A autora Vani, começa seu artigo falando sobre a reflexão pelo professor e suas interrelações com o início do tema: novas tecnologias, provocando uma sensação de desencontro, pois para uma grande parte dos professores o termo “novas tecnologias” está associado ao uso da televisão e do computador em sala de aula.
A respeito das Tecnologias, novas ou velhas, vem enfocando que a relação entre memória e tecnologias não é algo novo ou inusitado, pois as tecnologias alteraram as formas de retentiva, lembrança e de seus conhecimentos, através diversos equipamentos eletrônicos de comunicação. De um lado, essas tecnologias fixam lembranças de fatos concretamente vividos; por outro, elas derrubam as barreiras entre os acontecimentos reais e a ficção. Influenciando diretamente a memória pessoal e coletiva, refletida na cultura, no conhecimento científico e na forma como a sociedade identifica seus valores e comportamentos, sua ideologia, o seu momento.
Sobre o Panorama da Sociedade Atual, diz que a partir da banalização das tecnologias eletrônicas de comunicação e de informação a sociedade atual adquiriu novas maneiras de viver, de trabalhar, de se organizar, de representar a realidade e de fazer educação, pois as velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender, o qual é preciso que se esteja em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo. Sobre O Impacto Temporal das Tecnologias, destaca a percepção mecânica e objetiva, definida pelos relógios e calendários, o qual cita o tempo, o espaço, a memória, a história, a noção de progresso, a realidade, a virtualidade e a ficção, algumas das categorias que são reconsideradas em novas concepções a partir dos impactos que as tecnologias eletrônicas causam. Porem sobre o Conhecimento na Nova Era, fala que a forma escrita de apreensão do conhecimento é a que prevalece em nossas culturas letradas, mas a linguagem oral, ainda é a que predomina em todas as formas comunicativas vivenciais. Os enfrentamentos não significam a adesão incondicional ou a oposição radical ao ambiente eletrônico, mas, ao contrário, significa criticamente conhecê-los para saber de suas vantagens e desvantagens; de seus riscos e possibilidades; para transformá-los em ferramentas e parceiros em alguns momentos, e dispensá-los em outros instantes.
Conforme a Linguagem Falada, pode-se dizer que através dela estabelecem-se diálogos, transmitindo informações, pois é a linguagem básica dos meios de comunicação mais populares: rádio e televisão. Conhecimentos, tradições, culturas e valores do grupo são mantidos através de músicas e versos, de histórias contadas e transmitidas através das gerações. Na escola, a "nova sociedade oral" coloca o professor e o vídeo no papel de contadores de histórias, colocando os alunos, como seus "ouvintes". A sociedade oral, de todos os tempos, aposta na continuidade. Mas ao falar da Linguagem Escrita, ressalta que os tempos em que ocorrem esses dois processos – escrever e ler - podem estar defasados de muitos séculos ou até milênios, Pois a partir da escrita se dá a autonomia do conhecimento, os quais são apreendidos não na forma como foram enunciados, mas no contexto em que o escrito é lido e analisado. A escrita, interiorizada como comportamento humano, interage com o pensamento libertando-o da obrigatoriedade de memorização permanente, possibilitando ao homem a exposição de suas ideias e pensamentos, tornando-o autoconsciente e livre em sua capacidade de reflexão e apreensão da realidade. Por sua vez, a Linguagem Digital, dar-se-ia no espaço das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e de informação. Múltiplas são os equipamentos eletrônicos e diversas as suas finalidades e funções. Vê-se então que a amplitude das novas tecnologias nos coloca diante de escolhas de possibilidades variadas de ação e de comunicação. A tecnologia digital rompe com a narrativa contínua e sequencial das imagens e textos escritos e se apresenta como um fenômeno descontínuo. Elas representam, portanto outro tempo, outro momento, revolucionário, na maneira humana de pensar e de compreender.
A respeito dos Diferentes Modos de Compreender, cita a Árvore e o Rizoma, onde sobre a Árvore diz que a compreensão das metáforas relacionadas ao conhecimento e às formas de sua apreensão nos mostra que a referência clássica para dizer das estruturas dos saberes e das ciências é a imagem da árvore. Sobre o Rizoma, espécie de hastes ou caules subterrâneos, diferencia-se dos demais tipos de raízes, pois têm formas muito diversas. Nesta perspectiva, não resta apenas ao sujeito adquirir os conhecimentos operacionais para poder desfrutar das possibilidades interativas com as novas tecnologias, caracterizando-se como desafios para a educação, novas concepções para as abordagens disciplinares, novas metodologias e novas perspectivas para a ação docente.
A respeito dos Impactos na Pratica Docente e os Impactos na Formação Docente enfoca que para compreender este novo mundo é preciso que o professor, antes de tudo, se posicione como um parceiro, um pedagogo, que encaminhe e oriente o aluno diante das possibilidades e formas de se alcançar e relacionar-se com o conhecimento. Porem ressalta que a esse professor devem ser dadas oportunidades de conhecimento e de reflexão sobre sua identidade pessoal como profissional docente, seus estilos e seus anseios. Deixando que eles façam escolhas conscientes sobre o uso das formas mais adequadas ao ensino, onde a diferença didática não está no uso ou não uso das novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades.
Sobre a Desintermediação entre o Professor e as Novas Tecnologias, enfoca que todos aqueles que já procuraram relacionar-se com as novas tecnologias educativas, consideraram que havia uma baixa qualidade didática de muitos dos programas que são comercializados e introduzidos como pacotes pedagógicos nas escolas, talvez por serem realizados por técnicos que, em geral, não entendem de educação. Sendo que uma das soluções está na possibilidade do professor também assumir um papel na equipe produtora dessas novas tecnologias educativas, ou até mesmo que os cursos de formação de professores se preocupem em lhes garantir essas novas competências.
Sobre o Espaço e o Tempo Docente, diz que as tecnologias redimensionaram o espaço da sala de aula, pois é importante incluir alunos diante das maquinas, criando um tempo para a discussão de novos caminhos e possibilidades de exploração desses recursos, com os demais professores e os técnicos, para refletir sobre todos os encaminhamentos realizados, partilhar experiências, assumindo a fragmentação das informações, como um momento didático significativo para a recriação e emancipação dos saberes.
* Sintese feita por mim, Juliandra B. Alencar, durante o curso de graduação em Pedagogia - UNISEB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário