sexta-feira, 11 de março de 2011

Elaboração de texto: “UM IMENSO LÁPIS VERMELHO – Fanny Abramovich”

Foi proposto a elaboração de um texto, tendo como referência o texto:“UM IMENSO LÁPIS VERMELHO – Fanny Abramovich”. Segue texto elaborado:


Nasci, em 1986, na cidade de Tupassi, pequena cidade do interior do Paraná, onde morei apenas dois anos e meio. Logo após mudei com minha família para a cidade de Cascavel, localizada ao Oeste do Paraná. Nesta cidade cresci e comecei minha vida escolar.
Estudei da pré-escola até a 4ª série do Ensino Fundamental em uma escola a poucos metros da minha casa, Escola Municipal Nossa Senhora da Salete, onde tinha um imenso pátio cheio de árvores frutíferas, onde podíamos brincar livremente na hora do intervalo, não me recordo da presença de Inspetores de Alunos. Acredito que naquela época os alunos eram mais calmos.
Tínhamos uma pequena e velha biblioteca de madeira no centro do pátio da escola, onde tínhamos pouco acesso, mas lembro-me que foi demolida e não me recordo de haver sido construída outra. Uma vez por ano, aparecia na escola à biblioteca móvel, onde havia muitos livros e jogos educativos, todas as classes podiam visitá-la, era muito estimulador, pois era algo diferente, assim fui desenvolvendo o gosto pela leitura.
Não me recordo muito dos professores dessa época, talvez por minha pouca idade, mas lembro que fazíamos teatro em época de comemoração, dançávamos em festas juninas, havia um Coral na escola, o qual eu fazia parte, e um fato que nunca esqueci, é que todos os dias antes de entrar para a sala de aula, tínhamos que cantar o Hino Nacional, Estadual e Municipal.
Mas aos cinco anos de idade, me formei na Educação infantil (pré-escola) e uma dos meus maiores tesouros é meu diploma de conclusão, preenchido por mim, pois conclui a Educação Infantil, sendo considerada alfabética, graças ao empenho da professora e incentivo de minha mãe, a qual sempre me ensinou nos períodos contrários a da escola.
Só consigo recordar da professora da 2ª série, que era Freira, a chamávamos de “Irmã Gilda”. Lembro o quanto era calma e atenciosa, ajudava os alunos em tudo e fazia todos os esforços para que todos passasem de ano sem precisar ficar para recuperação.
Quando passei para a 5ª série do Ensino fundamental, tive que mudar de escola, Escola Estadual de Brásmadeira, pois aquela não tinha o 2º ciclo desse ensino. A mudança de escola não afetou em nada minha motivação, pois a escola também era localizada no bairro a poucos metros de minha casa. Era uma escola grande, mas com pouco espaço no pátio. Porem havia uma grande biblioteca, com vários acervos disponíveis para consulta e para levarmos pra casa. Adorava a escola, pois promovia gincanas e feiras de ciências envolvendo todas as séries, a cada mês, uma sala era escalada para representar as datas comemorativas, através de teatros, músicas, apresentações, desenhos e etc.
Recordo-me de muitos professores dessa época, mas por nome, quase nenhum. Muitos eram aplicados e atenciosos, outros nem tanto. Um professor que nunca me esqueço é o Silvano, professor que lecionava Matemática. Suas aulas eram sempre muito interativas, através da brincadeira, motivava os alunos a aprender cálculos. Até brincando com a derrota de nossos times de futebol, ele encontrava um jeito para associar com a matemática. Esse sim foi um professor inesquecível, apesar de ser Flamenguista, riamos muito em suas aulas, quando o assunto era futebol. Sempre fui apaixonada por matemática e dou a ele o mérito de ser tão questionadora quanto aos resultados dos cálculos. Seus métodos eram sempre estimuladores e consequentemente obtinha o resultado esperado.
Em junho do ano 2000, as escolas estaduais entraram em greve e meus pais, fugindo do desemprego e da violência urbana, novamente resolveram mudar de cidade, eu estava cursando a 8ª série do Ensino Fundamental, agora mudamos para Pedreira, uma cidade no interior do estado de São Paulo, bem mais tranqüila e menos violenta que Cascavel. Neste ano da mudança, não fui matriculada em nenhuma escola e acabei perdendo os meses que já havia estudado, portanto no ano seguinte, fui matriculada na Escola Luiz Bortoletto, para recomeçar a 8ª série.
Houve uma mudança brusca de estado, portanto em minha cabeça também; eu havia mudado para uma cidade onde mal conhecia meus parentes, a adaptação foi muito difícil, pois era uma garota muito tímida e reservada. Mas a respeito de conteúdos e matérias, não achei dificuldades, pois o que estava sendo passado pelos professores, era o que eu já tinha aprendido em séries anteriores.
A Escola não era muito grande se comparada às demais que já havia estudado, também desconhecia a existência de biblioteca e laboratórios de informática, talvez por estudar no período noturno. Sendo que a Diretora era substituta, pois o verdadeiro diretor estava afastado do cargo. Aliás, muitos professores marcaram essa época; recordo-me do professor que lecionava Geografia, não me recordo seu nome, mas nunca esqueci sua fisionomia, pois acredito que nunca tenha realmente se importado com o aprendizado de seus alunos, ao invés da aula interativa, dava cópias de livros e resumos individuais, o qual nunca considerei a melhor forma de aprendizagem. Mas por outro lado, havia professores que trabalhavam alem da sala de aula, com leituras compartilhadas, debates, feiras, promoção de eventos escolares e levando cultura pra dentro da sala, através do conhecimento da biografia de diversos autores. Essa foi à finalização da minha vida escolar no Ensino Fundamental. Marcada por muitos profissionais competentes e outros indiferentes quanto à educação.
Fui matriculada na Escola Estadual Dr. Sylvio de Aguiar Maya, onde cursei os três anos do Ensino Médio. A escola também não era muito grande, mas havia uma biblioteca, onde podíamos emprestar livros e fazer consultas. A Diretora e o Vice Diretor estavam sempre presentes, mesmo sendo em período noturno, e consequentemente eram muito rígidos. A escola possuía laboratório de informática, mas nos três anos que estudei lá, não utilizei uma única vez, pois a Diretora alegava que era para os alunos do período diurno. Ficávamos revoltados com a situação, mas nada podíamos fazer.
A maioria dos professores faltava muito e muitas vezes professores substitutos assumiam a classe, os quais davam livros para fazermos cópias.
Havia professores realmente interessado no aprendizado do aluno, pois inventavam aulas motivadoras, usavam o pátio da escola para acomodar os alunos em atividades diferenciadas.
Lembro-me do professor André, que lecionava Física. Suas aulas eram muito engraçadas e motivadoras. Apesar de que sempre gostei de cálculos e formulas, mas muitos colegas de classe elogiavam seu trabalho constantemente. Lembro que ele vinha de bicicleta para a escola e mesmo assim chegava à sala de aula com todo entusiasmo e prontidão pra atender nossas solicitações. E assim encerrou-se minha vida escolar no ensino básico.
Hoje, sou estudante de Pedagogia e estou prestes a realizar mais um sonho da minha vida, ser professora. Ainda não tive a oportunidade de estar lecionando em sala de aula, apenas realizei alguns estágios promovidos pela faculdade, mas já percebo meu entusiasmo em saber que em breve, eu estarei lá, ajudando cada um deles a se tornar um pouco mais feliz, com o conhecimento adquirido.
Não me lembro muito bem dos métodos e técnicas utilizadas pelos professores que passaram pela minha vida escolar, mas acredito ter neles o espelho, trazendo pra minha vida as experiências boas e modificando as más, para que futuramente possa me tornar uma professora dedicada e condutora de conhecimentos, para que meus alunos possam se tornar buscadores de oportunidades e sonhos realizados.
Sendo que, aprendi que não basta ser professor, tem que realmente querer passar seu conhecimento abrindo espaço para aprender junto com os alunos. Isso é uma coisa que encontrei em poucos professores, mas foram eles que me motivam e me fazem acreditar que um dia, eu também estarei lá, igual a eles, lecionando, vendo o mundo de uma forma diferente e podendo ser também o espelho de alguém.

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