domingo, 11 de abril de 2010

MÉTODO FÔNICO DE ALFABETIZAÇÃO

O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético, com ele primeiro são ensinadas formas e os sons das vogais, depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Neste método são ensinados primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas, visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico.
O que diferencia uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas, quando se usa esse método se melhora a compreensão do texto.
Consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim, ou seja, para que a criança se torne capaz de decifrar milhares de palavras, onde ela aprende a reconhecer o som de cada letra.

A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que “cassa” e “caça” têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
Quando a pronuncia da palavra ativa o sistema semântico o acesso ao significado é alcançado. Pode haver leitura sem que haja acesso ao significado. Na leitura fonológica, o acesso se dá pela porta auditiva por reconhecimento da forma fonológica familiar da palavra cuja escrita não é muito familiar e na Rota fonológica, a pronuncia da palavra é construída segmento a segmento por meio da aplicação de regras de correspondência grafofonêmica.
O trabalho fonético deve ser realizado com material didático adequado, em conjunto com textos literários, cartas e receitas médicas, por exemplo", recomenda. A eliminação do método fônico é problemática porque coloca a alfabetização como conseqüência de uma busca pelo saber, mas não a prioriza. "A idéia é voltar a priorizar o aprendizado da leitura de palavras, mas sem o uso das antigas cartilhas com textos descontextualizados.
Graças ao fonema podemos distinguir morfemas ou palavras com significados diferentes, todavia próprio fonema não possui significado. Os investigadores de leitura mostram que o método fônico também é mais eficiente para as comunidades lingüísticas pobres, ou seja, as camadas populares com acesso precário aos bens culturais da civilização letrada. Por que isso ocorre? Em português, as palavras “faca” e “vaca” distinguem-se apenas pelos primeiros fonemas.
Com relação à prática, observa-se que os mestres decidem como e quando as crianças devem aprender; ensina-se de padrões regulares, considerados mais fáceis, passando para os irregulares, considerados mais difíceis; supõe-se que a criança deva dominar o modo correto, levando-se em consideração a variedade lingüística; a criança deve ter pré-requisitos muito bons estabelecidos para ser considerada apta à língua escrita.
Portanto, vale ressaltar que esse método é tão eficaz em produzir compreensão e produção de textos porque, de modo sistemático e lúdico, fortalece o raciocínio e a inteligência verbal. O fônico é inteligente, lúdico e nada mecânico. Leva as crianças a serem muito bem alfabetizadas, em quatro ou seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e variados, também a conscientizando-os de que a fala é segmentavel em diferentes unidades, como frases, palavras, sílabas e fonemas, e aprender a converter os segmentos da fala em escrita.

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