente sem saída, adoece e às vezes chega a cometer suicídio – vide o fim trágico de Phoebe Prince. “O bullying associa a intimidação e a humilhação das pessoas por parte do agressor, resultando em um ataque psicológico, físico e social. A vítima recebe uma alta carga energética dos seus agressores, por isso, muitas vezes, existe um peso acima do suportável, podendo gerar intenções suicidas ou homicidas, como muitos casos que acontecem nas escolas dos Estados Unidos, onde a vítima sai matando seus agressores como forma de aliviar essa carga sobre sua vida", comenta a psicoterapeuta Maura de Albanesi, diretora do Instituto de Psicologia Avançada AMO, de São Paulo. “Por esta razão, os pais precisam buscar ajuda psicológica rapidamente, a fim de também evitar que essa criança se torne um adulto que sofra de fobia social, timidez, medo, apatia e afins", alerta a psicoterapeuta. Matéria retirada do site: www.uol.com.br

Bullying: comportamento intimidador é modo de conseguir status entre colegas

O bullying é comum nas escolas de todo o mundo: de acordo com dados de pesquisas europeias, aproximadamente 15% das crianças em ambiente escolar são vítimas da ação, o que pode levar à depressão, ansiedade, sentimento de solidão e outros transtornos mentais que surgem como respostas negativas à situação. POR QUE AQUELES QUE COMETEM BULLYING OPTAM POR AGIR DE FORMA TÃO NEGATIVA? De acordo com um estudo holandês, a maioria dos atos de bullying é motivada pela tentativa dos bullies – aqueles que cometem o bullying – de elevar seu status dentro do ambiente escolar ou nos círculos sociais, ou seja, ser foco de admiração e afeto de seus pares. Os dados vieram de uma pesquisa longitudinal (de longa duração, feita com indivíduos revisitados diversas vezes durante a duração da pesquisa). A coleta de dados foi feita com mais de 500 crianças e adolescentes com idade entre 9 e 12 anos. Com base nesses dados, os pesquisadores indicam que os bullies – palavra que não tem uma tradução exata no português – escolhem a dominação de suas vítimas como modo de chegar a um status elevado dentro da escola. Mas ao mesmo tempo, os bullies esperam reduzir suas chances de acabar também como vítimas, tomando partido dos mais “fortes” e atacando aqueles menos preparados para responder à intimidação. GRUPO É AVALISTA DO COMPORTAMENTO De certo modo, os bullies procuram se manter cercado por pessoas com as quais eles têm uma relação afetiva – ou os quais exercem algum tipo de controle – e os ataques a outros de fora do grupo funcionam como um modo de garantir seu lugar em seu círculo de amizades. “É melhor ficar do lado dos ‘valentões’ do que do lado das vítimas. Na cabeça das crianças, é uma forma de solucionar o problema e não ser intimidada”, explica Cléo Fante, pedagoga e historiadora, autora do livro Bullying Escolar – perguntas e respostas, publicado pela Editora Artmed. Desse modo, esses indivíduos vão ganhando espaço e ficando mais cruéis para manter sua posição social dentro daquele grupo. Outra observação da pesquisadora é que quanto mais jovens, pior a incidência de bullying. “Quando vão chegando à adolescência, essa atitude pode se inverter. O grupo pode não aceitar mais esse tipo de relação violenta e o bullie pode ser isolado pelos próprios companheiros”, explica Cléo. EVASÃO E COMPORTAMENTO DE RISCO Nesse caso, muitas vezes, o bullie começa a ter comportamentos agressivos e de risco fora do ambiente escolar. “Esse comportamento, que tem muitas vezes a ver com a cultura familiar, mais violenta e que valoriza a agressividade, pode colaborar para que esse indivíduo passe a adotar outros comportamentos de risco, incluindo aí o consumo de drogas”, aponta a pesquisadora. Nesse ponto é possível que os indivíduos violentos optem pela evasão escolar, pois deixam de ter o controle da situação, se sentem excluídos e procuram deixar a escola em segundo plano.
OUTROS MODOS DE DIRECIONAR A AGRESSIVIDADE OU DE SER O FOCO DE ATENÇÃO O ideal é que as escolas possam identificar esses indivíduos prematuramente e desenvolver ações que demonstrem que a “popularidade” pode ser alcançada de outros modos. “Se a escola mostra para esse indivíduo que o esporte, o teatro ou mesmo uma posição de liderança em um grêmio de estudantes pode ser um modo de se destacar positivamente, é muito provável que esse indivíduo foque nesse tipo de atividade e deixe de lado as atitudes violentas”, explica a pesquisadora, que participa da Campanha Global “Aprender sem Medo”, desenvolvido pela ONG Plan e que coletou dados de mais de 5 mil crianças no Brasil sobre o tema. “O bullying é um comportamento aprendido. E tudo que é aprendido pode ser ‘desaprendido’. Basta indicar que há opções para que os bullies saibam que não existe apenas uma maneira de conquistar uma posição de respeito”, finaliza. Matéria retirada do site: www.uol.com.br

Criança com dor de cabeça tem mais problemas de comportamento

Crianças com queixas de dor de cabeça apresentam mais problemas de comportamento, como retraimento, reação emocional e agressividade, quando comparadas a um grupo de crianças sem essas queixas. Esse é o resultado de uma pesquisa da psicóloga Luciana Leonetti Correia, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo). De acordo com o estudo, essas crianças também apresentam reação de desconforto em relação à intensidade de som, luz e movimento, que podem aparecer nos primeiros meses de vida, sendo um importante potencial indicador de dor de cabeça em fases posteriores do desenvolvimento. Foram avaliadas 75 crianças, na fase pré-escolar, com idade entre três e cinco anos. A queixa de dor de cabeça prevaleceu em 29% delas, de acordo com o relato materno. COMPORTAMENTO As crianças foram avaliadas com base em questionários validados, respondidos pelas mães biológicas, sobre indicadores de temperamento e comportamento da criança e queixas de dor de cabeça por parte delas e dos membros da família. Os dados foram submetidos à análise estatística, sendo realizada a comparação entre os dois grupos e a análise dos indicadores de risco que melhor explicavam a queixa da criança. As crianças com as queixas estão mais expostas para manifestarem problemas de comportamento, do tipo queixas somáticas, como retraimento e reação emocional, além de queixas de outras dores, como por exemplo, abdominal. Do total de crianças pesquisadas, a prevalência para queixas de dor abdominal foi de 15%. Para a autora do estudo, o fato pode indicar uma condição sugerida em alguns estudos, que seria a "migrânea-abdominal". DE MÃE PRA FILHO A pesquisa descobriu também que na presença de dor de cabeça materna, do tipo enxaqueca, as crianças apresentavam uma chance de quase cinco vezes mais a ter queixa de dor de cabeça, com relação à identificação e sintomas de dor de cabeça entre criança, mãe e outros membros da família. Segundo a autora, a prevalência de queixa pode estar associada com as queixas dessa dor na família, que pode ocorrer devido a fatores genéticos, como mostra a literatura, ou pela perspectiva da aprendizagem social, ou seja, por meio de modelos de dor que estão presentes no ambiente da família. Os resultados podem ter desdobramentos para programas na prevenção de risco em mães e crianças com queixa de dor de cabeça. Matéria retirada do site: www.uol.com.br

domingo, 11 de abril de 2010

ALGUMAS ESTRATÉGIAS DE COMPREENSÃO EM LEITURA DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL - Síntese

O desenvolvimento de alunos vem se constituindo numa importante meta educacional, os quais podem dizer que um estudante é auto-regulado quando é capaz de ser ativo e responsável pelo seu próprio processo de aprendizagem, envolvendo a capacidade de o aluno refletir sobre os seus processos cognitivos. Teóricos contemporâneos têm apontado à importância de promover nos estudantes a consciência dos processos pelos quais se aprende, onde as estratégias de aprendizagem podem estar mais voltadas para ajudar o aprendiz a organizar, elaborar e integrar a informação ou ser mais orientadas para o planejamento, monitoramento, regulação do próprio pensamento e manutenção de um estado interno satisfatório que facilite a aprendizagem. Bons leitores, segundo pesquisadores, compreendem melhor, se lembram mais do que lêem, exibem um repertório mais vasto de estratégias de leitura do que os alunos que apresentam dificuldades nessa área, conseguem identificar mais facilmente as informações essenciais e separá-las dos exemplos e das informações de apoio, tentam manter-se ativamente engajados na leitura gerando questões sobre o conteúdo lido e almejam respondê-las enquanto lêem. Enquanto os maus leitores raramente fazem resumos do texto, apresentam certa passividade e dificuldade em gerar perguntas sobre o material, enquanto lêem. Por não conseguirem monitorar adequadamente a compreensão da leitura acabam por depender de terceiros para identificação de suas dificuldades. É possível ensinar a todos os alunos a expandir notas de aulas, a sublinhar pontos importantes de um texto, monitorar a compreensão na hora da leitura, usar técnicas de memorização, fazer resumos, planejar, estabelecer metas, entre outras. Mas, conhecer as estratégias não é suficiente, pois os alunos precisam adquirir um metaconhecimento, compreendendo como e quando usá-las. Uma escola apresentando esses tipos de problemas foi selecionada de uma lista contendo o nome de todas as escolas públicas da região, após foi realizado um contato com a Prefeitura de Campinas com o propósito de se obter informações sobre as escolas públicas que mais enfrentam problemas sérios como repetência e evasão escolar; a escola escolhida atendia a uma população de baixa renda, houve grande interesse por parte da escola, em participar, então a diretora foi informada do caráter confidencial da pesquisa e assegurada de que a coleta de dados transcorreria de acordo com os horários de maior conveniência da escola, de modo a interferir minimamente com a rotina da mesma. Através do material utilizado no estudo, foi possível constatar que as traduções e adaptações realizadas possibilitaram a mensuração das variáveis estudadas de forma válida e confiável, o qual tiveram como objetivo investigar o uso de estratégias de aprendizagem, por parte dos alunos em situações de aprendizagem em sala de aula, nos estudos em casa, na realização de tarefas escolares em casa, e também na preparação para provas, As pessoas sorteadas foram informadas que participariam de uma pesquisa voltada para compreender melhor o que eles pensam a respeito de questões relacionadas à própria aprendizagem, que suas respostas não iriam influenciar suas notas, já que os dados coletados só seriam utilizados para a pesquisa, portanto os alunos eram livres para participar ou não, mas foram constatados poucos desinteressados. Os alunos foram entrevistados individualmente e suas estratégias de compreensão de leitura foram avaliadas por questões abertas e fechadas, sistemas de categorização das respostas foram desenvolvidos, levando-se em conta os existentes na literatura da área, uma amostra das respostas de cada uma das questões abertas foi categorizada também por um juiz independente. Primeiramente, a freqüência e a porcentagem de respostas em cada categoria foram calculadas e após, procedimentos da estatística inferencial foram utilizados para analisar as relações entre as respostas fornecidas pelos estudantes às questões abertas e fechadas e a idade, a série escolar, o gênero e a repetência escolar do grupo pesquisado. O presente estudo teve como objetivo conhecer as estratégias de compreensão do conteúdo durante a leitura de alunos do ensino fundamental, examinar se eles têm consciência das suas próprias dificuldades durante a leitura, bem como avaliar as estratégias mencionadas em relação a características dos participantes tais como gênero, idade, série escolar e repetência. A maioria dos participantes relatou conseguir identificar e perceber momentos em que à compreensão do conteúdo lido não era alcançada, também mencionou estratégias de aprendizagem relevantes para a compreensão da leitura. Diferentemente dos resultados, alunos repetentes do presente estudo revelaram um conjunto de estratégias de compreensão de conteúdo durante a leitura mais simples, quando comparado aos não repetentes. Por um lado, a leitura competente é essencial para um bom rendimento escolar, pois se pode debater a hipótese de que muitas das dificuldades escolares desses alunos podem estar associadas a deficiências na compreensão dos conteúdos lidos e não há dúvidas de que esses mesmos estudantes poderiam se beneficiar de um ensino sistemático de estratégias de aprendizagem, sobretudo de estratégias relativas ao processo da leitura. Autores defendem que, é essencial que professores sejam mais bem preparados a ensinar a ler e que práticas instrucionais efetivas na área da leitura sejam identificadas e mais amplamente utilizadas, pois se faz necessário que professores e educadores atentem para a relevância de se desenvolver um trabalho preventivo no sentido da formação do leitor independente, crítico e reflexivo. Mas vale ressaltar que a necessidade de uma atuação conjunta entre a escola e a família, uma vez que a competência em leitura é influenciada por fatores motivacionais, cognitivos e contextuais como os familiares e escolares.

* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB. 

PLANO DE AULA: Literatura e o Ensino da Língua Portuguesa

Tema da Aula: Comparações de Histórias Justificativa: Além de estimular a leitura, esta atividade irá explorar as características dos personagens, mostrando para as crianças, as semelhanças e diferenças, em diferentes contos. Objetivos: Os alunos irão ampliar seu repertório literário, identificando características de cada um dos personagens dos contos, podendo comparar histórias sobre um mesmo personagem. Recursos Necessários: Livros com contos em que uma bruxa apareça como personagem, como “A Bela Adormecida” e “Branca de Neve e os sete anões”. Desenvolvimento: Primeiro deverá ser feito um questionário com as crianças, sobre as histórias que tem uma bruxa má, a seguir faça uma lista das histórias e organize-se para ler durante a atividade. Após ler cada história, faça uma lista com as características dos personagens, citadas pelos alunos, como é o comportamento, tipo físico. Assim ao final da leituras eles poderão fazer uma comparação de todas. Avaliação: O professor deverá observar a reflexão coletiva sobre as características dos personagens, os comentários sobre as estruturas lingüísticas, além da comparação de diferentes histórias.

LITERATURA INFANTIL E OS CONTOS DE FADAS

A Literatura Infantil apareceu durante o século XVII, mas somente a partir do século XVIII, que a criança passou a ser considerada diferente do adulto, com necessidades e características próprias, neste contexto, surgiram os livros específicos com intuito pedagógico, utilizados como instrumentos de apoio ao ensino.

Surgiram também os contos de fadas, como “A Bela Adormecida”, uma princesa que é enfeitiçada para dormir até que um príncipe encantado a desperte com um beijo de amor; criado pelo escritor francês Charles Perrault, conhecido como o “Pai dos Contos de Fadas” (primeiro a escrever especialmente para as crianças) transformou contos do folclore popular em histórias infantis, como: “O Gato de Botas”, “O pequeno Polegar”, e diversos outros.
Logo após, surgiram Jacob e Wilhelm (os Irmãos Grimm), os quais começaram a escrever as histórias que ouviam durante suas viagens, assim surgiu: “Chapeuzinho Vermelho”, “Rapunzel” e “Branca de Neve e os Sete Anões”.

Os Contos de Fadas se tornaram conhecidos como seres fantásticos ou imaginários, dotados de virtudes e poderes sobrenaturais, onde em suas histórias, os personagens bons sempre vencem os maus e seus heróis e heroínas conquistam a felicidade depois de superar duros obstáculos. De certa forma, parecem com sonhos, pois vão surgindo com uma rapidez mágica que transporta o leitor para lugares onde tudo pode acontecer.

AUTO AVALIAÇÃO


Em uma pratica docente, acredito que o docente deve estar ciente de que as aulas, se bem planejadas, podem ser instigantes e desafiadoras, mas é preciso antes conhecer, saber, para então se estabelecer uma metodologia vinculada às necessidades reais de aprendizagem, de modo que possa estabelecer relações, comparar, diferenciar, experimentar, analisar, atribuir significado e sistematizar os conceitos envolvidos num processo contínuo de reconstrução do conhecimento, aprendendo a lidar com o desconhecido, com o conflito, com o inusitado, com o erro, com a dificuldade, criando condições para que a informação transforme-se em conhecimento, devendo também desenvolver nos alunos, competências e habilidades a fim de prepará-los para agir conforme as exigências da contemporaneidade.
Por isso, acredito que posso ter as habilidades necessárias para estar em sala de aula, mais sinto que ainda não estou preparada completamente para a docência, pois ainda não tive muitos dias de contato direto com os alunos, apesar das horas de estágio, o qual me ajudaram muito, porem ainda terei disciplinas que ajudarão ainda mais em minha formação e através desta, poder buscar uma forma de trabalhar melhor com os alunos, fazendo com que se interessem pelo novo; esse é o desafio, encontrarmos caminhos para orientá-los e principalmente, aliá-los às suas necessidades reais, fazendo com que adquiram fontes de conhecimentos que possam ser usados de forma autônoma e responsável.
Sei que é preciso que os educadores em seus ambientes de aprendizagem organizem suas aulas com objetivos claros, ter metodologia, senão a aula continuará sendo a mesma todos os dias, desenvolver no ambiente escolar “culturas”, haver planejamento e organização, rompimento de barreiras, como o medo, falta de compromisso, desatualizarão, resistência ao novo e o individualismo.

Acredito também que esta disciplina transformou-se em um fator que contribuiu de forma considerável para melhorar minha formação profissional, o qual ajudou-me a conhecer e entender as ações dos outros, como também as organizações sociais e, os próprios contextos culturais e sociais, possibilitando que eu pudesse ver de forma mais ampla, o importante papel do profissional da área da educação, o qual em breve poderei retribuir com o meu trabalho, dentro e fora de sala de aula, pois o professor tem que usar da sua criatividade para incentivar os alunos a explorar sua capacidade de aprender, de cooperar, de serem criativos diante de novas situações o qual serão ampliadas, ou seja, todos os profissionais da educação devem perceber a necessidade de refletir sobre suas ações pedagógicas no que diz respeito a conhecer e reconhecer a importância do sujeito da aprendizagem e entender o que e como pode facilitar ou impedir que ele aprenda.
Minha vida, sempre foi marcada por escolhas, tropeços e méritos, a cada passo dado um planejamento, às vezes bem que agi antes de planejar, mas confesso que tive que arcar com essa falha de responsabilidade. Mas me considero muito feliz em minhas escolhas, pois há varias coisas, pessoas e situações que eu não escolhi, simplesmente eu me vi invadindo seus espaços e na maioria das vezes fui bem aceita, porem hoje são essenciais, especiais e meus maiores tesouros. Assim como nosso futuro, que não temos controle dos acontecimentos, temos que aprender a conviver com o novo, pois será nosso aliado por muito tempo, ou não, depende exclusivamente de nós.
Apesar de ainda ter muitas coisas que gostaria de fazer, não dá pra se ter uma noção de como será meu futuro, não sei se terei varias profissões, conhecimento suficiente para rodar o mundo em busca de ainda mais conhecimentos, sei que não devo me apegar aos bens materiais, pois sei que é algo passageiro. Portanto posso viver mil anos, mas mesmo que pudesse, seria impossível viver todas as alternativas existentes. Por isso que temos que ser feliz, assim como eu sou, para que possamos aproveitar as oportunidades que a vida nos oferece, sermos capazes de criar nosso próprio futuro. Não só carrego o dom de ser feliz, como acredito que todos os seres humanos também o carregam, apenas basta cada um descobri-lo dentro de si.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Síntese

A educação pode ser definida como a tentativa consciente de promover a aprendizagem de outras pessoas, englobando ensinar e aprender e também algo menos tangível, mas mais profundo: construção do conhecimento, bom julgamento e sabedoria tendo nos seus objetivos fundamentais a passagem da cultura de geração para geração. A escola entrevistada, ainda está em processo de construção do projeto Político Pedagógico, onde já estão realizando levantamento sobre as características atuais da escola, suas limitações e possibilidades, os elementos identificadores, a imagem que se quer construir quanto a seu papel na comunidade em que está inserida. Esse levantamento dos traços identificadores da escola constitui um diagnostico que servirá de base para a definição dos objetos a perseguir, dos conteúdos que devem ser trabalhados, das formas de organização do seu ensino. Sempre destacando a todos os membros a importância de três dimensões no processo desse planejamento: a realidade (a escola que temos); a finalidade (a escola que queremos) e a mediação (como aproximar a escola que temos da escola que queremos). Confesso que missão era complexa e ampla, tanto pra mim, quanto para os membros, mas sabíamos que em um único dia não faríamos a diferença, então sabemos que é uma construção conjunta e continua. A comunidade escolar repensa constantemente o seu papel pedagógico e sua função social, para tanto, se faz necessário refletir sobre a escola que temos. Para que a escola cumpra a sua função social será necessária a integração e participação da comunidade escolar. Os segmentos da escola devem estar plenamente voltados à completa valorização do educando, fornecendo aos professores cursos de formação e qualificação dos profissionais da educação, com a criação e reorganização do espaço físico. Contando com material didático adequado, recursos humanos, pedagógicos e financeiros, lembrando para que se cumpram as regras de convivência em grupo, proporcionando melhor qualificação profissional e salários compatíveis com os diferentes níveis e funções, adotando uma política que estabeleça professores efetivos, estabelecendo assim a motivação e credibilidade dos professores. A avaliação diz respeito a um processo mais amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica, assim como todos os sujeitos envolvidos. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele a quem se está avaliando. Dentre as dificuldades que se coloca sobre a avaliação, estão presentes ainda muitas questões do passado, como: provas, trabalhos, recuperação, apropriação dos conceitos mínimos, o empenhos dos estudantes no processo, as condições objetivas da prática docente, em relação a correção, critérios, pareceres e a nota. Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades pedagógicas, principalmente na relação professor com o aluno e no tratamento dos conhecimentos trabalhados neste espaço. Portanto, a intervenção do professor ajuda a construir as mediações necessárias para a construção do conhecimento. O entendimento dos professores desta escola completa aquilo que se tem discutido e colocado como importante no processo ensino aprendizagem no que diz respeito à intervenção significativa do professor nos conteúdos que precisam ser mais bem explorados e trabalhados pelo docente. Pontuamos a responsabilidade do educador e do aluno, que deverão ser colaboradores neste processo. Faz-se necessário uma nova reestruturação em educação, um novo currículo voltado para as mudanças que exigem, a um nível aperfeiçoado, o desenvolvimento tecnológico, o processo do homem nas mais variadas dimensões, ou seja, quais profissionais querem formar. Por si só, um não torna a escola perfeita, mas todos aqueles que acreditam na "capacidade transformadora" da educação podem ajudar a resolver alguns dos velhos problemas da sociedade e até mesmo do mundo, ou seja, com força de vontade e criatividade podemos descobrir muitos lugares, acreditando sempre que quem faz o ambiente somos nós mesmos.

* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB. 

LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: AS MUITAS FACETAS - Síntese

Ao falarmos sobre a “invenção do letramento”, podemos ressaltar que foi em meados dos anos 1980 que se deu, simultaneamente, a invenção do letramento no Brasil, para nomear fenômenos distintos daquele denominado “alfabetização”. Estudiosos afirmam que são muitos os fatores que interferem na aprendizagem da língua escrita, porém estudos recentes incluem entre estes fatores, o nível de letramento. Antigamente, acreditava-se que o aluno era iniciado no mundo da leitura somente ao ser alfabetizado, pensamento este ultrapassado pela concepção de letramento, que leva em conta toda a experiência com leitura que a criança tem, antes mesmo de ser capaz de ler os signos escritos. Também neste caso as discussões, relatórios e publicações não apontam relações entre as dificuldades no uso da língua escrita e a aprendizagem inicial do sistema de escrita. No Brasil, a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem levado, apesar da diferenciação sempre proposta na produção acadêmica, a uma inadequada e inconveniente fusão dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento, o que tem conduzido a um certo apagamento da alfabetização que, talvez com algum exagero, se denomine desinvenção da alfabetização. É importante afirmar que o Letramento é igual ao estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. A respeito da “desinvenção da alfabetização”, pode se dizer que o neologismo desinvenção pretende nomear a progressiva perda de especificidade do processo de alfabetização que parece vir ocorrendo na escola brasileira ao longo das duas últimas décadas. Certamente essa perda é fator explicativo do atual fracasso na aprendizagem e, portanto, também no ensino da língua escrita nas escolas brasileiras, fracasso hoje tão reiterada e amplamente denunciado. Sem negar a incontestável contribuição que essa mudança paradigmática, na área da alfabetização, trouxe para a compreensão da trajetória da criança em direção à descoberta do sistema alfabético, é preciso, entretanto, reconhecer que ela conduziu a alguns equívocos que podem explicar a desinvenção da alfabetização, gerando assim uma falsa inferência, a de que seria incompatível com o paradigma conceitual psicogenético a proposta de métodos de alfabetização. A respeito da “reinvenção da alfabetização”, vale ressaltar que os resultados de avaliações de níveis de alfabetização da população em processo de escolarização, têm levado a críticas a essa concepção holística da aprendizagem da língua escrita, incidindo essa crítica particularmente na ausência, no quadro dessa concepção, de instrução direta e específica para a aprendizagem do código alfabético e ortográfico, o qual se multiplicaram nas duas últimas décadas, no Brasil e em muitos outros países. Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita, a entrada da criança e do adulto analfabeto, no mundo da escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita,isto é a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, que é o letramento. Assegurados esses pressupostos, a reinvenção da alfabetização revela-se necessária, sem se tornar perigosa. Vale ressaltar que a leitura é condição essencial para que possa compreender o mundo, os outros, as próprias experiências e a necessidade de inserir-se no mundo da escrita, torna-se imperativo que o aluno desenvolva habilidades lingüísticas para que possa ir além da simples decodificação de palavras. Portanto, é através desses estudos, que o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondências entre grafemas e fonemas (a decodificação e a codificação), se caracterizando como processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação.

* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB. 

A UTILIZAÇÃO DO JOGO DA PRÉ-ESCOLA (Elvira Cristina A. S. Lima) - Síntese

Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Portanto tem um papel decisivo nas relações entre a criança e o adulto, as próprias crianças e a criança e o meio ambiente. Possibilitando igualmente, a construção de categorias e a ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento, assumindo papel didático podendo ser explorado no processo educativo, precedendo o desenvolvimento. O processo de aprendizagem implica a realização de atividades que levem á construção dos conceitos que constituem o referido conteúdo, através das informações que ele contém. O pensamento vem da atividade, as quais envolvidas no processo de aprendizagem são observação, experimentação, reflexão, organização (através da fala, escrita, desenho, movimento) e apresentação do conhecimento adquirido. É a partir desta perspectiva de constituição do indivíduo como ser social e afetivo que devemos pensar o papel do jogo e da brincadeira na Pré-escola. O Brincar na Escola, não é exatamente igual a brincar em outras ocasiões, porque a vida escolar é regida por algumas normas que regulam as ações das pessoas e as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão presentes, também, na atividade da criança. Assim, as brincadeiras e os jogos têm uma especificidade quando ocorrem na Escola, pois são mediadas pelas normas institucionais. A utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista com cautela e clareza, pois é uma atividade essencialmente lúdica. Não cabe a Escola repetir o cotidiano que a criança vivencia fora dela, porque uma brincadeira não será exatamente a mesma se realizada por um grupo de crianças na rua ou na Escola, seja ou não proposta ou conduzida por um adulto. É função da Escola levar a criança, em qualquer nível de ensino e período de desenvolvimento, a obter experiências e informações que enriqueçam seu repertório, bem como procedimentos metodológicos que permitam integrar sucessivamente estes novos conhecimentos àqueles que a criança já detém. A brincadeira e o jogo por si só não dão conta totalmente da aprendizagem, esta se realiza por meio de outras formas de atividades humanas, úteis à sistematização de um conteúdo e a construção ou ampliação de um conceito. Mas há Limites da Utilização do Jogo e da Brincadeira, pois o processo de aprender inclui a ação, a reflexão da ação e a sistematização do conhecimento. Quanto ao Imaginário Infantil, vale ressaltar que a criança de idade pré-escolar dedica grande parte de seu tempo ao brincar de faz-de-conta, exteriorizando sua realidade interior, liberando sentimentos e expressando opiniões. O desenvolvimento não passa somente pelo jogo de faz-de-conta, mas também pelas realizações de natureza estética, como a música, a dança e as artes gráficas, trabalhando com a imagem: as que percebe em seu cotidiano e as que produz, como uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua experiência cotidiana. O brincar na Escola exige ação do educador, o qual tem também uma função informativa, o educador aprende bastante sobre seus interesses, podendo perceber o nível de realização em que elas se encontram, assim como suas experiências do cotidiano e as regras de comportamento reveladas pelo jogo de faz-de-conta, desta forma o educador terá condições de programar atividades pedagógicas que desenvolvam os conceitos que as crianças já estão constituindo e que sejam adequadas às possibilidades reais de interação e compreensão que elas apresentam em determinado estágio de seu desenvolvimento. No planejamento precisam ser explicitados os conceitos a serem desenvolvidos, os conteúdos a serem trabalhados e as expectativas de realização das crianças e a partir desta definição, deve-se selecionar o tipo de atividade que poderá ser utilizado. Ao educador cabe pensar que tipo de atividade propor, tendo clareza de intenção, isto é, sabendo o que as crianças podem desenvolver com a atividade proposta.
Também se torna fundamental a definição de como ela será realizada, prevendo a ocupação do espaço e o limite do tempo, permitindo a realização dos movimentos em sua amplitude. O brincar da criança, não pode ser considerado uma atividade complementar a outras de natureza dita pedagógica, mas sim como atividade fundamental para a constituição de sua identidade cultural e de sua personalidade. A brincadeira precisa ter seu espaço e seu tempo na vida das crianças, sendo que é possível com e sem brinquedos. Porem o mais importante mesmo é usar a imaginação.

* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB. 

MÉTODO FÔNICO DE ALFABETIZAÇÃO

O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético, com ele primeiro são ensinadas formas e os sons das vogais, depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Neste método são ensinados primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas, visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico.
O que diferencia uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas, quando se usa esse método se melhora a compreensão do texto.
Consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim, ou seja, para que a criança se torne capaz de decifrar milhares de palavras, onde ela aprende a reconhecer o som de cada letra.

A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que “cassa” e “caça” têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
Quando a pronuncia da palavra ativa o sistema semântico o acesso ao significado é alcançado. Pode haver leitura sem que haja acesso ao significado. Na leitura fonológica, o acesso se dá pela porta auditiva por reconhecimento da forma fonológica familiar da palavra cuja escrita não é muito familiar e na Rota fonológica, a pronuncia da palavra é construída segmento a segmento por meio da aplicação de regras de correspondência grafofonêmica.
O trabalho fonético deve ser realizado com material didático adequado, em conjunto com textos literários, cartas e receitas médicas, por exemplo", recomenda. A eliminação do método fônico é problemática porque coloca a alfabetização como conseqüência de uma busca pelo saber, mas não a prioriza. "A idéia é voltar a priorizar o aprendizado da leitura de palavras, mas sem o uso das antigas cartilhas com textos descontextualizados.
Graças ao fonema podemos distinguir morfemas ou palavras com significados diferentes, todavia próprio fonema não possui significado. Os investigadores de leitura mostram que o método fônico também é mais eficiente para as comunidades lingüísticas pobres, ou seja, as camadas populares com acesso precário aos bens culturais da civilização letrada. Por que isso ocorre? Em português, as palavras “faca” e “vaca” distinguem-se apenas pelos primeiros fonemas.
Com relação à prática, observa-se que os mestres decidem como e quando as crianças devem aprender; ensina-se de padrões regulares, considerados mais fáceis, passando para os irregulares, considerados mais difíceis; supõe-se que a criança deva dominar o modo correto, levando-se em consideração a variedade lingüística; a criança deve ter pré-requisitos muito bons estabelecidos para ser considerada apta à língua escrita.
Portanto, vale ressaltar que esse método é tão eficaz em produzir compreensão e produção de textos porque, de modo sistemático e lúdico, fortalece o raciocínio e a inteligência verbal. O fônico é inteligente, lúdico e nada mecânico. Leva as crianças a serem muito bem alfabetizadas, em quatro ou seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e variados, também a conscientizando-os de que a fala é segmentavel em diferentes unidades, como frases, palavras, sílabas e fonemas, e aprender a converter os segmentos da fala em escrita.

INCLUSÃO ESCOLAR (ENTREVISTA)

Para começar, a professora define Inclusão Escolar, dizendo que a educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção, onde professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças; portanto ressalta que para ela, “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”.

O processo de inclusão influenciou no seu trabalho, principalmente quando recebeu um aluno cego em sua turma, pois não dominava o braile, ressaltando que sua sorte foi que a mãe do aluno foi orientada pela profissional especializada onde era atendido, passando a transcrever o que ele escrevia. A criança utilizava a maquina braile com maior facilidade (a escola conseguiu comprar através de parceria) e podiam também contar com uma professora que fez um curso de utilização do “Soroban”, para fazer contas o que proporcionou, a ela, muita tranqüilidade em ter este aluno na sua turma. Para sua locomoção, os colegas eram muito solidários, já sabiam como servir de apoio. Tudo isso ajudou na sua integração dentro e fora da escola. Foi muito importante que todos os professores da escola mantiveram vínculos com os atendimentos clínico e especializado do qual o aluno era atendido. Portanto, a professora acredita que seja necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente, pois foi uma grande lição de vida para todos a convivência com este aluno tão especial. ”A inclusão não é difícil. Basta abrir o coração para aceitar as diferenças e assim buscarem saídas".

A respeito do papel do professor no contexto da inclusão escolar, diz que infelizmente sempre existe a resistência ao novo, sempre baseada em como ele funciona mal; o novo e o desconhecido deixam de possuir suas qualidades a partir do momento em que passam a ser utilizados e conhecidos. O fato é quem luta pela igualdade na diferença torna-se incoerente na medida em que prega educação especial, separada, excludente para pessoas com deficiência em matérias comuns. Isso sim é desigualdade na diferença! Para que a escola seja um espaço vivo de formação para todos e um ambiente verdadeiramente inclusivo é preciso que os educadores façam à diferença buscando conhecimento, desenvolvendo uma educação baseada na afetividade e na superação de limites, que as crianças aprendam a respeitar as diferenças em sala de aula, preparando-as assim para o futuro, a vida e o mercado de trabalho, pois vivendo a experiência inclusiva serão adultos bem diferentes e por certo não farão discriminações sociais.
Quando questionada a respeito do papel dos pais no auxílio aos seus filhos na escola, a professora ressalta que a instituição escolar juntamente com os pais forma uma rede de apoio para que se possa fazer o melhor por estes educandos, desenvolvendo suas potencialidades e cidadania. A escola é o espaço que pode proporcionar-lhes condições para exercer sua, identidade sociocultural e a oportunidade de ser e viver dignamente.
Os alunos da classe receberam o aluno portador de deficiência, com muita naturalidade; a cada ano que passa, tens percebido que os demais alunos apresentam um bom relacionamento com os alunos portadores de alguma deficiência, sendo até mesmo solidários, ressaltando que trabalham com o “Projeto Valores para a vida”. Portanto, uma boa organização na sala de aula exige a presença de regras claras, quer no que respeita ao comportamento, como na forma de execução das tarefas e atividades de aprendizagem. No entanto, todo esse processo de organização e funcionamento deve passar pelo respeito mútuo, pela aceitação e compreensão das necessidades do outro, por um processo aberto e dinâmico de negociação onde o aluno se sente responsável e participante.

O currículo no contexto da inclusão escolar deve recriar um novo modelo educativo com ensino de qualidade, que diga “não” á exclusão social, implica em condições de trabalho pedagógico e uma rede de saberes que se entrelaçam e caminha no sentido de banir a idéia de que a deficiência está associada à incapacidade. É uma reviravolta complexa, mas possível, basta que lutemos por ela, que nos aperfeiçoemos e estejamos abertos a colaborar na busca dos caminhos pedagógicos da inclusão. O currículo da escola é o mesmo para todos os alunos, ou seja, os alunos com deficiência aprendem o mesmo que seus colegas, porém recebem acompanhamento diário para reforçar o que foi aprendido em sala. "Acontece que alguns precisam de um tempo maior para assimilar as coisas, portanto são atendidos no reforço individual”.
A respeito dos serviços de apoio à criança portadora de deficiência, em sua escola, a professora considera que estão caminhando devagar. Além de fazer adaptações físicas, a escola ainda precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. No Município em que se encontra, a Secretaria da Educação oferece aulas em período contrario ao que estuda (sala de recursos) só que em outra Unidade Escolar. A escola busca parcerias com instituições e profissionais (psicólogos) do município e também fora, como é o caso do “Projeto Vida iluminada”, através da “Unimediana” (para alunos que apresentam baixa visão).

Para finalizar, ressalta que acredita na inclusão, destacando que apesar das iniciativas acanhadas da comunidade escolar e da sociedade geral, é possível adequar a escola para um novo tempo. Precisando estar imbuídos de boa vontade e compromisso, enfrentando com segurança e otimismo este desafio, enxergando a clareza e obviedade ética da proposta inclusiva, e contribuindo para o desmantelamento dessa máquina escolar enferrujada. A inclusão escolar é ainda algo a ser conquistada, infelizmente a idéia dominante por todo o país é a da separação de grupos nas chamadas “classes especiais”. Falta atitude do poder público para promover entre professores e educadores a necessidade de uma educação mais tolerante e verdadeiramente democrática, com respeito às diferenças.

AVALIAÇÃO MEDIADORA - Síntese

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inseparável ao ato de aprender, assim, o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser compreendido não como um veredito que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim como uma análise da situação escolar atual, em função das condições de ensino que estão sendo oferecidas. Avaliação é, basicamente, acompanhamento da evolução do aluno no processo de construção do conhecimento, aprendiz da sua disciplina e dos próprios processos de aprendizagem. Uma avaliação que prevê a melhoria da aprendizagem, sendo contínua pois exige muitas tarefas com oportunidades de expressão do aluno. As metodologias são decorrentes da clareza dos princípios avaliativos, o primeiro princípio é o de uma avaliação a serviço da ação, pois toda investigação sobre a aprendizagem do aluno é feita com a preocupação de agir e de melhorar a sua situação, buscando uma avaliação que prevê a melhoria da aprendizagem. A avaliação é contra-indicada como único instrumento para decidir sobre aprovação e reprovação do aluno, o seu uso somente para definir a progressão vertical do aluno conduz a reduções e descompromissos. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo da Escola uma análise das possibilidades que essa Escola pode oferecer para garantir um bom ensino. A avaliação escolar também é contra-indicada para fazer um diagnóstico sobre a personalidade do aluno, pois sua abrangência limita-se aos objetivos do ensino do programa escolar. Uma relação dialógica na construção do conhecimento. Em sala de aula têm-se três elementos o aluno, o professor e o conhecimento, estes três elementos se inter relacionam. O professor de posse de seu conhecimento específico coloca seus alunos a par dos mesmos, desta forma quando aluno e professor interage e se comunicam, o conhecimento atualiza-se. Professor e aluno em sala de aula têm papeis diferentes, o professor como um parceiro mais experiente tem como tarefa proporcionar ao aluno o acesso ao conhecimento. Da mesma forma que o professor media a questão do conhecimento com o aluno, a avaliação deveria mediar este processo, para desta forma tornar possível a identificação de problemas na aprendizagem do aluno, bem como no método que o professor emprega para realizar este processo. As transformações de avaliação são multidimensionais. O professor precisa estar preocupado com a aprendizagem desse aluno. Nesse sentido, o professor se torna um aprendiz do processo, pois se aprofunda nas estratégias de pensamento do aluno, nas formas como ele age, pensa e realiza essas atividades educativas. A avaliação escolar não deve ser empregada quando não se tem interesse em aperfeiçoar o ensino e, conseqüentemente, quando não se definiu o sentido que será dado aos resultados da avaliação. A avaliação escolar exige também que o professor tenha claro o significado que ele atribui a sua ação educativa. O cenário avaliativo se constitui no próprio cenário educativo. Avaliação é sinônimo de evolução. Avaliação é, basicamente, acompanhamento da evolução do aluno no processo de construção do conhecimento. Ao mesmo tempo, a questão que se faz é que toda avaliação é individual - não existe uma avaliação de grupo. Mesmo se avaliando coletivamente, os reflexos dessa prática irão recair sobre cada um dos alunos. A avaliação escolar é contra-indicada para fazer prenúncio de sucesso na vida. Contudo, o seu mau emprego pode expulsar o aluno da Escola, causar danos em seu autoconceito, impedir que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto, restringir a partir daí suas oportunidades de participação social. A avaliação, assim como os remédios, tem propriedades, pode produzir reações adversas e efeitos colaterais. E ainda mais: que devem ser tomadas precauções ao utilizá-la, que existem indicações e contra-indicações, assim como há uma maneira correta de empregá-la. Um dos principais dilemas enfrentados pelos professores é a questão das notas. Pode perceber que há ainda, uma divisão muito séria: o qualitativo se refere ao interesse, à participação, ao comprometimento, à obediência do aluno; o quantitativo se refere à atribuição de notas sobre tarefas, testes e provas. O qualitativo se refere propriamente à aprendizagem. Nós precisamos compor um conjunto de instrumentos de avaliação, que permita interpretar a evolução de aprendizagem do aluno. Os pais resistem também a outras formas de registro na avaliação. Há muitas questões punitivas na avaliação: exigências além do que o aluno pode responder tempos não respeitados, ordens mal compreendidas e que são motivos de punição. Portanto, a avaliação é julgamento, mas é, fundamentalmente, ação. Não é possível que uma escola seja conservadora nas suas práticas pedagógicas e mediadoras na avaliação, ou o inverso. A prática educativa é a própria prática avaliativa. A prática avaliativa revela toda a concepção político pedagógica de uma escola.

* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB. 

AS CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS...(KRAMER,S.) - Resumo

O artigo discute a educação infantil no contexto das políticas educacionais no Brasil. Situa a educação infantil no cenário político nacional e apresenta desafios deste campo, focalizando a formação de profissionais de educação infantil, um dos maiores desafios das políticas educacionais, e trata da importância das mudanças curriculares do curso de pedagogia, também analisando a educação infantil e ensino fundamental (agora com nove anos) como instâncias indissociáveis do processo de democratização da educação brasileira, não deixando de destacar a relevância desta articulação no que se refere às crianças e ao trabalho pedagógico nas creches, pré-escolas e escolas. Quando fala sobre a educação infantil no contexto político nacional, enfatiza que mesmo no quadro nacional de desmobilização da Sociedade Civil, nos últimos anos, a luta pela educação da infância permanece, diferentes concepções de infância, currículo e atendimento; diversas alternativas práticas, diferentes matizes da educação infantil. Nos fóruns estaduais, na rede de creches e no inter fóruns, organizados para encaminhar de modo coletivo questões centrais da política de educação infantil. As lutas em torno da Constituinte de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e as discussões em torno da atuação do Ministério da Educação nos anos de 1990, no Brasil, são parte de uma história coletiva de intelectuais, militantes e movimentos sociais. A progressiva democratização da educação infantil e do ensino fundamental gerou a inclusão recente das crianças de 6 anos na escolaridade obrigatória. No plano da produção do conhecimento sobre educação infantil, além das questões mencionadas, são necessários estudos sobre: a institucionalização da infância e suas conseqüências; concepções teóricas da infância; especificidades da creche e do trabalho com bebês – área em que a pesquisa é urgente quanto às políticas, às práticas em creches e às ações das famílias.
Focando “a formação inicial e continuada: direito e necessidade”, afirma que no âmbito das redes municipais de educação, a situação é também difícil. Diante da gravidade do contexto de formação de centenas de milhares de professores de educação infantil que atuam em creches, em escolas de educação infantil e de turmas de educação infantil que funcionam em escolas de ensino fundamental sem formação nem em nível médio nem em ensino superior, devem assumir para dentro do curso de pedagogia esta etapa da educação básica, significa não só habilitar professores e professoras para a educação infantil, mas, sobretudo, formar formadores, de longa data um de nossos maiores problemas no tocante às políticas educacionais em todos os níveis. Os fatores que interferem no maior ou menor investimento e na priorização da educação infantil parecem se relacionar com professores e profissionais de educação que atuam na gestão municipal, lideranças locais que têm nas suas trajetórias de formação um compromisso expresso com a educação infantil, a alfabetização e os primeiros anos do ensino fundamental. Os princípios enfatizam a ação educativa por intermédio de especificidades do currículo, da formação do profissional, normatizam o acolhimento de crianças com deficiências e estabelecem como objetivos da política de educação infantil: expandir a cobertura, fortalecer a nova concepção e promover a melhoria da qualidade. A formação de profissionais da educação infantil é desafio que exige a ação conjunta das instâncias municipais, estaduais e federal. A questão da qualidade da educação infantil tem merecido a atenção de importantes pesquisadores. Este reconhecimento redimensionou a formação inicial e a formação em serviço, mas creches, pré-escolas e escolas continuam funcionando e recebendo crianças sem reconhecer o direito dos profissionais à formação continuada.
Quando fala da educação infantil e ensino fundamental de nove anos, destaca que o diálogo com vários campos do conhecimento contribui para agir com as crianças. É neste contexto que se situa a educação infantil, sua articulação com o ensino fundamental e a formação de professores que atuem com as crianças de 0 a 10 anos na educação infantil (realizada em creches, pré-escolas e escolas) e no ensino fundamental. A inclusão de crianças de 6 anos no ensino fundamental requer diálogo entre educação infantil e ensino fundamental, diálogo institucional e pedagógico, dentro da escola e entre as escolas, com alternativas curriculares claras. No que se refere às políticas educacionais voltadas à educação infantil e ao ensino fundamental de nove anos, desde a decisão até a implementação e a avaliação das ações, as diversas instâncias precisam atuar de modo articulado. Educação e pedagogia dizem respeito à formação cultural, o trabalho pedagógico precisa favorecer a experiência com o conhecimento científico e com a cultura, entendido tanto na sua dimensão de produção nas relações sociais cotidianas quanta como produção historicamente acumulada, presente na literatura, na música, na dança, no teatro, no cinema, na produção artística, histórica e cultural que se encontra nos museus. O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na educação infantil; a alegria e a brincadeira também. E, nas práticas realizadas, as crianças aprendem. Na educação infantil e no ensino fundamental, o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a construção do conhecimento por todos. Embora educação infantil e ensino fundamental sejam freqüentemente separados, do ponto de vista da criança não há fragmentação. Essa reflexão vale para a educação infantil e vale para o ensino fundamental. Aliás, educação infantil e ensino fundamental são indissociáveis: ambos envolvem conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e riso. As crianças têm o direito de estar numa escola estruturada de acordo com uma das muitas possibilidades de organização curricular que favoreçam a sua inserção crítica na cultura. Para finalizar, a autora, faz algumas considerações pessoais, onde conta sua trajetória de vida, dizendo que começou a atuar na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental no início da década de 1970. De lá para cá, vem trabalhando em defesa da creche à inserção no fórum estadual de educação infantil, da atuação direta no MEC à assessoria a órgãos públicos (municipais, estaduais e federais), particularmente no que diz respeito à formação de profissionais e à construção de alternativas curriculares para a educação infantil, o ensino fundamental e o trabalho com a leitura e a escrita na escola, de professora na universidade a coordenadora de curso de especialização, de doutoranda a pesquisadora envolvida nos últimos anos com um projeto de formação de profissionais da Educação Infantil no Estado do Rio de Janeiro. Ressalta que a educação infantil não é obrigatória: ela é dever do Estado, direito da criança e opção da família, porem defende que a educação infantil é um direito de todos. Para muitos legisladores e pesquisadores da educação e das políticas sociais, está por ser provado o impacto da educação infantil no desempenho escolar.

* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB.