quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Bater não educa e torna o seu filho agressivo

Estudo canadense reforça o quanto a agressão só traz como resultados a tristeza, a depressão, a violência e a infelicidade na vida de uma criança. Bater, gritar, chacoalhar a criança na hora de um ataque de birra. Com certeza, você já presenciou uma cena dessa em algum momento. O que você achou? Agressivo, né? Pois bem. Infelizmente, essas “técnicas” para mudar o comportamento de um filho continuam firmes e fortes no dia a dia de algumas famílias. E comentários do tipo “não concordo em espancar, só dou um tapinha na mão” são fáceis quando o assunto palmada é foco de alguma nova reportagem. Faz parte desta lista o “apanhei e não sou revoltado”, e por aí vai. OK. Você apanhou e hoje está batendo... É exatamente esse ato-reflexo da agressividade a conclusão de um novo estudo publicado no Canadian Medical Association Journal. Após uma revisão de 20 anos de pesquisas sobre o assunto, cientistas da Universidade de Manitoba constataram que nenhuma das pesquisas durante esse período sobre o impacto da palmada mostrou qualquer benefício da agressão como forma de educar. E mais: crianças que apanharam na infância tornam-se agressivas, hoje e no futuro, seja com amigos, irmãos, companheiros, parentes, na faculdade, no trabalho. Sim, elas vão repetir o que aprenderam quando pequenas. Se você apanhou, também deve se lembrar bem do sentimento que tinha naquela hora. “A criança que sofre agressão se sente rejeitada pelos pais, e isso contribui para sua baixa autoestima, transtornos de ansiedade, depressão, estresse”, afirma Gustavo Teixeira, psiquiatra e autor dos livros Manual Antibullying e Desatentos e Hiperativos (ambos da Ed. BestSeller). Além disso, a autoestima devastada de uma criança a torna alvo de bullying como também é mais fácil ela se tornar o agressor. Ainda assim, mediante tanta informação e tanta comprovação do quanto ser agressivo com o filho só traz resultados negativos isso ainda é tão forte na sociedade. Por quê? “Por resistência, negação do problema, desinteresse em mudar, pressa em uma solução rápida, com péssimos resultados depois”, reforça Gustavo. Não tem segredo. Para educar uma criança, é preciso paciência, persistência, tempo e carinho. “Eu continuo sempre acreditando que uma hora isso vai mudar”, diz Gustavo. Nós aqui também! Fonte: http://revistacrescer.globo.com

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