Por meio da brincadeira, a criança aprende a seguir regras, experimenta formas de comportamento e se socializa, descobrindo o mundo ao seu redor. Portanto tem um papel decisivo nas relações entre a criança e o adulto, as próprias crianças e a criança e o meio ambiente. Possibilitando igualmente, a construção de categorias e a ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento, assumindo papel didático podendo ser explorado no processo educativo, precedendo o desenvolvimento.
O processo de aprendizagem implica a realização de atividades que levem á construção dos conceitos que constituem o referido conteúdo, através das informações que ele contém. O pensamento vem da atividade, as quais envolvidas no processo de aprendizagem são observação, experimentação, reflexão, organização (através da fala, escrita, desenho, movimento) e apresentação do conhecimento adquirido. É a partir desta perspectiva de constituição do indivíduo como ser social e afetivo que devemos pensar o papel do jogo e da brincadeira na Pré-escola.
O Brincar na Escola, não é exatamente igual a brincar em outras ocasiões, porque a vida escolar é regida por algumas normas que regulam as ações das pessoas e as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão presentes, também, na atividade da criança. Assim, as brincadeiras e os jogos têm uma especificidade quando ocorrem na Escola, pois são mediadas pelas normas institucionais.
A utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista com cautela e clareza, pois é uma atividade essencialmente lúdica. Não cabe a Escola repetir o cotidiano que a criança vivencia fora dela, porque uma brincadeira não será exatamente a mesma se realizada por um grupo de crianças na rua ou na Escola, seja ou não proposta ou conduzida por um adulto.
É função da Escola levar a criança, em qualquer nível de ensino e período de desenvolvimento, a obter experiências e informações que enriqueçam seu repertório, bem como procedimentos metodológicos que permitam integrar sucessivamente estes novos conhecimentos àqueles que a criança já detém.
A brincadeira e o jogo por si só não dão conta totalmente da aprendizagem, esta se realiza por meio de outras formas de atividades humanas, úteis à sistematização de um conteúdo e a construção ou ampliação de um conceito. Mas há Limites da Utilização do Jogo e da Brincadeira, pois o processo de aprender inclui a ação, a reflexão da ação e a sistematização do conhecimento.
Quanto ao Imaginário Infantil, vale ressaltar que a criança de idade pré-escolar dedica grande parte de seu tempo ao brincar de faz-de-conta, exteriorizando sua realidade interior, liberando sentimentos e expressando opiniões. O desenvolvimento não passa somente pelo jogo de faz-de-conta, mas também pelas realizações de natureza estética, como a música, a dança e as artes gráficas, trabalhando com a imagem: as que percebe em seu cotidiano e as que produz, como uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua experiência cotidiana.
O brincar na Escola exige ação do educador, o qual tem também uma função informativa, o educador aprende bastante sobre seus interesses, podendo perceber o nível de realização em que elas se encontram, assim como suas experiências do cotidiano e as regras de comportamento reveladas pelo jogo de faz-de-conta, desta forma o educador terá condições de programar atividades pedagógicas que desenvolvam os conceitos que as crianças já estão constituindo e que sejam adequadas às possibilidades reais de interação e compreensão que elas apresentam em determinado estágio de seu desenvolvimento.
No planejamento precisam ser explicitados os conceitos a serem desenvolvidos, os conteúdos a serem trabalhados e as expectativas de realização das crianças e a partir desta definição, deve-se selecionar o tipo de atividade que poderá ser utilizado. Ao educador cabe pensar que tipo de atividade propor, tendo clareza de intenção, isto é, sabendo o que as crianças podem desenvolver com a atividade proposta.
Também se torna fundamental a definição de como ela será realizada, prevendo a ocupação do espaço e o limite do tempo, permitindo a realização dos movimentos em sua amplitude. O brincar da criança, não pode ser considerado uma atividade complementar a outras de natureza dita pedagógica, mas sim como atividade fundamental para a constituição de sua identidade cultural e de sua personalidade.
A brincadeira precisa ter seu espaço e seu tempo na vida das crianças, sendo que é possível com e sem brinquedos. Porem o mais importante mesmo é usar a imaginação.
* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB.
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