domingo, 11 de abril de 2010

O USO INTELIGENTE DO COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO

Ao falar sobre o modelo empirista de educação, vale lembrar que Empirismo é uma teoria filosófica que defende o conhecimento da razão, da verdade e das idéias racionais através da experiência, ou seja, defende que as nossas teorias devem ser baseadas nas observações do mundo, em vez da intuição ou fé, rejeitando a razão como fonte do conhecimento, não podendo aspirar ao conhecimento universal e necessário, por isso, não oferece qualquer espécie de segurança ou certeza, pois o conhecimento está sujeito à mobilidade das impressões sensoriais desencadeadas pelos objetos. Tem como principal característica o conhecimento científico, onde a sabedoria é adquirida por percepções, independente de seus objetivos e significados, onde seu conhecimento é limitado às experiências vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e erros. Portanto, neste modelo, o sujeito se torna mero receptor, pois o professor fala, explica e o aluno apenas escuta a explicação verbal do conteúdo. Portanto nada de novo irá acontecer, os alunos apenas repetirão verdades prontas e acabadas, pois o professor passa alguns exercícios para fixação que exigem apenas a reprodução de conteúdos.
Sobre a importância e a relevância do uso de softwares educacionais na aquisição do conhecimento, ressalto que Software educacional, é um programa o qual sua utilização está inserida numa situação de ensino-aprendizagem, onde existe uma metodologia que orienta todo um processo, tendo como objetivo introduzir o computador na vida das crianças, se tornando uma maneira diferente, agradável e adequada ao desenvolvimento de cada uma delas, sendo que o computador como máquina de ensinar, implica num papel em que o programa transforma o computador em professor, conduzindo a atividade do sujeito no ensino de algo específico, dispensando a interferência de outras pessoas no processo.
Sabemos que o uso inteligente do computador na educação é justamente aquele que tenta provocar mudanças na abordagem pedagógica, estabelecendo a diferença entre o uso do computador em sala de aula, como instrumento de transmissão de conhecimento pelo professor e a construção do conhecimento pelo próprio aluno, pois o computador incentiva a criança a descobrir novas maneiras de aprendizagem, favorecendo uma adequação dos conteúdos perante a realidade de cada aluno, inserindo novas metodologias que incentivem a participação ativa dos alunos no aprendizado; além de ampliar significativamente o desenvolvimento dos alunos, o qual é fundamental para a sua inserção na sociedade, sempre lhes fornecendo condições de autonomia e cognição.

O computador tem mais facilidade para reter a informação e ministrá-la de uma maneira completa, pois sua capacidade permite um acompanhamento do aluno em relação aos erros mais freqüentes na ordem em que executa as tarefas, sendo que os sistemas computacionais apresentam hoje diversos recursos de multimídia, como cores, animação e som, possibilitando a apresentação da informação de um modo que jamais o professor tradicional poderá fazer, mesmo ele sendo um perfeito comunicador.
Porem é importante ressaltar que isso só será possível a partir do momento que o computador for efetivamente utilizado como instrumento no processo de ensino e aprendizagem, e se for inserido num contexto de atividades que desafiem os alunos a crescerem, construindo seu conhecimento e estimulando para que não continuem assumindo posições de passividade diante da realidade e de problemas vivenciados.
Neste contexto, que se torna necessário à intervenção do professor para que o conhecimento seja construído, o professor deve evidenciar através da utilização de softwares educacionais, intervenções pedagógicas que contribuam para a efetivação do processo de ensino e aprendizagem, desenvolvendo no aluno o pensamento lógico através da resolução de situações-problemas, que servirão para compreender e transformar sua realidade.
Portanto em relação à postura do professor na utilização e seleção de um software educacional, destaco que muitos programas contem propostas educativas que causam o desejo de usá-los com a faixa-etária apropriada para a observação dos resultados. No entanto, à medida que avança na compreensão da problemática que a impulsiona, percebe-se que se faz necessário e imprescindível optar por um aspecto e delimitar um campo de análise, pois há softwares direcionados a cada necessidade, uns chegam até estimulam a percepção auditiva e perceptiva e o desenvolvimento psicomotor dos alunos.
Diante desse cenário, a tarefa do professor junto à escola é de refletir na utilização das novas tecnologias, como ferramentas que garantem situações significativas de aprendizagem, levando a construção e a organização do raciocínio dos alunos. Mas quando os professores vão adquirir ou trabalhar com um software devem primeiramente olhar, analisar e privilegiar vários aspectos importantes, como por exemplo, a facilidade de leitura da tela, clareza dos comandos, adequação ao nível do usuário, facilidade de leitura do programa, adequação do programa às necessidades curriculares, existência de recursos motivacionais, ausência de erros de conteúdo, adequação do vocabulário, tempo de resposta, existência de manual do usuário, uso de ilustrações, cores, animações e recursos sonoros, entre outros. Lembrando que os alunos, também devem ser ouvidos para o estabelecimento de uma avaliação mais eficaz.
Portanto, assim posso acreditar que frente aos recursos que a tecnologia oferece, os alunos irão descobrir formas de adequar à busca de informações com a construção de seu conhecimento, estimulando o desenvolvimento de habilidades e valores que contribuirão na sua formação como sujeito histórico-social e cultural.

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