Você sabe bem como é. Alguns dias após as aulas começarem, seu filho logo começa com aquele mal-estar e febre. O contato com outros adultos e crianças aumenta a proliferação de vírus e bactérias e, por isso, mais chances de seu filho ficar doente. Até que o sistema imunológico da criança se fortaleça, essa situação vai acontecer muitas vezes. E, por isso, é importante saber qual é a postura da escola diante desse problema.
Procure saber como funciona o sistema de medicação de crianças no berçário, creche ou na escola em que seu filho está matriculado. Geralmente, as escolas enviam fichas de saúde aos pais, questionando se podem ou não medicar a criança com antitérmicos ou analgésicos. Mas será que tudo bem?
Para o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP), o ideal é que o médico responsável pela criança libere apenas um antitérmico. "E este só deve ser ministrado após avisar os responsáveis sobre o problema. Esse remédio é para garantir que o quadro clínico da criança não piore até que os pais cheguem à escola para buscá-la e levá-la ao pediatra ou PS infantil”, orienta o especialista. Pode até parecer inofensivo, mas um antitérmico, por exemplo, pode mascarar uma doença mais séria, como a meningite.
É consenso entre os pediatras que a melhor orientação é que a criança fique em casa até se recuperar, principalmente no caso de doenças que são transmitidas com facilidade, como a catapora. Quando não existe esse risco e a criança está em tratamento prolongado, seja com o uso de antibióticos ou remédio para asma, por exemplo, a escola deve dar a medicação para a criança seguindo as instruções do médico. Neste caso, os pais devem levar a receita original à escola para que a cópia seja feita por lá. “Ainda assim, é importante respeitar a validade da receita e que a escola preste muita atenção ao dosar o medicamento”, diz Marcelo.
Além do receituário, para evitar enganos, anote também o maior número de detalhes possíveis na agenda do seu filho e coloque uma etiqueta com o nome da criança tanto na embalagem quanto no frasco do remédio, segundo o pediatra Joel Bressa da Cunha, do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria.
“A escola deve ter sempre itens de primeiros socorros para ferimentos - gaze, soro fisiológico, esparadrapo, algodão, curativos com adesivo e gelo – que são fundamentais em casos de batidas e arranhões. Mas qualquer composição química é contraindicada. Até mesmo água oxigenada e mercúrio não devem ser utilizados, pois algumas crianças são alérgicas a esses medicamentos”, ressalta Reibscheid. Outros efeitos colaterais dos remédios, como náuseas, dores estomacais e sonolência, variam de criança para criança, por isso todo cuidado é pouco. Fique atento!
Fonte: http://revistacrescer.globo.com
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