domingo, 22 de janeiro de 2012

Agressividade infantil - Parte 2

Do ponto de vista do contexto familiar, os estilos, as estratégias educativas e as competências parentais são factores de extrema relevância. De que forma é que o contexto escolar influi a agressividade? No contexto escolar devemos considerar igualmente inúmeros factores nomeadamente, a qualidade das interacções com diferentes crianças, a capacidade de adaptação a situações adversas e o tipo de brincadeiras adoptadas durante os recreios. Existem por exemplo, brincadeiras que poderão potenciar a ocorrência de comportamentos mais agressivos e/ou perpetuar a supremacia de uma criança sobre as restantes (aquele que assume sempre a postura de “líder” da brincadeira, do jogo). Por outro lado, poderão ocorrer situações em que o relacionamento com outro colega aumente os seus níveis de irritabilidade e de frustração (por não conseguir alcançar aquilo que quer), propiciando assumir atitudes irreflectidas e de maior agressividade. Por outro lado, a não supervisão de um adulto (professores, educadores ou auxiliares) para intervir após a ocorrência imediata de um comportamento agressivo (seja dentro da sala de aula, seja no recreio) poderá privilegiar a repetição deste tipo de interacções negativas e agressivas.Na realidade e de acordo com os diversos investigadores da área, no campo da agressividade infantil, são inúmeras as variáveis que interagem entre si influenciando-se mutuamente, podendo nas mais diversas situações aumentar a ocorrência e a incidência de comportamentos agressivos não sendo, por isso, possível considerar-se qualquer tipo de relação causal simples (causa vs efeito; situação “x” vs comportamento agressivo “y”). Por fime na sequência dos vários exemplos supracitados é ainda de salientar que, a agressividade infantil enquanto uma área de extrema complexidade e relevância ao longo de todo o desenvolvimento infantil, implica indubitavelmente que o caso de cada criança seja analisado individualizadamente, quer pelos pais, quer pelos educadores, professores bem como, por todos os profissionais de saúde envolvidos. Um dos aspectos mais importantes a trabalhar no caso das vítimas é intervindo na sua auto-estima, os seus níveis de auto-confiança e auto-conceito e as competências relacionais e sociais. Que tipo de intervenção deve existir tanto para quem é vítima como para o agressor? Um dos aspectos mais importantes a trabalhar no caso das vítimas é intervindo ao nível da auto-estima, da auto-confiança e do auto-conceito e das competências relacionais e sociais. As capacidades de autonomia e de auto-afirmação da criança e o facto de saber que pode falar com os adultos (que pode desabafar e confiar neles) são áreas de intervenção de igual importância. Deve privilegiar-se também o trabalho com pais e professores/educadores para uma melhor preparação e atenção a possíveis sinais de agressividade infantil ou até mesmo, nos casos de bullying. Na escola, devem privilegiar-se, sobretudo as dinâmicas de grupo dentro das turmas para promover a coesão do grupo bem como, a atribuição de papéis/tarefas de referência antecipando que a criança/jovem conseguirá alcançar os resultados desejados e, investir também em actividades de ocupação de tempos livres em que possam obter sucesso e criar novas relações positivas (teatro, dança, pintura, etc.). No caso dos agressores, é extremamente importante incidir sobre as questões relacionadas com a empatia, trabalhando a capacidade de se colocar no lugar do outro e recorrendo a diversas metodologias como jogos pedagógicos que favorecem as interacções positivas (em casa e/ou na escola) e os trabalhos de grupo para potenciar a criação de um espírito de grupo. Outra área igualmente importante está relacionada a gestão de stress por parte dos agressores e com as dificuldades que demonstram ao serem confrontados com um “não” ou com situações frustrantes (situações em que não consigam alcançar os seus objectivos e em que acabam por perder o auto-controlo, passando mais facilmente à acção). "No caso dos agressores, é extremamente importante incidir sobre as questões relacionadas com a empatia, trabalhando a capacidade de se colocar no lugar do outro e recorrendo a diversas metodologias como jogos pedagógicos que favorecem as interacções positivas e os trabalhos de grupo para potenciar a criação de um espírito de grupo” Fonte: http://familia.sapo.pt/

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