Um novo estudo chegou à conclusão de que a figura paterna é responsável por dar às crianças maior autonomia e isso as faz explorar mais seus ambientes.
Duas teorias, a da "ativação" e do "sentimento de apego" são complementares no que diz respeito ao desenvolvimento infantil nos primeiros meses de idade. A "ativação" nas crianças – ou seja, motivar um indivíduo a continuar uma determinada tarefa ou se engajar em outra subsequente após o término, ou a satisfação de uma anterior – é tão importante para as crianças quanto o chamado "sentimento de apego", que se refere à conexão que as crianças sentem por aqueles que proveem suas necessidades emocionais e de sobrevivência.
"A 'teoria do sentimento de apego' diz que uma criança procura conforto na figura materna ou paterna quando ela se sente insegura. Mas essa teoria subestima a importância do comportamento exploratório nas crianças e, consequentemente, a interação de pais e mães nesse sentido", diz o pesquisador Daniel Paquette, da Universidade de Montreal, Canadá, que desenvolveu o trabalho de pesquisa com Marc Bigras, da Universidade de Québec.
Duas teorias, a da "ativação" e do "sentimento de apego" são complementares no que diz respeito ao desenvolvimento infantil nos primeiros meses de idade. A "ativação" nas crianças – ou seja, motivar um indivíduo a continuar uma determinada tarefa ou se engajar em outra subsequente após o término, ou a satisfação de uma anterior – é tão importante para as crianças quanto o chamado "sentimento de apego", que se refere à conexão que as crianças sentem por aqueles que proveem suas necessidades emocionais e de sobrevivência.
"A 'teoria do sentimento de apego' diz que uma criança procura conforto na figura materna ou paterna quando ela se sente insegura. Mas essa teoria subestima a importância do comportamento exploratório nas crianças e, consequentemente, a interação de pais e mães nesse sentido", diz o pesquisador Daniel Paquette, da Universidade de Montreal, Canadá, que desenvolveu o trabalho de pesquisa com Marc Bigras, da Universidade de Québec.
CRIANÇAS "ARRISCAM" MAIS NA PRESENÇA DA FIGURA PATERNA
Como parte da sua pesquisa, ele observou crianças entre 12 e 18 meses, acompanhadas pela figura paterna e materna, em três situações de risco: risco social (quando outro adulto adentrava o ambiente onde essa criança estava); o risco físico (brinquedos postos no alto de uma escada) e o risco de proibição (em que os pais deixavam de acompanhá-las em uma determinada tarefa, mas não necessariamente repreendendo-as por fazerem).
"Observamos que os pais eram mais inclinados do que as mães para ativar o comportamento exploratório, pois eles são menos protetores", diz Paquette. "Quanto menos protetores são os responsáveis, mais a capacidade de exploração das crianças é ativada. A estimulação correta faz que as crianças sejam mais curiosas e explorem mais seus ambientes. Mas isso não quer dizer que elas não respeitam regras", completa.
AVERSÃO AO RISCO É MAIOR ENTRE AS MENINAS
"É interessante observar que a sensação de segurança sentida pelas crianças era proporcionada pela proximidade dos pais e mães. Mas há uma distância que parece ser ideal para que a criança se sinta confiante em fazer uma determinada exploração ambiental sob o olhar dos pais, e é a distância de um passo ou de uma 'esticada de braço', praticamente. Isso parece ser claro para os pais, mas não muito para as mães."
Além disso, observam os pesquisadores, os garotos parecem ser menos avessos aos riscos de uma atividade do que as garotas. Talvez porque os pais acabam passando mais tempo com os filhos e as mães com as filhas. Em média, 70% das crianças com maior nível de aversão ao risco (e, portanto, menos propensas à exploração dos ambientes onde estão) são garotas.
De acordo com Paquette, a teoria do sentimento de apego não observa essas diferenças entre meninos e meninas. E é por isso que o pesquisador aponta que a avaliação do papel dos pais no desenvolvimento das crianças parece ser subestimada. O nível de proteção provido pelos pais e mães pode desencadear melhor os processos de "ativação".
A hipótese de Paquette é de que ambos, pais e mães, complementam a educação dos filhos diferentemente e isso só tende a beneficiar a criança. "Mesmo que cada um dos responsáveis troque a fralda de um bebê, eles o fazem de maneira diferente", exemplifica o pesquisador.
"Ao estimular a exploração, controlando o risco, mas não evitando a tentativa, os pais podem dar uma contribuição única para o desenvolvimento infantil", finaliza Paquette, cujo estudo foi publicado no periódico Early Child Development and Care.
Mensagem retirada do site:
http://oqueeutenho.uol.com.br/
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