sexta-feira, 23 de março de 2012

Para brasileiros, educação é a chave para desenvolvimento

Sem investir na educação, o Brasil jamais será capaz de se transformar num país desenvolvido. Essa é a percepção da população brasileira sobre o assunto, sinalizada numa pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Ibope e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo traça um panorama da educação no Brasil e faz parte da série Retratos da Sociedade Brasileira. Os resultados, aos quais VEJA.com teve acesso, mostra que a população do país enxerga essa área como uma dos mais importantes para que o país tenha uma economia forte e estável. Conforme a sondagem, 61% dos entrevistados concordam totalmente com a afirmação de que “a baixa qualidade do ensino vai prejudicar o desenvolvimento do país”. Participaram do levantamento 2.002 pessoas, homens e mulheres, com idade entre 16 e 70 anos, de todo o Brasil. O grau de instrução dos entrevistados varia entre a 4ª série do ensino fundamental e o ensino superior. A pesquisa foi conduzida por meio de um questionário aplicado entre os dias 18 e 21 de junho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Os dados da pesquisa Ibope/CNI levantam importantes questões, como a qualidade do ensino público, a capacidade pedagógica dos professores, a necessidade de investimento na profissionalização dos alunos, a privatização das universidades públicas e até o conteúdo programático vigente nos colégios hoje. Para a maioria dos entrevistados, "a escola cumpre cada vez menos o seu papel de ensinar disciplinas essenciais, como Português e Matemática". O ensino particular é considerado melhor do que o público. Em todos os níveis - fundamental, médio e superior -, as instituições privadas apresentam as melhores médias de avaliação, mesmo entre o público de baixa renda e com menor escolaridade. Em uma escala de 0 a 100, as escolas privadas foram consideradas melhores na educação fundamental (76,4 pontos contra 58,6), no ensino médio (75,6 pontos contra 59,3), na educação profissionalizantes (75,6 pontos contra 63,9) e na educação superior (75,6 pontos contra 66).
As demais etapas da vida escolar, ou seja, ensino médio, profissionalizante e superior, também se destacam nas instituições privadas. A segurança foi apontada como o maior problema das escolas públicas no quesito qualidade das instituições gratuitas. O relacionamento do corpo docente com os pais dos alunos foi o item de pior média na avaliação do trabalho dos professores. Fonte: http://veja.abril.com.br

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