Ontem ao sair do meu trabalho, fui percorrendo meu trajeto, apé, da maneira como faço todos os dias. Ao chegar em frente a uma casa, ouvi uma criança chorando atrás de uma pequena árvore. Notei que se tratava de uma criança que já frequentou a escola onde trabalho. Ao me aproximar, tambem um homem se aproximou e perguntou o que havia acontecido. A criança, chorando, lhe contou e imediatamente ele aumentou a voz lhe dizendo o quanto era bobo em apanhar, sem fazer nada.
Perante a conversa, percebi que se tratava de pai e filho. Disse pro filho que já havia lhe instruido que todas as vezes que isso acontece era pra ele pegar um pedaço de madeira, ou uma pedra e acertar a cabeça da outra ciança, ou entrar em casa, pegar uma faca, ou facão e não se preocupar que depois ele arcaria com as consequências.
Eu fiquei abismada com tudo aquilo que vi e ouvi, mas depois conversando com alguns vizinhos, soube que na semana passada, este homem, havia ganhado a liberdade, depois de passar algum tempo na prisão e que no ultimo final de semana, este havia acordado toda a vizinhança, à 01 hora da manhã, ao gritos e palavrões, espancando sua esposa.
Depois disso fiquei imaginando, como é que queremos que as crianças avancem na aprendizegem de maneira significativa, como é que queremos que as crianças tenham um bom comportamento, se as pessoas que eram para ser exemplos, seus maiores ídolos, só os ensinam aquilo que vai contra qualquer tipo de afetividade humana.
É! Realmente precisamos rever nossos conceitos perante a melhor forma de ensinar. Hoje a escola ensina pra ser reconhecida pelo nível de aprendizagem dos seus alunos, mas a primeira coisa que está faltando hoje para as escolas é o trabalho baseado na afetividade. A realidade de cada grupo social e o que se aprende no convívio familiar é o que deve motivar, a forma com que esse aluno deve ser trabalhado, não somente para alfabetiza-lo, mas tambem para ensina-lo a ser um cidadão consciente e participativo perante sua vida profissional e em sociedade.
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