sábado, 30 de junho de 2012

Elementos essenciais de um bom berçário

Bebês não têm autonomia e precisam de cuidados constantes, certo? Errado. Essa visão de que a criança de 0 a 2 anos é um ser passivo, ainda não preparado para a aprendizagem, é coisa do passado, como explica a professora Patrícia Maria Takada, que, no momento, presta serviço na Secretaria de Educação da prefeitura de São Paulo: "O cuidar e o educar são indissociáveis. O cuidado físico está inserido em um contexto. E o berçário tem de cumprir também o papel educacional", afirma. Ou seja, não basta trocar, dar banho e colocar para dormir. O professor de berçário (sim, professor, e não mais "cuidador") deve ser preparado para lidar com crianças da faixa etária, promovendo as chamadas "experiências significativas" - com historinhas e músicas, nas brincadeiras e durante as refeições -, tornando-as desde cedo protagonistas de suas aprendizagens.
Veja a seguir elementos essenciais de um bom berçário:

Espaços diversificados
Espaços diversificados para a criança repousar, brincar, se alimentar e ter contato com outras crianças. A idéia de confinamento e tranqüilidade absoluta é ultrapassada. Apenas o local de repouso deve ser resguardado, na medida do possível, para que a criança possa descansar com sossego. O refeitório deve ser separado e muito bem limpo. Além disso, um pátio onde as crianças possam brincar ao ar livre é bem-vindo.

Brinquedos adequados
Brinquedos adequados para a faixa etária. "De preferência, materiais que desafiem a criança, fazendo-a avançar o desenvolvimento em suas aprendizagens", ressalta a professora Patrícia Maria Takada.

Socialização
O bebê aprende quando interage com adultos e outras crianças de sua idade e mais velhas.

Educadores treinados
Educadores preparados, com formação específica para a faixa etária, que conversem com as crianças, interajam com elas e saibam, também, realizar os cuidados básicos com higiene e alimentação. É recomendado que o professor chame cada criança pelo nome desde cedo, para que se crie a noção de indivíduo.

Ambiente acolhedor
Ambiente arejado e seguro. O ideal é que haja iluminação natural e decoração atraente, mas que não chegue a ser poluída. Um ambiente bonito é mais acolhedor e estimulante. No chão, barras próximas às paredes, almofadas e rolos ajudam as crianças a se movimentarem. Tomadas e fios elétricos devem ficar fora do alcance dos pequenos. A presença de espelhos é importante para a construção da identidade. Cuidados com a higienização de todas as áreas são fundamentais.

Pais presentes
Bom relacionamento com os pais. Deve haver um canal aberto de comunicação entre pais e educadores, que podem compartilhar experiências sobre a criança. Quanto mais a criança for conhecida pelos dois lados envolvidos, melhor.

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Educação de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e Adultos no contexto contemporâneo
As principais características das ações do governo em relação à Educação de Jovens e Adultos no século XX foram de políticas assistencialistas, populistas e compensatórias. A Educação de Jovens e Adultos no Brasil começou com os Jesuítas na época do Brasil colônia, através da catequização das nações indígenas. A Educação dada pelos jesuítas tinha preocupação com os ofícios necessários ao funcionamento da economia colonial, constando de trabalhos manuais, ensino agrícola e, muito raramente, leitura e escrita. No Período Imperial (1822 a 1889), a partir do decreto n. 7.031 de 6 de setembro de 1878 foram criados cursos noturnos para adultos analfabetos nas escolas públicas de educação elementar, para o sexo masculino, no município da corte. Foi somente a partir da década de 1940, que a Educação de Jovens e Adultos, começou a se delinear e se constituir como política educacional.
Na constituição Federal no seu art. 208 - a Educação de Jovens e Adultos tem a primeira referência à garantia de ensino público fundamental obrigatório, inclusive “para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria”. “Art. 208- O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de”: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (...) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
A partir do desenvolvimento do conceito (direito público subjetivo), passou-se a reconhecer situações jurídicas em que o Poder Público tem o dever de dar, fazer ou não fazer algo em benefício de um particular. Como todo direito cujo objeto é uma prestação de outrem, ele supõe um comportamento ativo ou omissivo por parte do devedor. DUARTE, C. S. Direito Público Subjetivo e Políticas Educacionais.
Em 1990 aconteceu o “Ano Internacional da Alfabetização”. Uma conquista importante para a Educação de Jovens e Adultos em 1990 foi a Resolução do Conselho Estadual de Educação (CEE) nº. 075/90, que garantia aos alunos ingressarem no ensino fundamental, através dos exames de classificação, eliminando a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de escolaridade anterior para a matrícula na rede pública.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) em relação à Educação de Jovens e Adultos, nos artigos 37 e 38 estão elencados: “oportunidades educacionais apropriadas”, segundo as características do alunado; mero estímulo genérico, pelo Poder Público, a ações que mantenham o trabalhador na escola; exames (supletivos e de aferição de conhecimentos e habilidades informais).
As Diretrizes Curriculares Nacionais abrangem os processos formativos da Educação de Jovens e Adultos como uma das modalidades da Educação Básica nas etapas dos ensinos fundamental e médio, nos termos da LDBEN 9394/96.

A identidade própria da Educação de Jovens e Adultos (modalidade da Educação Básica) considerará entre outras: as situações, os perfis dos estudantes, as faixas etárias desse alunado. Além disso, considerará:
1. O Princípio da Eqüidade (a distribuição específica dos componentes curriculares a fim de propiciar um modelo igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades face ao direito à educação);
2. O Princípio da Diferença (a identificação e o reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo formativo, da valorização do mérito de cada qual e do desenvolvimento de seus conhecimentos e valores);
3. O Princípio da Proporcionalidade (a disposição e adequação dos componentes curriculares face às necessidades próprias da Educação de Jovens e Adultos com espaços e tempos nos quais as práticas pedagógicas garantam aos seus estudantes identidade formativa comum aos demais participantes da escolarização básica);
4. A Proposição de Modelo Pedagógico Próprio (apropriação e contextualização das diretrizes curriculares nacionais).

As Políticas públicas em curso que estão voltadas à Educação de Jovens e Adultos no Brasil são: Brasil Alfabetizado, Pró-Jovem, Fazendo Escola, FUNDEB.
Devemos lembrar que, o aluno da Educação de Jovens e Adultos já desenvolve os conteúdos, se envolvendo nas práticas sociais. Falta-lhe sistematizar. A dimensão política e social deve fazer parte das discussões em aula a partir do momento em que o interesse do jovem e do adulto, trabalhador ou não, é estar engajado e participante no contexto social e cultural em que está inserido.
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade”. Paulo Freire
Ref: MANFREDI, Silvia Maria. Política: educação popular. São Paulo. Ed. Símbolo. 1978.
Por Amélia Hamze

Fonte: http://educador.brasilescola.com

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A televisão e sua influência

Televisão (do grego tele - distante e do latim visione - visão) é um sistema eletrônico de recepção de imagens e som de forma instantânea. Foi o russo Constantin Perskyi quem introduziu o termo televisão, no discurso que apresentou no Congresso Internacional de Eletricidade, associado nesse ano à famosa Exposição Mundial de Paris, de 1900. Este termo rapidamente se popularizou, ultrapassando o uso de outros termos como telescopia, telefoto, telectroscopia, etc.
Em março de 1935, emite-se oficialmente a televisão na Alemanha, e em novembro na França, sendo a Torre Eiffel o posto emissor. As transmissões regulares só começaram em 1939. A pioneira foi a NBC. Também em 1939 começaram a ser vendidos ao público os primeiros aparelhos de TV. Em 1941 as transmissões de som foram transferidas de AM para FM.
O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a implantar a televisão, em 18 de setembro de 1950. A pré-estréia da Televisão no Brasil aconteceu no dia 3 de Abril de 1950. Foi com uma apresentação de Frei José Mojica e as imagens foram assistidas em aparelhos instalados no saguão dos Diários Associados. No dia 10 de setembro foi transmitido um filme onde Getúlio Vargas falava sobre seu retorno à vida política. Finalmente no dia 18 de setembro a TV Tupi de São Paulo, foi inaugurada. Era a consolidação do sonho de um pioneiro da comunicação no Brasil: Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, que já controlava uma cadeia de jornais e emissoras de rádio chamada Diários Associados.
Pode-se garantir que a televisão foi um dos inventos que mais fez jus a um maior número de críticas e de louvores e também a ferramenta audiovisual que mais contribuiu, concomitantemente com a rádio e a imprensa, para fazer do planeta uma imensa aldeia global. Tornando-se acessível à grande maioria das pessoas, constituiu uma forma de companhia, de diversão, de informação e de formação, e através disso influenciou especialmente a educação. Sua influência é inegável.
O doutor em História Social Marcos Napolitano diz que a escola deve procurar "alfabetizar" visualmente os alunos e os ensinar a "ler" televisão. Segundo ele, é a leitura e o domínio da palavra escrita que dão um repertório lingüístico mais amplo ao aluno e o habilita a ser um espectador crítico. Levar a televisão para a sala de aula implica também ensinar os alunos a vê-la com olhar crítico. O importante é saber usá-la para o cotidiano, não sendo usado por ela.
O ambiente televisivo é especialmente o referencial de informações tanto sociais como culturais, tornando-se companheiro das interações afetivas, emocionais e tem um amplo artifício subliminar, pois passa muitas informações que não apreendemos conscientemente. A televisão é ainda, o meio utilizado, por excelência para obtenção de informações. É através dela, principalmente, que as pessoas entram em contato com os outros mundos, outros povos e culturas.
O educador tem que perceber que a educação tem um alto componente comunicativo. A televisão como recurso didático amplia as possibilidades de acesso a materiais que recortam a realidade do nosso país, e apresentam as constantes violações dos direitos do cidadão e, muitas vezes apresentam alternativas de solução para a questão. Quando os alunos são preparados a ler a televisão e são alfabetizados visualmente pelos seus professores, são capazes de criticamente entender as mensagens transmitidas pela televisão, questionando-as e construindo idéias sobre as informações.
Ref:Joan Ferrés. Televisão e Educação
Por Amélia Hamze

Fonte: http://educador.brasilescola.com

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Escola da Geração Digital

Digital quer dizer existência imaterial das imagens, sons, textos que podem ser entendidos como palco de possibilidades. E assim por não terem materialidade fixa, podem ser manuseados imensamente de acordo com as decisões dos usuários, que lidam com os periféricos de intercâmbio, como o mouse, a tela, o teclado, etc. O aluno da chamada "geração digital", aquela que se transporta da tela da televisão para a do computador, faz com que o professor da sociedade da informação (na sala de aula presencial e a distância) se conscientize de que está diante de um novo público.
O professor da geração digital tem que ter noção que o livro de papel não pode e nem deve ser abolido e nem substituído, mas no ambiente pedagógico deve articular a leitura com o hipertexto (grande divisor de águas entre a comunicação massiva e a interativa, que democratiza a afinidade do usuário com a informação provocando uma atmosfera conversacional ).
A necessidade da interatividade diz respeito ao acontecimento da sociedade da informação e manifesta-se nos campos sociais, mercadológicos e tecnológicos. Na escola com a interatividade, o aluno não pode mais ser passivo, olhando, ouvindo ou apenas copiando, mas interagindo, o educando inventa, transforma, constrói, acrescenta, tornando-se co-autor da situação. A interatividade diz respeito ao intercâmbio entre o usuário e as tecnologias digitais ou analógicas e às relações presenciais e virtuais entre os indivíduos humanos. O professor deve indicar a rota do conhecimento, transformar-se em problematizador de situações, fomentador de interrogações, disponibilizador de diversos dados em redes de conexões, mediador de grupos de trabalho. O colóquio e o conhecimento se estabelecem entre alunos e professor como co-autoria e não no trabalho individual. O professor deve mudar sua postura de contador de histórias e diante do mundo digital mudar o caminho propondo um enredo comunicacional e dialógico.
Para haver democratização da sociedade do século XXI, a grande maioria da população deverá ter acesso às tecnologias de informação, em disposição real de as utilizar, para que não se transformem em fator de exclusão social. A nova proposta pedagógica sustentada pela interatividade supõe participação, cooperação, bidirecionalidade e pluralidade de conexões entre conhecimento, informação e atores participativos. Mesmo porque a sociedade da informação se relaciona com o computador no sentido centralizador, pois atualmente tudo passa por ele, se descentralizando no hipertexto. Devemos tomar conhecimento que já se fala em “setor quaternário”, com a intensificação dos serviços advindos da telemática, que inclui desde as televisões aos cartões de crédito, dos satélites às fibras óticas. (Balsemão). Ref: Marco Silva , Sala de Aula Interativa.
Autora: Amelia Hamze

Fonte: http://educador.brasilescola.com

terça-feira, 26 de junho de 2012

A Configuração Geométrica do Tangram

Não se conhece ao certo a origem do tangram. Nem a data de criação, nem o seu autor. O tangram é um quebra-cabeça de origem chinesa, praticado há muitos séculos em todo o Oriente. Segundo a lenda, o jogo surgiu quando um monge chinês deixou cair uma porcelana quadrada, que se partiu em sete pedaços – daí seu nome, que significa “ tábua das sete sabedorias” ou “tábua das sete sutilezas” . A origem é de um painel em madeira, de 1780 de Utamaro com a figura de duas senhoras chinesas a resolver um tangram. A mais antiga publicação com exercícios de tangram é do inicio do século XIX. Seu nome original: Tch´ i Tch´ iao Pan , significa as sete tábuas da argúcia.
O Tangram pratica-se desde há muitos séculos na China. Ele expandiu-se rapidamente para além do seu país de origem, tornando-se muito popular na Europa e nos Estados Unidos, e tem vindo a inspirar a criação de muitos outros jogos com as mesmas peculiaridades. O Tangram é útil para: desenvolver o raciocínio lógico e geométrico (habilidades de visualização, percepção espacial e análise das figuras); e praticar as relações espaciais e as estratégias de resolução de problemas. É um antigo jogo chinês formando um quebra-cabeça que pode ser utilizado como recurso didático bastante eficaz. A configuração geométrica de suas peças permite centenas de composições, tornando-o um criativo material pedagógico. As formas geométricas que compõem o Tangram dão ao professor muitas probabilidades de estudos na área de Matemática. O aluno que utiliza o Tangram tem a chance de perceber formas geométricas, de representá-las, de construí-las, de nomear objetivos e criar formas a partir delas. O aluno ao utilizar o tangram, desenvolve sua capacidade de visualização, de percepção espacial, de análise e criatividade. Com isso terá um pensamento mais analítico e dedutivo. O Tangram aplicado a distintos aprendizados do ensino serve de auxílio para as disciplinas de Matemática e Educação Artística. Permite praticar a criatividade assessorando na otimização da apreciação de outras disciplinas.
Na Matemática pode-se introduzir a geometria de maneira mais adequada através de exposição de sólidos geométricos e da construção do Tangram, para que o aluno tenha noção de espaço. As atividades iniciais seriam a exposição e utilização dos sólidos geométricos e do Tangram e a partir dai observar as conclusões tiradas pelos alunos a respeito das figuras. Ao contrário de outros quebra-cabeças ele é formado por apenas sete peças com formas geométricas resultantes da decomposição de um quadrado, que são: 2 (dois) triângulos grandes; 2 (dois) triângulos pequenos; 1 (um) triângulo médio; 1(um) quadrado; 1(um) paralelogramo. Com estas peças é possível criar e montar cerca de 1700 figuras entre animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas e outros. Com o uso do tangram podemos trabalhar a identificação, comparação, descrição, classificação e desenho de formas geométricas planas, visão e aspectos de figuras planas, exploração de transformações geométricas através de decomposição e composição de figuras, abrangência das propriedades das figuras geométricas planas, reprodução e resolução de problemas usando padrões geométricos. Este quebra-cabeça pode ser utilizado como material didático nas aulas de Artes e nas de Matemática. Uma das atividades mais atraentes para as tarefas com o tangram em aulas de matemática é a constituição de formas geométricas a partir das peças do quebra-cabeça. Ao final de cada etapa, devemos debater com os alunos as soluções encontradas. É fundamental que os alunos estabeleçam analogias entre as diferentes peças do quebra-cabeça, assim a noção dessas relações vai ajudar na construção de outras figuras. Através dos jogos os educandos têm a oportunidade de construir conceitos matemáticos, empregar diversas táticas para resolver problemas, ampliar o cálculo mental e o raciocínio lógico-matemático. Ref: Souza, Eliane Reame e outros: A matemática das sete peças do tangram.
Autora: Amelia Hamze

Fonte: http://educador.brasilescola.com

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Afetividade no Contexto Sala de Aula

Segundo Libâneo, os aspectos sócio-emocionais cooperam para a relação professor-aluno. Esses, de acordo com o autor, referem-se aos vínculos afetivos entre professor e alunos, bem como às normas e exigências objetivas que regem o procedimento dos alunos.
Vale ressaltar que a afetividade a qual o autor assinala, não refere-se ao carinho do professor para com determinada criança. Mas uma afetividade voltada para a relação do professor em relação ao contexto grupal, de forma que o professor adote uma postura afetiva e positiva com o mesmo, onde exerça sua autoridade (não autoritarismo).
De acordo com Gadotti, alguns valores que até então são interditados na escola devem ser resgatados, tais como: sentir a presença do outro, sentir-se bem, perceber o olhar, o abraço, compreender o olhar das crianças.
As boas inter-relações promovem um ambiente mais agradável e com isso possibilitam a oportunidade de um processo de ensino aprendizagem mais eficaz. Boas relações se manifestam por meio de diálogo, troca, paciência, compreensão, tolerância.
Contudo, a questão das regras em sala de aula também é importante para a organização, assim como em qualquer outro contexto de convivência.
Por Patrícia Lopes

Fonte: http://educador.brasilescola.com

domingo, 24 de junho de 2012

Educação como desenvolvimento global

O funcionamento de uma organização escolar é fruto de um compromisso entre a estrutura formal e as interações entre grupos com interesses distintos. Abrange três grandes áreas: a estrutura física da escola, a estrutura administrativa da escola, a estrutura social da escola.
O avanço científico tem aumentado as indagações sobre o universo, e a cada inovação tecnológica significativa, muda a visão que o homem tem de si mesmo. Com esta visão a Conferência Internacional de Educação em Genebra (2001) definiu as novas Diretrizes Educacionais como: aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver em comunidade (conviver).
A visão e a estratégia da educação podem e devem se constituir de bases de apoio para a formação do indivíduo cidadão, aliando a teoria à prática do fazer, através de conhecimentos, habilidades e atitudes comportamentais.
Assim, as instituições de ensino consideraram que a conexão com o conteúdo programático é necessária, entenderam que incentivar o professor é importante, compreenderam que inovar nas atividades pedagógicas em interação com os alunos é primordial. Por isso, é necessário fazer uma análise das várias dimensões do real, questionar para que e para quem se destina o conhecimento e comprometer-se com a prática docente.
Hargreaves (2000) afirma que face às mudanças rápidas da sociedade contemporânea, a profissão do educador encontra-se em um momento decisivo especialmente tendo em vista a dupla dimensão do seu trabalho: a intelectual e a afetiva.
Um dos pensamentos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é desvincular a educação escolar como exclusiva da sala de aula, atribuindo novas direções, que privilegiam uma cultura voltada para a autonomia do aluno, a transversalidade dos conteúdos, a alteridade, a cidadania, a comunicabilidade, e a integralidade do ser humano. A partir daí, possibilita-se ao aluno o desenvolvimento das capacidades e habilidades intelectuais com base no conhecimento científico, assim como no pensamento crítico e nas técnicas de trabalho intelectual. Cada aluno reage de modo especial à experiência de aprendizagem. Cabe à ação educativa aproveitar essa individualização já existente para que as experiências individuais transformem-se em experiências formadoras, com abordagem construtivista, voltada para interação.
Acredita-se que um dos maiores desafios para os sistemas educativos, e para as escolas, é o enfrentamento da questão da diversidade. Não é tarefa simples permitir o respeito à diversidade (em todas as suas significações e dimensões) e a execução de tarefas educacionais diferenciadas e, ao mesmo tempo, garantir uma identidade das práticas educacionais mais abrangentes. Pois, devido ao próprio contexto histórico, o processo educacional ressaltou o conhecimento lógico-matemático e o lingüístico, deixando de lado outras formas de conhecimento.
Educação é um processo de desenvolvimento global, integrando os vários níveis de conhecimento e de expressão: sensorial, intuitivo, afetivo, racional e transcendental. No conhecimento integrado devemos educar segundo uma visão de totalidade, para a abertura de novas experiências, novas maneiras de ser, novas idéias, para a autonomia, para a autenticidade, respeitando os diversos pontos de partida de cada educando.
Uma das funções da Educação seria a de desenvolver o capital intelectual dos estudantes, especialmente nos seguintes eixos: a criatividade, a flexibilidade, a capacidade de resolução de problemas, a inteligência coletiva, o aperfeiçoamento contínuo. E outra a de desenvolver o seu capital social,através da capacidade de construir relações e de contribuir para os recursos humanos da sociedade em geral.
Ref: Os quatro pilares da educação - Jorge Werthein.
Por Amélia Hamze

Fonte: http://educador.brasilescola.com

sábado, 23 de junho de 2012

A aprendizagem por descoberta

Os termos currículo em espiral e aprendizagem por descoberta surgiram segundo os modelos concebidos pelo psicólogo Jerome S. Bruner, com clara influência piagetiana, a partir da década de 60, nos EUA.
De acordo com a proposta educacional de Bruner, é possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira honesta, a qualquer indivíduo, em qualquer estágio de desenvolvimento, desde que se leve em consideração suas diversas etapas de desenvolvimento intelectual. Pois, para Bruner, o que é relevante em uma matéria de ensino é sua estrutura e o modo de representá-la para o aluno.
Partindo desse pressuposto, o ambiente de aprendizagem por descoberta deve proporcionar alternativas / resultados para percepção do aprendiz, com relações e similaridades entre ideias que não foram previamente reconhecidas. Dessa forma, o aluno tem oportunidade de ver o mesmo tópico mais de uma vez, em diferentes níveis de profundidade e em diferentes modos de representação.
Para Bruner, as fases de desenvolvimento de um indivíduo ocorrem em seu ambiente e se manifestam em três modos: representação ativa, representação icônica e representação simbólica – a primeira, caracterizada pelo manuseio da ação, a segunda, pela organização perceptiva de imagens e a terceira, pela utilização de símbolos.
O ambiente de aprendizagem por descoberta propõe que o educador facilite e ordene os processos de representação por parte do aluno, para que ele se sinta estimulado a explorar alternativas. Conforme revelam os três fatores envolvidos no processo de exploração de alternativas de Bruner: ativação (dá inicio ao processo, curiosidade), manutenção (o mantém no processo) e direção (evita que seja caótico).
Isso posto, a forma de conhecer do indivíduo dentro de uma disciplina de ensino passa a compreender os fundamentos da matéria, do fenômeno e prevê sua rememoração futura. Além de proporcionar reexame constante do que foi aprendido com sua habilidade de dominar um assunto (representações icônicas, lógicas e simbólicas); de economia, relacionada à quantidade de informação a ser conservada na mente, a ser processada ou entendida em novas proposições; e de potência afetiva, pela capacidade de relacionar assuntos aparentemente distintos.
Contudo, em um ambiente de aprendizagem por descoberta, é necessário que as atividades sejam significativas para o indivíduo naquele momento, utilizando formas de reforços naturais que indicam o conhecimento por prazer, ao contrário de reforços arbitrários.
Por Eliane da Costa Bruini

Fonte: http://educador.brasilescola.com

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que fazer com pilhas usadas?

O que fazer com tanta pilha após seus períodos de uso? Sabemos que esses materiais são perigosos porque são ricos em metais pesados, e quando descartados podem deixar seus conteúdos expostos ao meio ambiente. O prejuízo não é momentâneo, ele se agrava por muitos anos, pois metais pesados são biocumulativos, ou seja, não são degradados pela natureza.
Siga os passos abaixo e previna um mal à humanidade:
• Não descarte pilhas usadas junto com o restante do lixo;
• Separe as pilhas em recipientes fechados;
• Procure o depósito apropriado para esse lixo ou envie ao fabricante.

Se em sua cidade não existem depósitos como este, escreva para o prefeito, e se for necessário para o deputado estadual, federal, enfim para alguém que possa exigir a implantação deste tipo de lixo.
Outro procedimento que ajuda a prevenir lixo tóxico em casa: Na hora de comprar brinquedos, evite os movidos à pilha.
Por Líria Alves

Fonte: http://www.brasilescola.com

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Governo de São Paulo lança campanha contra bullying

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Educação, lançou na última quarta-feira (13) a campanha Bullying. Curta outra ideia. Para inovar, o órgão fez uma parceria inédita com a rede social Facebook e o canal infantil de televisão Cartoon Network, que desde novembro do ano passado promove a ação Chega de bullying: não fique calado.
Para a rede social foi criado um aplicativo voltado para estudantes, educadores e pais. Com essa ferramenta, é possível compartilhar histórias pessoais com amigos e familiares, incentivar outros a participar do movimento e criar grupos específicos de prevenção ao bullying nas escolas. Na TV serão exibidos vídeos protagonizados por personalidades, como Claudia Leitte, Marcelo Tas, Ganso e Selena Gomez, contando o que pode ser feito para evitar o problema.
"Com o aplicativo criado pelo Facebook e o engajamento de milhões de adolescentes e adultos nas redes sociais, a conscientização sobre a importância da prevenção ao bullying terá um alcance nunca visto antes", declarou em nota à imprensa Barry Koch, vice-presidente sênior e gerente-geral do Cartoon Network para a América Latina.
Para Felipe Angeli, coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria, ter uma ferramenta de comunicação com os alunos é um ganho de qualidade no debate sobre o bullying. "É de nosso interesse ter uma linguagem próxima dos jovens para que eles entendam essa questão com mais seriedade". De acordo com Gustavo Teixeira, psiquiatra infantil e autor do livro Manual Antibullying (Ed. BestSeller), a luta contra o problema passa pelo diálogo com as crianças. "É importante falar direto com elas, explicar o que é bullying."

Outras ações
A Secretaria da Educação do Estado também firmou uma parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para distribuir 250 mil cartilhas a todos os professores da rede estadual. O material esclarece dúvidas sobre como identificar agressores e vítimas, qual é o comportamento dessas crianças e dá dicas para auxiliar na superação dos problemas. A cartilha também está disponível para download aqui.
"Essa campanha não é o começo nem o fim da luta contra o bullying, é mais um passo que estamos dando. Ele já é um assunto muito falado, e hoje existe até certa banalização. Nossa ideia agora é colocar os pingos nos is, separar o que é e o que não é bullying e qualificar o debate", afirmou Angeli.

Importância da campanha
Para Gustavo Teixeira, a atenção dos órgãos públicos em relação ao problema é fundamental para preveni-lo. "É importante que o governo tenha planejamento e sensibilidade para esse tipo de campanha. Um programa assim só é eficaz se for feito de forma continuada. É preciso capacitar educadores, professores, funcionários das escolas, além dos pais, para que eles trabalhem esse tema continuamente". Na opinião do psiquiatra, a questão deve ser vista como um problema de saúde pública, já que o bullying está entre os principais fatores que levam à depressão e suicídio entre jovens. E, para combatê-lo, é preciso trabalhar conceitos de ética, moral e respeito às diferenças, desde cedo.

Afinal, o que é bullying?
Em crianças com cerca de 3 anos já é possível identificar reações de bullying. Os conflitos fazem parte do desenvolvimento de qualquer criança, mas tapas e mordidas frequentes, sempre na mesma vítima, são algumas características. À medida em que as crianças crescem, o abuso se torna mais psicológico. Nas meninas, o mais comum é fazer fofocas, excluir. Separamos algumas dicas para você ficar de olho.

Existe bullying quando...
- As agressões, físicas ou psíquicas, são repetitivas e intencionais, contra a mesma criança, por muito tempo; - Não existem motivos concretos para as agressões; - Há desequilíbrio de poder: o agressor é mais forte ou mais poderoso que a vítima; - O sentimento que causa nas vítimas é de medo, angústia, opressão, humilhação ou terror.

E não existe quando...
- As agressões são casuais ou pontuais. As crianças logo estão brincando juntas de novo; - As brigas são causadas por motivos como a disputa de um brinquedo; - A brincadeira, mesmo que mais agressiva, é entre iguais; - Os papéis se alternam: a criança que hoje é a vítima na brincadeira, na semana seguinte pode ser o agressor; - O sentimento na brincadeira é de alegria. A criança gosta dos apelidos e se diverte nas brincadeiras.

Bullying é assunto de filme
De Roman Polanski, Deus da Carnificina estreou nos cinemas na última semana e mostra a discussão entre dois casais de pais que estão enfrentando o problema com os filhos.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com

quarta-feira, 20 de junho de 2012

8 problemas das crianças na hora de comer legumes e como resolvê-los

Por que a salada da casa dos outros é mais gostosa? Por vários motivos: pode ser a apresentação (se eles colocam em potes e usam alimentos que dão um visual supercolorido, fica mais convidativo), porque o colega come, e ele não quer fazer diferente, porque para ele pode ser uma experiência nova (e crianças são muito curiosas), porque eles usam um tempero gostoso e até mesmo porque lá ninguém diz para ele comer, apenas coloca na mesa e espera o resultado. Tente fazer isso na sua casa.
Não como verduras nem legumes, e minha filha já está percebendo. O que posso fazer? É... A partir dos 2 anos vai ser mais difícil “enganá-la”, e ela pode parar de comer porque você não prova. O caminho mais fácil é fazer aquele esforço e comer uma folha de alface ou uma rodela de beterraba – capriche no tempero (veja uma receita abaixo) se o gosto for terrível para você, misture ao arroz, enfim, coma e não faça cara feia. Um estudo francês, realizado com crianças de 5 a 8 anos e adultos, mostrou que os pequenos são influenciados pelas emoções dos outros à mesa. Em outras palavras, fazer aquela cara de preconceito em frente à comida pode ter um impacto maior do que se você falar “salada é gostosa”, ou “você também vai gostar”. Quando você sorri depois de comer, elas ficam com mais vontade de provar. Chamar aquele coleguinha que prova de tudo funciona também, porque criança adora imitar os amigos.

Digo que couve-flor é sobremesa, e aí as crianças comem. Está errado?
Não existe uma unanimidade entre os especialistas, mas a maioria não aprova esse truque. Quando seu filho descobrir que está sendo enganado, vai parar de comer, e isso pode abalar a confiança que tem em você. Outros médicos suavizam e dizem que essa é uma mentirinha que não faz mal. De qualquer maneira, se você quiser mudar esse hábito, diga para ele que, dependendo de cada cultura, o alimento é servido de um jeito. O abacate, por exemplo, é servido salgado, e não batido com leite, em vários países.

O único legume que meu filho come é batata – e frita. Como diversificar?
Primeiro, deixe de fazê-la desse modo (além de ser muito calórica, a fritura ajuda a aumentar o colesterol ruim, o LDL, que pode causar problemas cardíacos no futuro, entre outros), mas não diga que é proibido. Ofereça esse mesmo legume de outras maneiras: assado, no purê, na salada, refogado, e passe a servir outras verduras e legumes de maneiras diferentes também.

Se de vez em quando eu precisar esconder algo no feijão, por exemplo, para garantir os nutrientes, faz mal?
Não, de vez em quando você pode usar esse truque e acaba valendo para toda a família ter um feijão nutritivo. Mas esse não deve ser o único meio de fazer seu filho comer legumes ou verduras. Elas devem aparecer no prato na maioria das vezes. Vale colocar também o ingrediente na mesma refeição, como na salada.

Ele já cuspiu dez vezes a cenoura. Preparei de todo jeito. Devo desistir?
Depende da idade do seu filho. Para as que estão entre as papinhas iniciais e a idade pré-escolar, a dica é continuar tentando de vez em quando. Nessa fase, as crianças têm mesmo um paladar mais restrito. Mas, com cerca de 6 anos, isso pode ser uma preferência alimentar e deve ser respeitada. Há outros alimentos com os mesmos nutrientes – basta fazer a substituição – e você também pode experimentar oferecer a cenoura misturada no suco de laranja, no bolo (e contar para seu filho depois), ou como petisco, em forma de palitinhos ao longo do dia.

Meu filho só come salada em palitinho molhando no catchup ou na maionese. Posso dar também molho de salada de mercado?
Não. Nem o molho pronto, nem o catchup e a maionese devem ser consumidos frequentemente. Além de serem produtos industrializados, todos têm muito sódio e aditivos químicos.

Ele não come abobrinha e repolho, mas adora outros vegetais. Isso é um problema?
Se ele só não gosta de um tipo de verdura, um tipo de legume, ou um tipo de fruta, mas come outros, não há problema nenhum, é só uma preferência de paladar, que começa a aparecer por volta dos 5 anos. Fale com um nutricionista: o especialista pode dar a você uma lista de alimentos com os mesmos nutrientes e vitaminas dos que seu filho não gosta. Agora, se ele não come nenhum tipo de legume, não importa se ele goste de todas as frutas e verduras que existem no mundo. A alimentação balanceada precisa conter itens de todos os grupos, um não substitui o outro.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com

terça-feira, 19 de junho de 2012

Comissão do Senado aprova cotas nas universidades federais

Depois de quatro anos parado à espera de votação no Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa aprovou nesta quarta-feira projeto que estabelece o sistema de cotas raciais e sociais nas instituições federais de educação superior. O projeto determina que 50% das vagas nessas instituições sejam destinadas aos alunos que estudaram em escolas públicas no ensino médio. Essas vagas também têm que ser divididas proporcionalmente à quantidade de negros, pardos e índios fixada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em cada Estado. Isso significa que, em Estados onde a maioria da população é negra, grande parte das vagas para alunos oriundos de escolas públicas será destinada a estudantes que também têm origem negra.
Em localidades como Santa Catarina, onde apenas 9% da população é negra, a maioria das vagas será preenchida com base nas cotas sociais, e não raciais. Já na Bahia, onde 73% da população é negra, as vagas vão priorizar estudantes negros.
O projeto também estabelece que, do total de 50% de vagas destinadas às cotas, metade delas tem que ser reservada a alunos oriundos de famílias que recebem até 1,5 salário mínimo por integrante --para priorizar os estudantes de baixa renda do país.
Relatora do projeto na comissão, a senadora Ana Rita (PT-ES) defendeu o sistema misto de costas por considerá-lo mais justo ao país. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que defendeu o relatório da petista, disse que o Brasil precisa pagar a dívida que mantém com os estudantes negros.
"Quantas pessoas negras vieram do nada e hoje têm patrimônio e hoje são senadores da República? Aqui temos um senador da República que se diz negro. O preconceito existe. Nós temos uma dívida que, desde a escravidão, não foi paga", afirmou Marta.

DEBATE
Marta alfinetou o senador Lobão Filho (PMDB-MA), que apresentou voto em separado para defender cotas apenas para estudantes do ensino público. O peemedebista disse que estudou parte de sua vida em escolas públicas, o que provocou a reação de Marta.
"Vossa Excelência é filho de governador. Provavelmente Vossa Excelência fala uma língua. É muito difícil aprender língua estrangeira em escola pública. Seus pais devem ter pagado um curso particular, ou Vossa Excelência foi para o exterior estudar. Não dá para comparar", alfinetou Marta.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também apresentou voto em separado para estabelecer apenas as cotas sociais para ingresso nas universidades, sem critérios raciais. Mas foi derrotado pela maioria dos integrantes da comissão. "A moça branca, pobre, de valor, pode ser preterida sobre o seu vizinho que tem origem negra. A cota social é o que mais coaduna com o princípio da igualdade", disse o tucano.
Com a aprovação na CCJ, o projeto segue para análise de duas comissões do Senado e ainda precisa passar pelo plenário da Casa. Ele foi aprovado pela Câmara em 2008 e, desde então, espera pela análise dos senadores. Se sofrer mudanças durante sua tramitação no Senado, ainda terá que retornar à Câmara para nova votação.
Em abril deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. O julgamento tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.

Fonte: http://www.folha.uol.com.br

Dia do Cinema Brasileiro

Hoje, dia 19 de Junho é o dia escolhido pela Ancine (Agencia Nacional do Cinema) para comemorar o Dia do Cinema Brasileiro. No dia 19 de junho de 1889 o primeiro filme em movimento genuinamente brasileiro foi rodado, pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil. Este filme se chamava “Vista da baía de Guanabara” e era um documentário com cenas da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Desde então, os irmãos Segreto começaram a registrar os principais acontecimentos do país, sendo os únicos produtores brasileiros até 1903.
A primeira exibição de cinema no Brasil foi no Rio de Janeiro, no dia 8 de julho de 1896. Com grande sucesso, um ano depois já existia uma sala de cinema fixa no Rio, chamada “Salão de Novidades Paris”, de Paschoal Segreto, um empresário ítalo-brasileiro.
Depois disso, a primeira companhia de cinema brasileira foi fundada, dia 29 de janeiro de 1911, distribuindo salas de cinema por todo o país. Porém, isso deixou muitos atores brasileiros desempregados, porque esta companhia também reproduzia fitas do cinema estrangeiro como o americano, que na época se destacava como o melhor do mundo. Com isso, o cinema nacional entrou em decadência.
Nos anos trinta, Adhemar Gonzaga instalou o primeiro estúdio de cinema no Rio de Janeiro, a Cinédia, que tornou possível as produções de dramas e comédias musicais brasileiras. Em 1953, o filme “O Cangaceiro” foi realizado, e tornou-se um dos maiores sucessos do cinema brasileiro. O filme foi produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz e a história foi inspirada na figura de Lampião, um lendário cangaceiro brasileiro. “O Cangaceiro” foi o primeiro filme brasileiro a conquistar as telas estrangeiras, ele ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora no Festival Internacional de Cannes. Com tal sucesso, o filme foi levado para 80 países e vendido para a Columbia Pictures.
Anos depois, em 1998, o filme "Central do Brasil", filme franco-brasileiro, conquista as bilheterias nacionais e estrangeiras, chegando mesmo a receber um Urso de Ouro em Berlim. A protagonista, a atriz Fernanda Montenegro ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz, dando assim confiança aos brasileiros para continuar a fazer filmes de qualidade.
Quatro anos depois o cinema brasileiro conquista de vez o mundo com o filme "Cidade de Deus", recebendo 4 indicações ao Oscar e sendo considerado pela revista Time um dos 100 melhores filmes da história. Após "Cidade de Deus," outro filme a ter sucesso mundial foi o "Tropa de Elite"; porém, não só filmes brasileiros sobre favelas ou pobreza fazem sucesso. Mais recentemente, a comédia romântica "Se eu fosse você" foi adaptado ao cinema americano e ao francês, mostrando que o cinema brasileiro está em franca expansão.

Fonte: http://eportuguese.blogspot.com.br

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Cresce adesão dos pais ao ensino domiciliar

Segundo associação, hoje são ao menos mil famílias; em 2009, eram 250. De acordo com a lei, pais são obrigados a matricular os filhos na escola; mesmo assim, 'homeschooling' cresce.
Mesmo considerado ilegal, o ensino domiciliar ("homeschooling") tem conquistado mais adeptos no país. Dados da Aned (Associação Nacional de Ensino Domiciliar) mostram que ao menos mil famílias já educam os filhos em casa. Em 2009, eram 250.
Minas Gerais é o Estado que concentra o maior número: 200. Ao menos nove delas estão sendo processadas e uma foi condenada pela Justiça ao pagamento de multa.Em Timóteo (215 km de Belo Horizonte), 21 famílias planejam uma ação conjunta no Ministério Público requerendo o direito de educar os filhos "com liberdade".
"Queremos sair da clandestinidade", diz o empresário Cléber Nunes, 48, coordenador da Anplia (Aliança Nacional para Proteção à Liberdade de Instruir e Aprender).
Os argumentos dos pais que adotam o ensino domiciliar são a má qualidade da educação pública, a violência e a suposta falta de valores morais no ambiente escolar. A maioria é evangélica.
"Não queremos atacar a escola. Defendemos que as famílias tenham a opção de educar seus filhos em casa", diz o pedagogo Fábio Schebella, diretor da Aned.
Para ele, não há norma jurídica que proíba o ensino domiciliar. "Vale o princípio constitucional da legalidade. É lícito qualquer ato que não seja proibido por lei."

LEGISLAÇÃO
O Estatuto da Criança e do Adolescente e a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) determinam que os pais matriculem os filhos na rede regular de ensino, a partir dos seis anos. O artigo 246 do Código Penal configura como crime de abandono intelectual "deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária de filho em idade escolar".
É com base nesse artigo que Nunes e a mulher Bernadeth, 44, foram condenados a pagamento de multa de R$ 9.000. Em 2005, eles tiraram da escola os filhos Davi, 19, e Jônatas, 18, que à época cursavam a 5ª e a 6ª séries.
Os jovens fizeram várias provas que atestaram que o conhecimento deles era compatível ao de alunos do ensino regular. Mas, ainda assim, a condenação foi mantida.
"É uma questão ideológica. Não julgaram os fatos. Nunca houve abandono intelectual. Em casa, eles puderam receber uma educação que os preparou para o mercado de trabalho e para a vida adulta", diz Nunes.
O "homeschooling" é regulamentado em países como Canadá, Inglaterra, México e alguns Estados dos EUA.
No Brasil, um projeto de lei do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que foi educado em casa, tramita no Congresso. Pelo projeto, o ensino pode ser realizado pelos pais, com supervisão e avaliação periódica. Também foi criada uma frente parlamentar em defesa do ensino domiciliar.

EDUCADORES
Os educadores contrários à iniciativa dizem que a educação domiciliar impede que as crianças lidem com as diferenças e a pluralidade.
Silvia Colello, professora da Faculdade de Educação da USP, calcula que só no ensino fundamental a criança passe por 50 professores de diferentes disciplinas.
"Não podemos privar a criança disso. Os pais não têm essa formação, por mais geniais que sejam", afirma.
A professora Angela Soligo, do departamento de psicologia da educação da Unicamp reforça que a escola não é só um lugar para se adquirir conhecimento.
"É um lugar de socialização, de respeito às diferenças, de convívio com as pessoas. Em tempos de intolerância, é de se preocupar que os pais queriam educar seus filhos com esse viés. Isso alimenta preconceitos. A sociedade quer isso?"

Fonte: http://www.folha.uol.com.br

domingo, 17 de junho de 2012

Gritar, ameaçar e humilhar uma criança são atitudes tão nocivas quanto bater

Seja aprovado ou não pelo Congresso Nacional, o projeto apelidado de "Lei da Palmada", que proíbe os castigos físicos e tratamentos degradantes de crianças e adolescentes pelos pais, já vem provocando mudanças. Desde 2003, quando começou a ser delineado, bater nos filhos tornou-se uma atitude politicamente incorreta, em especial depois que psicólogos, psiquiatras e educadores passaram a questionar seus resultados como medida educativa. É óbvio que é praticamente impossível saber o que acontece dentro dos lares, mas, hoje em dia, quem desfere uns tabefes, em local público, é alvo imediato de olhares de reprovação –e pode ter de dar explicações ao Conselho Tutelar. Some-se a isso os vídeos caseiros de flagrantes de violência e uma patrulha informal está formada.
Para os especialistas em comportamento, no entanto, não é só bater que é prejudicial e traumático. "Educar não é fácil. Não nascemos sabendo ser pais. Apesar de os tempos terem mudado, costumamos seguir os modelos que já conhecemos, de nossos pais e avós", explica o pediatra Moises Chencinksi. "E, se não se bate mais, por ser politicamente incorreto, e de fato inadequado, busca-se outras formas de ‘opressão’ para ‘educar’: gritar, castigar, xingar, ofender, humilhar...", declara. E, por essa lógica, o próprio especialista questiona: quem gosta de ser humilhado? Quem aprende algo assim? Quem pode ser feliz sendo tratado dessa forma?
Na opinião da psiquiatra Ivete Gianfaldoni Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo, primeiro é preciso entender que bater em um filho com a pretensão de educá-lo ou corrigi-lo é um engano, já que está apenas a serviço da descarga de tensão de quem pratica a violência. "Mas xingar, humilhar ou gritar, além de colaborar para que as crianças cresçam com medo e a autoestima prejudicada, nos afastam delas", afirma. Para Miriam Ribeiro de Faria Silveira, diretora do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo, quando os pais gritam o tempo todo com a criança demonstram muito mais desequilíbrio do que autoridade. "O pior é que elas também começam a gritar e ficam ansiosas, angustiadas e com muito medo, pois, onde deveriam ter seu porto seguro e soluções, encontram pais desesperados em se fazerem obedecer", diz.
A psicóloga Suzy Camacho concorda que a violência verbal é tão agressiva quanto a física, principalmente se os gritos tiverem uma conotação de ameaça: "Uma hora eu sumo e não volto nunca mais!", "Ainda vou morrer de tanta raiva", "Seu pai vai brigar comigo por sua causa!". "Diante de frases como essas, as crianças se sentem responsáveis por coisas que não são", explica Suzy. Ela também destaca o efeito devastador que os rótulos têm para a autoestima: chamar o filho de preguiçoso, bagunceiro, inútil, por exemplo. "Até os sete anos, a personalidade está em formação. Qualquer termo pejorativo pode marcar para sempre. Tente corrigir ou apontar a atitude, nunca uma característica", afirma. Exemplos? "Não gosto quando você deixa seu quarto desarrumado", "Você precisa prestar mais atenção no que eu falo" etc.
Para as crianças, a opinião dos pais e educadores a respeito de suas atitudes, da sua performance ou mesmo de seus atributos de beleza e inteligência são muito importantes na construção de uma personalidade. Ao perceberem que os pais não a admiram, elas tendem a se depreciar, o que pode culminar em casos de depressão, agressividade e fuga do convívio familiar. "Xingar e usar palavrões trazem consequências, pois é uma forma de depreciação. E como todas as crianças costumam copiar os pais, consequentemente, vão se comunicar dessa forma", diz Miriam Silveira. Já castigos cruéis despertam nas crianças a agressividade. "Nas mais extrovertidas observaremos atitudes hostis com adultos, com outras crianças e animais de estimação. Nas tímidas, as sequelas são angústia e ansiedade, sentimentos que podem impedir um desenvolvimento neuro-psíquico normal", diz Miriam.
Em muitos casos, a irritação e o cansaço causados por um dia difícil não conseguem ser controlados e o resultado acaba sendo a impaciência com os filhos. Os passos seguintes são a culpa, a frustração, a compensação para, no próximo dia, começar tudo de novo, num ciclo nocivo. Para os especialistas consultados por UOL Comportamento, a velha tática de contar até dez antes de tomar uma atitude drástica opera milagres. "Um adulto sabe que pegou pesado quando se sente angustiado. Dar um tempo freia essa sensação ruim e ajuda a esfriar a cabeça", conta a psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria. "E se os pais, mesmo assim, extrapolarem, sempre recomendo pedir desculpas, porque um grito ou uma palavra mais pesada causa um abalo na segurança que o filho tem nos pais. Admitir que ficou triste com o que aconteceu, que estava bravo, que exagerou, demonstra respeito e ajuda a recuperar a confiança e o carinho", afirma ela.

Fonte: http://mulher.uol.com.br

sexta-feira, 15 de junho de 2012

É melhor a mãe errar do que seguir um manual, diz psicanalista

Como criar filhos saudáveis num mundo em que a tecnologia substitui o contato humano e as famílias têm novas configurações, com separações e recasamentos? Em entrevista à Folha, o psicanalista Leopoldo Fulgêncio, 52, fala da função materna hoje à luz da teoria de Donald Winnicott (1896-1971), psicanalista inglês criador do conceito de "mãe suficientemente boa". Pai de dois filhos e um enteado, Fulgêncio leciona na PUC de Campinas, interior de São Paulo. 

Folha -- O que significa ser uma "mãe suficientemente boa" hoje? 
Leopoldo Fulgêncio -- É aquela que, ao suprir as necessidades do filho, cria a possibilidade de ele ter fé na vida, nas pessoas. A função materna sempre foi cuidar. A matriz do amor é o cuidado, não ficar dizendo que ama e dando explicações sobre como as coisas devem ser. 

Como lidar com o medo de errar? 
É melhor uma mãe que erre porque está empenhada em descobrir o seu jeito de fazer as coisas do que uma que acerte por causa de um manual. Ser mãe é muito complexo e o melhor jeito de saber como agir não é com uma cartilha. A mãe deve ser incentivada a ficar em contato com seus filhos e a agir de acordo com seus próprios sentimentos. 

Quais são os desafios das novas famílias? 
Casais héteros ou homossexuais têm que lidar com as próprias ambiguidades para não passar os seus dilemas para os filhos. Seja qual for o problema a enfrentar, fingir que ele não existe não é a solução. Recomendo sempre a comunicação verdadeira. No caso de filhos pequenos, não faltam fábulas para ajudar a elaborar as questões das diferenças e das separações. 

Qual é o impacto da tecnologia nas relações familiares? 
O problema é a medida: quando a tecnologia se sobrepõe, ela mata as relações. Os pais podem usar recursos tecnológicos [como mensagem de celular] para falar com seus filhos, mas isso não substitui a presença. É atribuição dos pais regular o uso da tecnologia porque os filhos não percebem o seu alcance. 

Na adolescência, estar presente pode ser mais difícil... 
É preciso manter-se disponível para uma fase de intensas negociações --se vai ou não vai, a que horas sai, com quem etc. --, suportar brigas decorrentes disso e mostrar que, apesar delas, você continua ali. É normal que adolescentes se oponham aos pais. É uma questão de identidade. 

E se o cuidado materno faltar ou falhar em alguma fase? 
A criança será prejudicada de muitos modos. Pode perder a fé no mundo, sentir muita dificuldade para ver o outro, para se relacionar, para aprender. Pode até perder o interesse pela realidade. Em casos graves, durante a fase inicial da vida, corre o risco de desenvolver autismo --essa era uma das hipóteses de Winnicott. 

A maternidade, então, tem uma função social? 
Se o Brasil quer amadurecer, deve investir mais nas mães e na primeira infância. A mãe não pode fazer tudo sozinha. Precisa do apoio do pai dos filhos, da família e também de escolas, creches, licença-maternidade, enfim, de reconhecimento social.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Excesso de videogame eleva isolamento e agressividade das crianças, diz estudo

Crianças que jogam até 16 horas de videogames por dia podem estar viciadas e desenvolver comportamento mais agressivo, intolerante e de isolamento da sociedade, segundo aponta um estudo da Associação Britânica de Gerenciamento da Raiva (BAAM, na sigla em inglês). Em uma pesquisa que ouviu 204 famílias da Grã-Bretanha, a entidade ressalta os riscos do excesso da atividade e a necessidade de que os pais estabeleçam limites na relação que as crianças desenvolvem com os jogos eletrônicos. Os pais de crianças entre 9 e 18 anos acreditam que o videogame influencie o convívio familiar e as habilidades sociais de seus filhos. A pesquisa apurou que 46% dos pais acham que o excesso dos jogos leva a menos cooperação em casa. "A situação mais típica que encontramos é da criança que se torna irritada e agressiva quando solicitada a arrumar o quarto, fazer os deveres de casa ou jantar, quando o que ela realmente quer é continuar jogando videogame", disse à BBC Brasil Mike Fisher, diretor da BAAM. Na escola, professores se queixam de alunos com falta de concentração, sonolência, irritabilidade e dificuldades de interagir com os colegas. Mas esses são apenas alguns dos efeitos que a obsessão pelos jogos pode causar, explica Fisher. Estudos e exemplos práticos mostram que a continuidade do isolamento social pode levar a casos extremos como o dois dois adolescentes que mataram 12 colegas e um professor em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999, e do norueguês Anders Breivik, que em julho do ano passado matou 69 pessoas em um ataque a uma colônia de férias. Nos dois casos emblemáticos os assassinos passavam mais de dez horas por dia jogando videogames violentos. "Breivik admitiu jogar 'Call of Duty', um game de violência, por mais de 16 horas por dia, com o objetivo de treinar a coordenação necessária para atirar com eficiência", diz Fisher. 

Fuga da realidade 
Embora o início do interesse pelo videogame esteja relacionado a uma diversão saudável - estágio no qual muitas crianças e adolescentes permanecem e que não tem grandes efeitos nocivos - o aumento do número de horas em frente da tela e o distanciamento do convívio social está ligado a uma fuga de questões emocionais. "Atualmente as famílias e a escola não estão preparadas para lidar com a crescente frustração e outras dificuldades enfrentadas pelas crianças. Muitos encontram nos videogames uma realidade virtual para fugir de suas próprias emoções", diz Fisher. Na visão da BAAM, que oferece tratamento e sessões de terapia a jovens entre 13 e 17 anos, em casos extremos a capacidade de empatia e cooperação com outros seres humanos chega a ser praticamente anulada. Os resultados mostram que 67% das crianças jogam sozinhas, 38% com amigos e 54% em plataformas online. Muitos adolescentes não conseguem mais se identificar com sentimentos de compaixão, solidariedade e outros aspectos de convivência em grupo, e alguns chegam a replicar as cenas de violência dos jogos na realidade, quando confrontados com desafios, ordens, pedidos ou situações em que ficam irritados com irmãos, amigos ou colegas de classe. 

Limites 
Os resultados da pesquisa britânica reforçam tais padrões psicológicos e alertam para a necessidade de os pais identificarem e tomarem atitudes. Para Mike Fischer, as famílias precisam deixar claro às crianças e adolescentes que o desrespeito às regras da casa e o número excessivo de horas em frente à tela do videogame serão punidos. "Achei que teríamos resultados ainda mais negativos, mas de qualquer forma são números preocupantes. Os pais precisam determinar a quantidade de horas que as crianças jogam. Muitos pais querem paz e tranquilidade, e assim a criança aprende que ao ficar irritada conseguirá o que quer", diz o diretor da BAAM, acrescentando que a entidade treina os pais a estabelecerem limites. 

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Nove programas para se divertir com os filhos sem sair de casa

Eles não viam a hora da chegada das férias. Mas nem sempre o destino das crianças é viajar ou curtir os dias na piscina. Muitas vezes, grande parte do tempo de descanso é dentro da própria casa. E aí que entra a criatividade para se divertir sem ficar na rotina de gastar as horas livres em frente à Tv, ao computador ou ao vídeo-game. Os adultos devem estimular o comportamento na busca por outras diversões e até participar. O dinheiro está curto? E quem disse que imaginação e criatividade precisam de salário? Juntando estes dois elementos, é possível se divertir em casa com os amigos ou com a família. "As atividades promovem o fortalecimento dos laços entre pais e filhos e entre irmãos. É uma boa oportunidade também para os pais conhecerem os amigos dos filhos", explica a psicóloga familiar Tânia Vieira. 
Se a sua rotina não permite que você fique muito tempo em casa durante a semana, isso não deve ser um empecilho. "Faça estes programas com seu filho no fim de semana e, durante o dia, deixe a pessoa que vai cuidar dele assumir o posto", sugere a psicóloga. "Outra opção bacana é combinar um rodízio de horários entre as mães. Um grupo de pais pode se organizar e programar as férias de acordo com os horários de cada família, assim ninguém sai no prejuízo", continua. A seguir, confira 10 opções de passatempos para aproveitar as férias com os pequenos.

Sessão pipoca 
Não tem passeio mais simples e gostoso do que uma sessão pipoca. Nela, super-heróis e monstros entram em ação e a criançada se diverte e solta a imaginação: "Não precisa estar no cinema para que a magia aconteça. Transforme sua sala em um cinema de última geração, com pipoca, filmes interessantes ao gosto da molecada, poltronas malucas, deixe a sala escura e até faça ingressos de papel para dar mais realidade à brincadeira", sugere a psicóloga. "Ao final da exibição, sente com as crianças e as chame para um debate sobre o filme e perceba suas impressões sobre o tema", continua. 

Oficina de teatro 
Sabe aquela roupa velha e a peruca do carnaval do ano passado? E a maquiagem que você não usa mais? Que tal reunir roupas e objetos e montar aquele figurino para entrar no clima do teatro? Você pode usar o sofá para a plateia sentar, afastar os móveis ou colocar cadeiras no quintal. As crianças devem escolher seus personagens. "A ideia é que todos participem e a história seja construída em grupo. Ao final da apresentação, cada um pode falar de como foi ser ator por um dia", sugere a psicóloga. "Sua casa vira um palco onde o improviso garante boas gargalhadas e muita interação", continua.

Contação de histórias 
Era uma vez a estante empoeirada da sua casa e os amigos de seu filho. Será que dá samba? Samba talvez não, mas uma bela contação de histórias pode acontecer. Além de muito interativa, já que as crianças participam, a contação é importante para o desenvolvimento da imaginação das crianças e para o aperfeiçoamento da língua, no caso de crianças menores. "Livros são bem vindos em qualquer ocasião e não tem quem não se prenda a uma história bem contada", diz a contadora de histórias e educadora Janaina de Farias. "A contação de histórias em grupo envolve imaginação, coordenação motora, informações culturais, desinibição e tantas outras habilidades tanto de quem conta quanto de quem as escuta. É fundamental para o desenvolvimento infantil", explica Janaina. 

Piquenique maluco 
Não dá para ir ao parque? Se você tem um jardim em casa ou algum espaço livre para estender uma toalha, o piquenique já está quase completo. Bastam algumas guloseimas para curtir a diversão. "É legal convidar os amigos e cada um trazer um prato. Música e brincadeiras fazem parte do programa", diz Tânia Vieira.


Culinária Divertida 

Se o lema é colocar a mão na massa, que tal brincar de chef de cozinha? As crianças podem escolher a receita, ajudar a preparar e decorar com muita criatividade. "A brincadeira é divertida e faz com que as crianças se familiarizem com os afazeres domésticos, mas todo cuidado é pouco, pois cozinhar significa mexer com fogo e objetos cortantes. Os pais ou o adulto responsável pela criançada deve ficar atento aos perigos", alerta a psicóloga.


Ateliê de pintura e artes 

Olha a tinta! Massa de modelar, aquarela, tela, pincéis, bonecos de argila, cartolina e telefone sem fio. "A oficina de artes é um programão tanto para os pais quanto para os filhos que aprendem juntos o prazer da arte e treinam a coordenação motora em obras que podem enfeitar sua casa. Que mãe resiste a um desenho feito por seu pequeno?", diz Tânia.


Campeonato de jogos 

Baralho, quebra-cabeça, dominó, mímica, xadrez, dama, videogame. O que não faltam são jogos para distrair as crianças nas férias. Mas a brincadeira fica muito mais divertida se todos organizarem um campeonato. "Crianças adoram competição. Ela é importante para que eles aprendam que tudo na vida tem um preço e que para ganhar é preciso dedicação e saber perder", explica Tânia.


Camping no fundo de casa 

O contato com a natureza e as brincadeiras são as principais atrações dos campings nas férias. As crianças esperam ansiosas pela trilha e pela curtição de morar em uma barraca por alguns dias, mas se o camping de verdade está muito fora do orçamento ou do tempo que os pais e a família têm livres para isso, improvise. Monte a barraca no quintal. Se tiver um jardim é melhor. Caso não tenha barraca, monte uma com lençóis e forre o chão com um edredom ou algo mais macio para não machucar. "Monte uma programação com jogos de escoteiro e simule uma trilha pela casa descobrindo novos espaços. As crianças vão adorar", sugere a psicóloga.


Aula de ginástica na sala 

1, 2, 3, 4... 4, 3, 2, 1. Férias também é tempo de praticar exercícios físicos. "Aproveite a oportunidade para desenferrujar o esqueleto com seus filhos. É uma maneira de incentivá-los a praticar esportes e ter hábitos mais saudáveis", explica. "Mas tome cuidado para não exagerar na dose ou fazer exercícios de maneira errada. A ideia é apenas brincar. Nada de bancar o personal trainer", explica. 


Fonte: http://minhavida.uol.com.br/familia