Muitas crianças e adolescentes preenchem seu tempo livre sentados por horas na frente do computador. A nova geração é cada vez mais adepta da internet e dos relacionamentos virtuais. Para não ter problemas mais sérios, os pais devem ficar atentos aos conteúdos vistos pelos filhos e sempre conversar e incentivar os jovens a sair e praticar esportes. Veja como lidar com essa situação e mostrar aos filhos que o vício não faz bem a ninguém:
Diálogo é tudo
É comum hoje em dia passar bastante tempo acessando redes sociais e diversos conteúdos online. No entanto, não é recomendável que os jovens esqueçam dos afazeres e atividades para ficarem presos ao computador. A psicopedagoga Paula Castro afirma: “Numa sociedade como a nossa em que tudo ‘acontece’ via internet, parece quase impossível controlar o tempo em que os filhos ficam conectados ou a qualidade do que se utiliza dela. Por isso, a melhor forma é sempre o diálogo. Quando a família tem um bom diálogo com seus filhos, eles passam a ter automaticamente um controle também sobre a internet e todas as outras atividades desenvolvidas por ele. É importante os pais deixarem claro que se preocupam com isso e conversarem claramente sobre os problemas que a internet pode causar quando mal utilizada”.
Internet prejudica ou ajuda?
A internet pode ser um passatempo para as horas livres, mas há um grande potencial para pesquisas e informação rápida. A pedagoga Betina Serson explica: “Na internet existe a vantagem da pesquisa, que abre um mundo de possibilidades. Mas não pode ser um extremo. É preciso dosar o uso e os pais precisam vigiar que sites estão sendo visitados e com quem o filho está se relacionando”.
Atividades divertidas
Para tirar os filhos do mundo virtual, a família deve propor atividades interessantes que fujam da rotina. “A família tem de propor atividades esportivas e outras atividades que tirem o adolescente de frente do computador e ajudem na formação dele. Existem muitas ONGs que podem ajudar e as atividades extracurriculares da escola também”, aconselha Betina. A psicopedagoga Paula complementa: “Quando o adolescente tem opções de atividades do seu interesse, com certeza o tempo em frente ao computador diminui. Daí a importância de uma assistência durante a infância, quando a criança tem oportunidade de desenvolver habilidades. Assim ela terá o que fazer na adolescência, e fará com prazer”.
Mães que trabalham fora
Quando a mãe fica muito tempo longe de casa e trabalha tempo integral, deve sempre demonstrar carinho, mesmo que à distância. O importante é aproveitar o pouco tempo que existe e conversar com os filhos. “Eu diria que qualidade é muito mais importante que quantidade. Trabalhar fora não é problema. O problema está em não acompanhar ou não se interessar pela rotina dos filhos. A mãe que trabalha fora, mas mantém o diálogo, o carinho e o interesse pelo seu filho jamais terá problemas com sua educação. Criança precisa saber que está sendo cuidada”, afirma Paula. “A mãe pode fazer da internet sua aliada para mandar mensagens e falar com os filhos durante o dia ou quando não estiver em casa. Ela pode e deve aproveitar todos os momentos que estiver com o filho da melhor maneira possível”, completa Betina.
Consultoria: Paula de Castro Santos – pedagoga e psicopedagoga
Betina Serson – psicopedagoga
Texto: Isabela Zamboni
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