sábado, 28 de janeiro de 2012

Diferenças e Preconceito na Escola

Os deficientes físicos já, por terem tal anormalidade em sua constituição, se vêem em situação prejudicada. A presença do preconceito na escola em relação a esses deficientes só faz aumentar sua deficiência, sua situação de desvantagem e seu sentimento de incapacidade. Do despreparo das crianças para lidar com o deficiente, nasce o preconceito propriamente dito. Esse preconceito pode ser crucial na vida do deficiente, uma vez que tanta incompreensão e preconceito podem gerar uma outra deficiência: a cognitiva. O deficiente diante de tantos preconceitos pode se sentir incompetente, anormal e incapaz, limitando toda sua atuação na escola, prejudicando-o também psicologicamente. Em um mundo que rompe fronteiras, nota-se a necessidade do ser humano de identificar-se com um grupo, no qual o sentido de isolamento pertencente ao macro vá se diluindo e dê conforto aos indivíduos que mantém uma identidade cultural, uma tradição e uma história que lhes permita pertencer a esta nova realidade sendo sujeitos atuantes neste processo. O homem é capaz de transformar a sociedade tendo como base a história de sua própria civilização, seu desenvolvimento, contradições e identidade cultural. Cabe à escola como instituição que produz e reproduz nossa sociedade, trazer para seu cotidiano o exercício de cidadania consciente em face de diversidade cultural. A sociedade comprometida com a luta pela escola democrática, deve levar em conta os valores que estão sendo veiculados pela mesma participando ativamente da escola no sentido de poder contribuir para um novo paradigma. O pensamento complexo é necessário para darmos conta de questões que fora de um contexto histórico não teriam o menor sentido. Diante desta idéia temos a possibilidade de ultrapassarmos a rigidez, partindo para uma relação dialógica do conhecimento. Sendo a escola provedora de um conhecimento institucionalizado seu efeito democratizante se torna fundamental já que vivemos numa sociedade letrada e todos que não possuem estes conhecimentos acabam vivendo à margem da sociedade e tendo poucos instrumentos para lutarem pelos seus direitos de cidadãos. É necessário que como agentes deste processo, estejamos engajados nos aspectos pertinentes à produção dos conhecimentos necessários para a dignidade, reconhecimento e valorização de cada indivíduo. As responsabilidades que os educadores têm é de preservar essa diversidade, garantindo a identidade de cada tradição e promovendo a solidariedade, tarefa intransferível da educação. A escola que realmente procura ter uma postura democrática de ensino e está preocupada com a formação do futuro cidadão tem como um de seus desafios desenvolver uma reflexão consciente sobre a realidade, no sentido de poder transformá-lo e reconstruí-lo constantemente. Pensar no indivíduo, significa vinculá-lo a um grupo, sendo este portador de seus códigos, valores, tradições, costumes e a cultura contextual. Nesta perspectiva, a escola propicia o encontro destes indivíduos e possibilita trocas muito intensas. A aprendizagem nasce do encontro de pessoas diferentes. Cada uma delas é singular, única e, portanto, portadora, em parte do conhecimento, da cultura e da experiência coletiva das comunidades às quais pertence. A partir desta situação, a função da escola é de atender estas diferenças percebendo o aluno como centro do processo educativo. Pensamentos estereotipados devem dar lugar a um outro caminho, permeado pela tolerância, que possibilita o reconhecimento do outro na construção do conhecimento. Cabe à escola promover o desenvolvimento dos alunos nos aspectos: cognitivos, sociais e emocionais. Neste processo, tanto alunos como educadores se tornam responsáveis com relação aos objetivos a serem atingidos. A escola é o lugar não só de acolhimento das diferenças humanas e sociais encarnadas na diversidade de sua clientela, mas fundamentalmente o lugar a partir do se engendram novas diferenças, se instalam novas demandas, se criam novas apreensões sobre o mundo já conhecido. Em outras palavras, a escola é, por excelência, a instituição da alteridade, do estranhamento e da mestiçagem, marcas indeléveis da medida da transformabilidade da condição humana. Há a necessidade de uma ação político social para que o processo de inclusão social e escolar possa se viabilizar. Nele, a Educação Especial não seja extinta pelo surgimento de um novo processo educacional, mas será `absorvida` e transformada no contato com os princípios filosóficos da Educação Inclusiva. O processo de inclusão escolar é um compromisso político-social com a mudança de qualidade da Educação para todos os cidadãos brasileiros. Fonte: http://www.pedagogiaaopedaletra.com

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