segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O mundo imaginário dos livros

Ler uma história ao seu filho irá permitir que ele se introduza no mundo das palavras e das letras, das aventuras e da imaginação. O hábito da leitura é essencial para que a criança aceda ao mundo do conhecimento e, embora em Portugal os hábitos de leitura sejam deficitários, os pais devem diariamente ler uma história aos mais pequeninos. Este hábito, para além de lhes permitir ir adquirindo um maior vocabulário, ajudá-los-á a que comecem a jogar com as palavras e a associar ideias, para além de aprenderem a gostar dos livros. Nos primeiros meses, os livros com gravuras e histórias pequenas que você possa teatralizar são as mais aconselhadas. Verá que o seu filho irá ficar fascinado com os sons e movimentos que você faz enquanto lhe conta a história. Outra opção são os livros com canções e rimas que, acompanhadas com palminhas, o ajudarão a comunicar e a interagir consigo. Entre o ano e os dois anos, os livros já podem ser diferentes. Podem ter imagens de objectos familiares. A criança vai gostar de reconhecer o cão e ouvir que lhe diz "ão-ão" ou quando vir o gato lhe disser "miau". Para a próxima vez, ele será capaz de os identificar. Nesta fase do desenvolvimento infantil, os livros são ainda um brinquedo, mas a associação entre a imagem que ele observa e a palavra que o adulto lhe diz, permite-lhe ir associando novos conceitos e nomes. Além do mais, este contínuo interesse pelas histórias, ajuda-o desenvolver a sua imaginação e a sua criatividade. A partir dos três anos a criança começa a querer aprender mais. Esta é a idade do “eu sozinho” e quererá interpretar à sua maneira cada história. Durante esta etapa é preferível que os livros ainda tenham mais imagens do que texto. A criança já tem capacidades para perceber a história, já a consegue narrar a outra pessoa (tendo em conta aquilo que lhe foi contado, e que ela ouviu inúmeras vezes) e começa a fantasiar. Os livros com canções e rimas que, acompanhadas com palminhas, o ajudarão a comunicar e a interagir consigo. Seleccionar os livros Hoje em dia, em que as editoras têm à disposição uma gama ampla de livros infantis, não é difícil encontrar livros que tenham uma linguagem simples e adequada a qualquer idade. O importante é que os pais disponham de tempo para ler e contar repetidamente a mesma história, enquanto a criança vê e aponta para as imagens. Livros de cartão, de tecido, de plástico, com estímulos sonoros... onde a criança pode morder e explorar até começar a passar as páginas. É com os livros e as histórias que lhe oferece a “bagagem” comunicativa nos primeiros anos. Ler uma história ao seu filho antes de adormecer é uma boa rotina, não só para adormecer como também para se habituar a gostar dos livros. Os hábitos de leitura e o amor pelos livros não se criam apenas quando a criança inicia a sua alfabetização. Quando a criança contacta diariamente com os livros desde bebé, geralmente deseja saber o que querem dizer as palavras. Questiona repetidamente os pais, quer conhecer as letras... Pergunta o que dizem as legendas...Muitas vezes surpreende os pais parecendo reconhecer o texto escrito, que ela aprendeu de cor, correctamente... A "ama electrónica" nunca será uma substituta da mãe ou do pai que, com uma paciência infinita, repetem a história vezes sem conta Passo a passo até à leitura A presença de livros em casa e os hábitos de leitura dos pais são um incentivo para que a criança tenha interesse pelos livros e tenha gosto pela leitura. Quando os pais, porque não gostam de ler, transferem a rotina de ler uma história para a ama electrónica – a TV – é provável que a criança, no futuro, a vá preferir aos livros. Neste mundo em que a electrónica faz jus de dominar o mundo, os jogos electrónicos, o computador e a internet estão a criar uma sociedade em que o convívio saudável deixou de existir. As horas consecutivas que os mais pequeninos estão com a "ama electrónica" não lhes permitem este saudável toque com o papel, que os levará à descoberta das primeiras letras e das primeiras palavras. A "ama electrónica" nunca será uma substituta da mãe ou do pai que, com uma paciência infinita, repetem a história vezes sem conta ou repetem a página anterior porque a criança quer ouvir de novo o que disse o Senhor Lobo. A "ama electrónica" nunca responderá às suas questões e nunca lhe dará um beijo quando adormecerem. É importante que os pais disponham de tempo para ler e contar repetidamente a mesma história, enquanto a criança vê e aponta para as imagens. Fonte: http://familia.sapo.pt/

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