terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vacina em dia


Na volta às aulas é necessário verificar a carteirinha de vacinação do seu filho para ter certeza de que não falta nenhuma vacina. Afinal, durante as aulas ele fica em salas fechadas e com muitas crianças, o que facilita a transmissão de doenças contagiosas. "Geralmente, os pais ficam atentos à vacinação quando o filho ainda é um bebê. Quando a criança cresce um pouco, eles relaxam e acabam perdendo as datas de reforços importantes ", afirma Jorge Huberman, neonatologista e pediatra do Hospital Albert Einstein e do Instituto Saúde Plena.
"Além de se preocupar com o material escolar e o uniforme da criança, vá ao posto de saúde ou a uma clínica particular para atualizar as vacinas dele. Até porque algumas têm validade e é necessário reforçá-las. Além disso, epidemias podem acontecer, então é necessário reforçar a vacina para evitar doenças", alerta o médico. "Foi o caso da Influenza H1N1, vírus de uma gripe que atingiu muitas pessoas e ocasionou grandes surtos nas escolas. Nesta época, nós mandamos comunicados para os pais através de correio, e-mail e agenda, para alertá-los sobre os riscos da doença e a importância da vacinação", afirma a vice-diretora Renata.
Existem casos de pais que decidem não vacinar seus filhos, pois optaram por terapias alternativas para evitar determinadas doenças. Mas, segundo o pediatra Jorge, é um risco não vacinar os pequenos. "Muitos pais não sabem, mas até uma gripe pode matar a criança que não foi vacinada corretamente. Alguns pais pensam que a vacina deixa o filho doente, mas é normal após a vacinação ele apresentar vômito, diarreia ou febre, são reações esperadas. Sem vacina, a criança pode adquirir doenças sérias, como sarampo, caxumba e rubéola. Inclusive, a vacinação pública é excelente, então é importante estar atento às campanhas de vacinação do governo e também procurar os postos de saúde quando chega a hora das vacinas", adverte o médico.
"Por isso, a escola solicita uma cópia da carteira de vacinação do aluno na hora da matrícula, para que seja verificado se as vacinas estão em dia. Quando a tabela não está completa, a coordenação do colégio avisa os pais sobre as vacinas que faltam", explica Renata. "A escola é um ambiente com muitas crianças e objetos que várias pessoas manipulam, então é um local propício para a proliferação de doenças. Portanto, fazemos campanhas internas de vacinação, em especial quando há vacinação do governo. Precisamos de um contato constante com a família, para que não falte nenhuma informação. Alguns pais pensam que os filhos estão protegidos quando crescem, que nunca vai acontecer uma doença grave com eles. Mas na escola, nós somos responsáveis por um grupo de estudantes e o bem-estar deles pode ser prejudicado se faltarem cuidados na saúde de alguma criança", ressalta a vice-diretora.
Além disso, o aluno com uma doença contagiosa pode ter seu aprendizado prejudicado. "Isso acontece porque a criança precisa se ausentar das aulas no período de enfermidade, até porque pode ser uma doença grave que vai contagiar seus colegas de classe. Por isso, é importante ressaltar que as vacinas contra catapora e sarampo, por exemplo, não protegem 100%. Mesmo depois de vacinada a criança pode contrair alguma dessas doenças, mas a enfermidade será leve e não vai se complicar. Nestes casos, quem precisa se cuidar são os pais, pois uma criança melhora rápido quando adquire uma doença como essas, enquanto para o adulto é muito mais difícil se curar de uma catapora, por exemplo. Os pais também precisam atualizar suas vacinas, para que não contraiam as doenças dos filhos", aconselha o pediatra Jorge.

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Fonte: http://bbel.uol.com.br

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