terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Crianças individualistas

Como fomentar a partilha É função de todos os agentes educativos criarem estratégias que permitam demonstrar à criança as noções de partilha para que, desta forma, se tornem futuramente crianças e adultos solidários e que consigam estabelecer boas relações com os outros. Todas as crianças passam por um período de egoísmo, o que é extremamente natural. É nos primeiros anos de vida que se verifica que a criança é mais egoísta mas, conforme vai crescendo e se desenvolvendo esse egoísmo, vai desvanecendo até desaparecer. O egoísmo pode ser considerado como um sentimento ou uma atitude que faz com que a criança se preocupe apenas com os seus interesses, necessidades desejos e vontades, em detrimento dos outros com os quais se relaciona. O egoísmo dá origem ao egocentrismo, sendo este, uma tendência pessoal exagerada em valorizar só o seu ponto de vista, fazendo de si próprio o centro das atenções. Entre os três e os quatro anos verifica-se um grau mais intenso de egoísmo por parte das crianças, que começa a desaparecer por volta dos sete ou oito anos de idade. É nesta fase que a criança começa a adquirir uma estrutura cognitiva, emocional e social mais sustentável que lhe permite compreender a importância do partilhar e do dividir, começando também a ter em consideração os sentimentos dos outros. Mas atenção que isto não significa que todas as crianças de três anos sejam egocêntricas e que as de oito não o sejam. Isto depende de determinados factores, nomeadamente da educação ou formação que lhes vai sendo incutida. É de salientar ainda, que é comum o facto de todas as crianças terem comportamentos egoístas, o que não quer dizer que sejam efectivamente egoístas. Entre os três e os quatro anos verifica-se um grau mais intenso de egoísmo por parte das crianças, que começa a desaparecer por volta dos sete ou oito anos de idade. Porque é que as crianças são egoístas? Quando se questiona quanto à origemdo egoísmo, isto é, quando se questiona o porquê da criança ser egoísta, podem ser encontradas diversas causas. Apesar de existirem pesquisas a referirem que o egoísmo é de origem genética, ou seja, é transmitida de pais para filhos, o ambiente e o meio social em que a criança se desenvolve é considerado como um dos factores que mais influencia a criança. Se a mesma está inserida num grupo social e/ou numa família onde não se verifiquem situações de partilha e espírito de cooperação, naturalmente ela não irá ter comportamentos que tenham em consideração o outro. Há crianças que não emprestam um brinquedo ou não dividem um chocolate com um amigo, por exemplo, alegando que este também nunca lhe dá nada nem lhe empresta algo que ele gostaria. Neste caso, é imprescindível o papel dos pais e dos outros agentes educativos. Tal como já referi, a educação ou formação incutida vai permitir que a criança seja ou não egoísta. Se lhes forem transmitidos valores no sentido de estimular a partilha, certamente a criança será mais solidária com os outros. Partilhar é uma atitude que deve ser adquirida desde cedo. É tarefa dos agentes educativos ensinarem a criança a partilhar, o que é bastante difícil de entender e executar para algumas crianças.
Sentimento de partilha Até por volta dos sete ou oito anos as crianças têm dificuldades em partilhar devido ao forte desejo de posse pelas suas coisas, bem como pelos pertences dos outros. Quando, por exemplo, duas crianças começam a brincar com uma bola, é natural que ambas, a determinada altura, comecem a disputar a bola, chorando, brigando e gritando que a bola é sua (mesmo quando não é). Estas crianças querem as coisas só para si, sobretudo aquelas de que mais gostam. Terá que lhes ser explicado que se conseguem divertir brincando em conjunto, utilizando ambas a bola. E que se hoje a criança emprestar um brinquedo seu, depois será o amigo que lhe irá emprestar um outro brinquedo que ela não tenha. Partilhar é uma atitude que deve ser adquirida desde cedo. É tarefa dos agentes educativos ensinarem a criança a partilhar, o que é bastante difícil de entender e executar para algumas crianças. É necessário ensinar os conceitos de partilhar, emprestar e doar para que a criança consiga ser cooperante e estabeleça mais facilmente laços de amizade e, desta forma, não se transforme numa criança possessiva e num adulto arrogante. O saber partilhar é essencial ao desenvolvimento social de todas as crianças e, desta forma, começam-se a criar alicerces para crescerem e se desenvolverem na sociedade. A criança terá que perceber que para viver em sociedade e para estabelecer relações é necessário dar importância aos outros, valorizar também aquilo que eles desejam e, entender que se querem algo dos outros também terão que ser flexíveis e dar. Para receber há também que dar. Estratégias para que o seu filho não seja egoísta Compre, por exemplo, um pacote de rebuçados para que o seu filho os distribua pelos meninos da sua sala (escola). Esta atitude será bastante apreciada pelas crianças, quer pelas que recebem, mas sobretudo pelas que dão. Além disso, estará a fomentar desde cedo o sentimento de partilha. Quando o seu filho está a brigar com um amigo pela posse de algo, demonstre algum desagrado e explique o sentimento de partilha. Se pelo contrário, o seu filho partilha ou divide algo, não hesite em elogiar a sua atitude e dizer como isso o deixa orgulhoso. Transmita a informação de que partilhar um brinquedo não significa dar. Diga ao seu filho que apenas está a emprestar o seu brinquedo por algum tempo. Quando receber em sua casa os amigos do seu filho, converse com ele de modo a que ele partilhe os seus brinquedos. Faça-o ver que quando for a vez de ele ir a casa dos seus amigos também irá gostar de utilizar os brinquedos dos mesmos. Inscreva o seu filho em actividades, como o escutismo ou uma actividade desportiva que implique trabalho de equipa e cooperação. Uma vez por ano, em conjunto com o seu filho, juntem todos os brinquedos que ele já não utiliza e doem a uma instituição de crianças ou entreguem a crianças mais necessitadas. Todos os anos, na altura do Natal, há campanhas em que fazem recolha de brinquedos usados. Será uma boa altura para sensibilizar o seu filho. Fonte: http://familia.sapo.pt/

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